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Atps Economia

Trabalho Universitário: Atps Economia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/9/2013  •  6.989 Palavras (28 Páginas)  •  559 Visualizações

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Sumário

Faculdade Anhanguera 1

Capítulo 1 1

1- ANÁLISE ECONÔMICA REGIONAL DE AUTOMÓVEIS. 1

1.1- Objetivo 1

1.2- Introdução 1

1.3- Comportamentos do consumidor 1

2- INFLUÊNCIAS DA ECONOMIA SOBRE O RAMO AUTOMOTIVO. 2

Capítulo - 2 4

1- DIMENSIONAMENTO DE CUSTOS. 4

2- ESTRUTURA DE CUSTOS 4

2.1- Custos Diretos Variável 4

2.2- Despesas Variáveis 4

2.3- Despesas Fixas 5

3- FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 5

4- CUSTO MÉDIO PARA PRODUÇÃO DE CARRO POPULAR. 6

5- CONCORRÊNCIA. 8

6- CONCLUSÃO 8

Capítulo 3 8

1 - Fatores que influenciam a dinâmica econômica, e como as atividades empresariais podem ser afetadas positivamente e negativamente por esses fatores. Avaliação realizada para a cidade de São José dos Campos. 8

2- ECONOMIA. 10

2.1- Setor primário 10

2.2- Setor secundário. 11

2.3- Setor terciário. 11

Capítulo -4 12

1-Ferramentas de Política Monetária e Política Fiscal do Governo Federal como mecanismos de intervenção na economia nacional e a influência dos acontecimentos das economias internacionais na economia doméstica. 12

1.1- O Brasil tem o carro mais caro do mundo. Por quê? 12

1.2- A Carga tributária caiu. 13

1.3- A margem de lucro é três vezes maior que em outro País.. 13

1.4- Porque o mesmo carro é mais barato na Argentina e no Chile? 14

1.5- City é mais barato no México do que no Brasil por causa da Drawback. 14

1.6- A montadora põe o preço lá em cima, se colar, colou.. 15

1.7- Governo taxa importado para segurar invasão Asiática. 16

1.8- Taxa de juros praticados no mercado automobilístico. 16

2- INFLUÊNCIAS DE ACONTECIMENTOS 2008/2012 17

2.1- Vendas de veículos apresentam novo recorde 18

2.2- Vendas de veículos duplicam desde 2005. 19

2.3- Reduções do crédito no mercado 19

2.4- Alta do dólar. 20

2.5- Estímulos do governo. 20

2.6- Redução dos juros no país. 20

2.7- Crescimento do Brasil. 20

2.8- Inflação. 20

2.9- Valorização do real. 20

3- O FUTURO DAS MONTADORAS DE CARROS DO BRASIL. 21

Referências Bibliográficas. 23

Capítulo 1

1- ANÁLISE ECONÔMICA REGIONAL DE AUTOMÓVEIS.

1.1- Objetivo

Esta ATPS (atividade prática supervisionada) foi elaborada procurando aprofundar o conhecimento sobre o mercado automotivo, exclusivamente no que se refere à conduta do consumidor ao manifestar preferência por uma determinada marca de automóvel. Os estudos indicam os resultados de uma investigação livre em sites, periódicos especializados e jornais, do comportamento do consumidor frente à competição do mercado de automóveis.

1.2- Introdução

Em meio ao movimentado e tumultuoso mundo consumista da atualidade observamos que o mercado está sempre em modificação, De fato, pois entre 2002 e 2011 o mercado automotivo cresceu 145%, com média anual superior a 10%, enquanto a produção, embora em ritmo menor que o das vendas internas, expandiu-se 109% no período, média de 8,6% ao ano conforme dados da ANFAVEA (A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Em uma busca incansável por obter uma parcela cada vez maior de mercado consumidor. Para tanto se utilizam diversos artifícios de gestão que visam tornar as empresas menos vulneráveis às mudanças que ocorrem nos ambientes externo e interno.

