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Atividades Praticas Supervisionadas De Serviço Social Ao Contexto Urbano E Rural

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Por:   •  29/10/2013  •  2.567 Palavras (11 Páginas)  •  940 Visualizações

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Agroindústria familiar rural é o espaço físico, uma construção civil, empregado para o beneficiamento e/ou processamento de matérias-primas agropecuárias em que o destino final da produção é a comercialização. A mão de obra deverá ser exclusivamente da família e sua localização ser preferencialmente no meio rural.

A agroindústria familiar se constitui a partir de motivações de natureza econômica e social. A principal motivação é de ordem econômica, ou seja, a agregação de valor aos produtos, via transformação artesanal ou semi-artesanal aos excedentes que os produtores rurais não conseguem comercializar in natura. Dentre as motivações sociais mais relevantes destacam-se a fixação do produtor na propriedade rural e a manutenção da integridade familiar via envolvimento de todos na produção, inclusive das donas de casa.

O aporte tecnológico geralmente se origina da própria família do produtor ou do agente de extensão rural. Os produtos deste segmento, em geral, são pouco competitivos devido à baixa escala de produção e à pouca atenção dispensada à apresentação dos produtos ao consumidor no que se refere às embalagens, rótulos e símbolos. Em relação à comercialização, os produtores geralmente enfrentam problemas para colocar os seus produtos em diferentes mercados, pois, na maioria das vezes, os nichos e oportunidades não foram devidamente analisados previamente. Muitos fracassam em função de não terem sido devidamente planejados e terem pouca capacidade de adaptação às freqüentes mudanças econômicas. Mesmo as empresas que conseguem sobreviver durante os períodos de relativa estabilidade do mercado tendem a fracassar quando ocorrem mudanças acentuadas nas estruturas da oferta e demanda (adaptado de VIEIRA, 1998).

Uma das primeiras tentativas teóricas de caracterizar a agroindustrialização ocorreu com Marx (1987), Kautsky (1980) e Lênin (1992) quando estes definiram a agroindústria rural como sendo todas as atividades de manufaturas realizadas nas unidades de produção camponesa e que depois, com o aumento da divisão social do trabalho, passaram a ser desenvolvidas na cidade. A partir daí com a especialização dos agricultores no setor primário, os estudos sobre o processamento da produção camponesa para comercialização perdem espaço no meio acadêmico

A agricultura familiar brasileira tem enfrentado nas últimas décadas uma série de dificuldades no interior dos seus estabelecimentos. Esses problemas estão em grande parte relacionados ao processo de minifundização das suas propriedades, o que acaba originando unidades com pequenos espaços de área insustentáveis para a manutenção da família. Isso, por sua vez, acaba expelindo grande parte dos integrantes da unidade doméstica para fora do meio rural e deixando os domicílios sem futuros sucessores. Esses problemas foram se intensificando com a chamada modernização da agricultura no Brasil, onde até mesmo os pequenos estratos de área passaram a investir na produção de monoculturas agrícolas, criando assim uma grande vulnerabilidade às famílias. Esse modelo, que se baseia nos ganhos em escala e na individualidade dos agricultores, acabou comprometendo a existência de muitas propriedades familiares nos últimos anos. Segundo Homem de Melo (1999), o número de estabelecimentos rurais inferiores a 100 hectares caíram em quase um milhão (906.301) entre o Censo Agropecuário de 1985 e 1996, o que significa uma redução de 17,3% no número de estabelecimento com essa parcela de terra.

É algo assim que está sendo percebido na luta pela Reforma Agrária conduzida pelo MST. O Movimento dos Sem Terra passou a ser referência de contestação social, ou mesmo de combate ao modelo capitalista em sua versão neoliberal, em um processo ainda não de todo refletido e compreendido pelos Sem Terra, e mesmo pelo conjunto da sociedade. Isto está acontecendo não apenas porque a luta pela terra é uma luta justa. Sua referência vem sendo construída porque esta luta social e humanamente justa está sendo feita de um modo que é capaz de colocar em cena novos, e para alguns inusitados, sujeitos, ao mesmo tempo que os apresenta encarnando valores humanos e ideais libertários quase tão antigos quanto a humanidade. Desgarrados da terra, pobres de tudo que de repente, ou nem tanto, agarram em suas mãos a luta pela própria "salvação social e humana", e se mostram à sociedade como cidadãos, lutadores do povo, seres humanos com dignidade

Estima-se que cerca de setenta entidades participem de acampamentos e invasões de terra no país. Entre elas, há sindicatos e associações e, no mínimo, 27 movimentos autônomos de trabalhadores rurais, mais ou menos inspirados no MST. A maioria dos movimentos tem atuação apenas local, mas alguns ganharam destaque É o maior e mais antigo, fundado em 1984. Está presente em 23 Estados e tem 80.000 famílias acampadas em todo o país. Faz invasões de terra e ocupações de prédios públicos, destrói plantações de produtos transgênicos, organiza greves de fome e marchas nacionais. E um caldeirão ideológico, em que se misturam várias linhas do pensamento de esquerda e extrema esquerda. Sua tática é a luta pela reforma agrária. Seu objetivo final é a revolução socialista.

A imagem de autoria do fotógrafo Sebastião Salgado em seu trabalho em obra instituída terra, mostra a luta dos trabalhadores integrantes do movimento dos trabalhadores sem-terra a imagem retrata homens,mulheres lutando por terra, para conseguir acampamento, terra para seu sustento.

São consideradas famílias acampadas aquelas que se encontram organizadas em movimentos sociais e que pleiteiam acesso à terra e à moradia, tanto na cidade quanto no campo. O acampamento é, por excelência, o lugar de organização e aglutinação de um grupo "sem terra" ou “sem teto”, assim são espaços de transição na luta pela terra e pela moradia. Essas famílias podem permanecer acampadas durante longo período de tempo, até que tenham sua situação regularizada.

Em relação às ocupações de terras, que constituem uma forma eficaz de pressão pelo acesso à terra, o proprietário reivindica seu direito à propriedade através do instrumento jurídico da reintegração de posse. Esta, se concedida pelo juiz, pode implicar mobilização da força pública para o despejo das famílias acampadas.

A maioria das famílias “sem terra” acampadas, antes dessa fase, eram trabalhadores rurais temporários ou permanentes (colheita de café, corte de cana, tratoristas etc.). Entretanto, também são

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