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As migrações e a saúde mental

Por:   •  1/11/2016  •  Tese  •  7.724 Palavras (31 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

Graduação - Bacharelado em Psicologia

Rennan Lima Martins de Castro

João Pessoa - PB

2016

Rennan Lima Martins de Castro

A GLOBALIZAÇÃO E A SAÚDE MENTAL NO CONTEXTO DAS MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO.

Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Psicologia, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em cumprimento às exigências da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Psicologia.

Orientador(a): Ieda Franken

João Pessoa - PB

2016

SUMÁRIO

1 -INTRODUÇÃO...................................................................................................................  1

2 - INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA (GLOBALIZAÇÃO) E MIGRAÇÃO............................................................................................................................. 2

3 -CONCEITO, TIPOLOGIAS E TEORIAS DO IMIGRANTE............................................................................................................................ 4

4 - GLOBALIZAÇÃO E OS DISCURSOS EM TORNO DAS MIGRAÇÕES.......................................................................................................................... 8

5 - GLOBALIZAÇÃO, MIGRAÇÕES E SAÚDE MENTAL..............................................................................................................................   12

6 - CONCEITOS DE SAÚDE MENTAL...............................................................................................................................  16

7 - A SAÚDE MENTAL NO CONTEXTO DOS IMIGRANTES......................................................................................................................  19

8 -CONCLUSÃO................................................................................................................... 22

9 - REFERÊNCIAS............................................................................................................... 23


1.  INTRODUÇÃO

As migrações internacionais são movimentos de saída e chegada de pessoas entre países e constituem um reflexo das relações sócio-econômicas a nível mundial. São  sinais que apontam as contradições das relações internacionais e da globalização (Marinucci 2008).

 Em etapas anteriores da história, os movimentos de população foram paralelos ao desenvolvimento de contatos e fluxos entre diferentes sociedades e culturas. Segundo Tapinos e Delaunay (2001), a migração internacional nos dias atuais se mostra deslocada da globalização. Tal deslocamento constitui as singularidades das novas tendências da economia mundial.

 Apesar da diversidade cultural, resultante das migrações, colocando comunicação, variadas maneiras de se viver, idiomas, religiões diversificadas, os imigrantes são vistos de duas formas bastante diferentes. No que se refere aos setores da população, muitas vezes são considerados, pela maioria dos trabalhadores daquele país, como um concorrente direto por empregos e um gerador de serviços sociais. No entanto, empregadores de setores ricos em mão de obra veem os imigrantes como um “bom negócio”, já que se aproveitam da fragilidade política e da pequena popularidade desses imigrantes na sociedade de destino.

 Os fluxos de imigrantes aparecem, atualmente, como um processo constitutivo da nova ordem global. Assim, como também, uma manifestação da penetração econômica e cultural dos países desenvolvidos naqueles em desenvolvimento. Atuam na flexibilização dos mercados de trabalho e da formação de redes de comunicação e de transporte que conectam pessoas nos mais variados destinos.

Os fluxos internacionais tiveram uma significativa mudança em relação a outros períodos da história com o processo da globalização, como por exemplo, a reorientação dos destinos principais dos migrantes, o aumento do número de países, sejam de origem, recepção ou trânsito (ou as três condições simultaneamente), que participam desses fluxos, e o caráter mais fluido das migrações.

2. INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA (GLOBALIZAÇÃO) E MIGRAÇÃO

 Segundo Lorenzo Prencipe (2002) diretor do Centro de Informação que estuda nas migrações internacionais a internacionalização (CIEMI de Paris), a internacionalização é o fruto da combinação de três fatores: o crescimento do espaço das trocas pela integração de países novos (os jogadores novos); a globalização dos empreendimentos grandes que organizam, em âmbito mundial, as suas atividades de pesquisa, provisão, produção e comercialização (jogos novos); o crescimento das trocas, graças a liberalização ou desregramento (regras novas do jogo).

A internacionalização da economia mundial inicia-se na década de 40, quando as bases do capitalismo foram ampliadas. As nações, até então, desconectadas ou desarticuladas com o contexto global foram incorporadas em seu contexto social, econômico, político e cultural.

O fenômeno das migrações apresenta-se como um exemplo clássico para os processos globais de interação entre as várias regiões do mundo, os quais se intensificaram, principalmente, a partir do século XIX. Assim sendo, as migrações foram e são parte do processo que chamamos de globalização.

A partir da década de 50, houve um grande fluxo de estrangeiros para os países mais afetados pela Guerra (França, Alemanha, Reino Unido etc.), que procuravam iniciar a reconstrução das suas economias. Diante disso, necessitavam de muita mão-de-obra. Nesse contexto, os imigrantes eram necessários porque a população economicamente ativa não crescia o suficiente para atender a todas as necessidades do mercado de trabalho. Na década de 60, emergiu a era da migração pós-industrial, que marcou a quebra de padrões migratórios até então observados, já que entre 1900 e 1950, verificou-se grande fluxo de emigrantes para o continente Americano.

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