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A revolução da fotografia em Walter Benjamin

Por:   •  5/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.962 Palavras (12 Páginas)  •  367 Visualizações

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Sumário

Introdução.................................................................................................................. 2

História dos Métodos de Reprodução........................................................................ 2

O Aqui e Agora e a Aura da Obra de Arte.................................................................. 3

O Declínio da Aura .................................................................................................... 5

O Surgimento do Cinema........................................................................................... 6

Conclusão................................................................................................................. 10

Bibliografia................................................................................................................ 11


Introdução

Este trabalho tratará a respeito do tema sobre a revolução da arte, com base em Walter Benjamin, e suas mudanças políticas e culturais após o surgimento dos meios de reprodução, em especial a fotografia que mudará drasticamente a percepção visual e as indústrias culturais.

Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica e Pequena História da Fotografia serão os livros usados como base para este artigo, onde se trata sobre a sua teoria materialista de arte, que tem como ponto principal apontar as causas e consequências da destruição da aura que está presente nas obras de arte.

História dos Métodos de Reprodução

A arte sempre foi algo que esteve presente na história da humanidade e da mesma forma essas obras sempre estiveram propensas à reprodução. Este método pode ser considerado um fenômeno muito antigo e que leva consigo vários a utiliza-lo para vários objetivos, reproduzir para aprender, ou para que possa haver uma divulgação ou até mesmo com intuito de adquirir algum lucro. Junto com a reprodução começaram a surgir diferentes técnicas durante toda a história. Os métodos são os mais variados, e os primeiros a serem desenvolvidos foram muito utilizados pelos gregos, a fundição e a cunhagem, porém havia obras e materiais específicos para que pudesse haver resultado, obras de bronze, as moedas e a terracotas eram as peças que podiam ser reproduzidas livremente, o resto das obras deveriam ser únicas. A partir desses dois métodos, começou a surgir à xilogravura que permitia reproduzir desenhos e logo após surgiu à tipografia que seria uma revolução para a literatura.

As duas técnicas mais recentes e mais importantes são a litografia que primeiramente atingirá uma etapa nova onde o processo de transpor o desenho sobre a pedra será ainda mais preciso e rápido do que entalha-lo na madeira, o que facilitará para as gráficas reproduzirem de forma ampla e trazer novas criações diárias ao mercado, com essa nova forma de reprodução das artes gráficas irá chegar ao mesmo nível da imprensa. Mas com a fotografia que consiste em um método de reprodução de imagem onde se consegue de forma mais rápida captar o desenho, em uma velocidade que a mão humana jamais irá conseguir desenhar irá derrubar a litografia e se expandir, a partir desse método surgirá o cinema que será um complemento dessa percepção visual mais rápida.

 

Com a fotografia, a mão liberta-se pela primeira vez, no processo de reprodução de imagens, de importantes tarefas artísticas que a partir de então passaram a caber exclusivamente aos olhos que veem através da objectiva. Como o olho apreende mais depressa do que a mão desenha, o processo de reprodução de imagens foi tão extraordinariamente acelerado que passou a poder acompanhar a fala. (BENJAMIN. Pag.11)

O Aqui e Agora e a Aura da Obra de Arte

Mesmo que todos os métodos de reprodução consiga chegar à perfeição, essa cópia jamais seria como a obra de arte, pois ainda faltará o aqui e agora e a aura da obra. Podemos definir esses termos da seguinte forma: a aura será a figura que é composta por elementos temporais e espaciais, ou seja, a aura é uma figura simbólica que se projeta no espaço – tempo, ela corresponde a três noções de arte, sendo elas, a originalidade, autenticidade e unicidade. Esta forma simbólica irá corresponder ao valor dessa obra, porém durante a obra de Benjamin podemos ver que o conceito de aura passa por algumas transformações, pois em alguns momentos ela irá ser apresentada como uma característica da imagem fotográfica:

Em primeiro lugar, a verdadeira aura transparece em todas as coisas, e não apenas em algumas, como imaginam as pessoas. Em segundo, a aura se modifica radicalmente a cada movimento do objeto que a contém. Em terceiro, a verdadeira aura absolutamente não se identifica com aquele sortilégio espiritualíssimo que incide nos livros de misticismo baratos. Pelo contrário, o que distingue a verdadeira aura e o ornamento, um involucro ornamental onde a coisa ou o ser parece engastado como num estojo. (HAXIXE, pag.38).

O aqui e agora corresponde a presença física e o local de origem que garantem a originalidade dessa obra, e também estão ligado à introdução da obra na tradição, aos materiais utilizados, suas durabilidades e sua comprovação histórica. Uma forma melhor de explicar o significado de aura e aqui e agora pode-se utilizar A noite estrelada de Vicent Van Gogh, criada em 1890, aos 37 anos, enquanto esteve em um asilo em Saint-Rémy-de-Provence, o aqui e agora se baseia em quando o quadro em si foi criado, quais materiais foram utilizados e seu momento histórico, apenas no aqui e agora possui essa existência única, e somente nele, que se estende à história da obra. O aqui e agora não engloba apenas as transformações que ela sofreu, com a passagem do tempo em sua estrutura física, mas também como as relações de propriedade em que ela ingressou. A aura surge para resumir todas as características, todo seu valor temporal:

O que faz com que uma coisa seja autêntica é tudo o que ela contém de originariamente transmissível, desde sua duração material até seu poder de testemunho histórico. Como esse testemunho repousa sobre essa duração, no caso da reprodução, em que o primeiro elemento escapa aos homens, o segundo - o testemunho histórico da coisa - encontra-se igualmente abalado. Não em dose maior, por certo, mas o que é assim abalado é a própria autoria da coisa (BENJAMIN. pag. 225).

Mas podemos ver que enquanto a reprodução manual sempre será considerada uma falsificação a reprodução técnica não ocorre o mesmo e há dois motivos para isso, o primeiro é que a reprodução técnica é mais independente que a reprodução manual, pois a reprodução técnica pode mostrar aspecto que não podem ser vistos a visão natural, um exemplo disso são as lentes de aumento que podem capturar texturas ou imagens que o homem jamais conseguiria ver ao olho nu, em segundo lugar podemos dizer que a reprodução consegue colocar a cópia em lugares que a obra original jamais poderia estar, um exemplo disso é tirar a foto da Basílica de São Pedro no Vaticano e levar essa imagem para o Brasil conseguindo levar a obra original para mais perto do espectador.

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