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As consequências sociais da globalização

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Por:   •  21/11/2014  •  Artigo  •  630 Palavras (3 Páginas)  •  225 Visualizações

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Quando se refere à globalização no campo social, em geral, aponta-se a ação corrosiva que a entrada de grandes capitais tiveram em países periféricos. As crises econômicas têm efeito intensificado nesses países em virtude da sua dependência em relação à produção de multinacionais. Em geral, o empobrecimento de países periféricos caminha ao lado do desemprego e da marginalização de certas populações. São os períodos de queda de consumo que mais demonstram a desigualdade social dentro do processo de globalização. (VIEIRA, 2002, p.89).

De fato, para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades como a AIDS se instalam e velhas doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno triunfal. A mortalidade infantil permanece, a despeito dos progressos médicos e da informação. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível. Alastram-se e aprofundam-se males espirituais e morais, como os egoísmos, os cinismos, a corrupção. (SANTOS, Milton, 2006, p.19-20).

Outras conseqüências sociais significativas são os problemas da alimentação e da saúde. Em relação aos alimentos, a globalização trouxe regulação mundial de preços. Isso explica, por exemplo, preços elevados de gêneros essenciais. A crise de produção em países distantes pode gerar aumentos de preço em gêneros alimentícios como o litro do leite ou o açúcar. Bem como surtos e doenças ganham escala mundial. Os riscos de grandes pandemias como a gripe A (H1N1) ou da gripe aviária, ou doenças como a AIDS tem levado o problema da prevenção para a escala global.

Além disso, a urbanização sem planejamento tem trazido conseqüências de igual forma nefastas. Vive-se numa realidade de globalização perversa em que a própria noção de espaço e de realidade acaba per perder-se. "A população aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possibilidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual." (SANTOS, Milton, 2006,p. 21). Ao invés do homem dominar o território ele fica a mercê do território e das possibilidades que o próprio mercado impõe. Não há uma verdadeira globalização territorial mas uma concentração daninha.

O território fragmentaliza-se nos estados-nações e começam a surgir objetivos diversos dentro da mesma esfera de poder político. "Dentro de um mesmo país se criam formas e ritmos diferentes de evolução, governados pelas metas e destinos específicos de cada empresa hegemônica, que arrastam com sua presença outros atores sociais, mediante a aceitação ou mesmo a elaboração de discursos "nacionais-regionais" alienígenas ou alienados." (SANTOS, Milton, 2006, p.87).

Daí se criarem situações de alienação que escapam a regulações locais ou nacionais, embora arrastando comportamentos locais, regionais, nacionais em todos os domínios da vida, influenciando o comportamento da moeda, do crédito, do gasto público e do emprego, incidindo sobre o funcionamento da economia regional e urbana, por intermédio de suas relações

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