Neste segmento, encontramos um cenário de mudanças com a entrada de novos fabricantes, concentração e elevada disputa. Estes acontecimentos levam as organizações a se reestruturarem através de união, incorporações, mudanças ousadas e estratégias de marketing.

1.3- Comportamentos do consumidor

Qual a participação da internet no desenvolvimento de aquisição de um carro? Quais são marcas de carros mais procuradas como possíveis alternativas de compra on-line? Para responder a estas e outras perguntas, o Google, em parceria com a TNS Research International, empresa líder em pesquisa, estudou a conduta de homens e mulheres (623 no total) com mais de 18 anos, residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Brasília, que adquiriram um veículo novo ou usado nos últimos meses. Relato sobre preço, especificações do carro e busca por imagens lideram as atividades mais realizadas pelo internauta. De acordo com a pesquisa, a internet é o meio mais usado por interessados em adquirir um carro novo (51%) ou usado (56%), seguido pelas concessionárias de automóveis (24%, compradores de novos; 14%, de usados). Opinião de familiares e amigos ficou com o terceiro lugar (8%, compradores de novos; 15%, de usados), seguido por jornais (12%, de novos; 11%, de usados) e revista (1%, de novos; 2%, de usados). As ações mais usadas são: 1. Procura por preços e opções de pagamento; 2. Detalhes técnicos, como informações sobre motor e freios; 3. Busca por imagens do carro; 4. Relatos sobre funcionamento e 5. Parecer de outros internautas sobre o carro. No esforço para encontrar um novo carro, os sites das fabricantes aparecem na pesquisa como os mais procurados, seguidos pelos sites de classificados ou especializados em veículos. Os instrumentos de busca e os sites de periódicos ocupam, respectivamente, o quarto e quinto lugar. Segundo o site Web Motors, entre as fabricantes mais visitadas, o site da Fiat lidera (41%, compradores de novos; 35%, de usados). A VW aparece em segundo lugar (37% para novos e usados), seguido pela GM (31%, de novos e usados) e Ford (32%, compradores de novos; 29%, de usados). As marcas mais compradas pelos pesquisados foram Fiat (16%, de novos; 22%, de usados), Chevrolet (20%, de novos; 16%, de usados), Volkswagen (19%, de novos; 15%, de usados) e Ford (15%, de novos; 18%, de usados). As principais conclusões do estudo foram: 1. O principal motivo para troca do veículo é o desejo de ter um carro melhor; 2. A internet é o meio mais usado para ter informações sobre o veículo; 3. Anúncios de vídeos on-line são os mais lembrados pelos internautas; 4. O Youtube e Orkut são os sites de redes sociais mais usados durante o processo de pesquisa e decisão por um carro; 5. A internet ajudou a efetivar 2/3 das decisões finais de compras.

2- INFLUÊNCIAS DA ECONOMIA SOBRE O RAMO AUTOMOTIVO.

Na modalidade de bens de capital e bens de consumo duradouro, onde se encaixam os automóveis, existem setores da economia que atingem diretamente o desempenho do setor. A evolução desses segmentos está atrelada ao crédito, renda das famílias, inadimplência e incentivos. Também o cenário de crise internacional traz perspectivas negativas a montadoras.

Crédito - De acordo com Mantega, os bancos públicos e privados se comprometeram a aumentar o volume de crédito para o financiamento de veículos, além de elevar o número de parcelas e reduzir o valor da entrada e dos juros dos empréstimos.

Outra medida do pacote é a redução no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito para pessoa física: de 2,5% para 1,5%.

Incentivo - A segunda parte do pacote trata de incentivos à aquisição e à exportação de bens de capital. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai reduzir as taxas de juros cobradas no pré-embarque de empresas exportadoras (9% para 8% ao ano), as taxas cobradas para aquisição de máquinas e equipamentos por empresas (de 7,3% para 5,5% ao ano) e as taxas cobradas por participantes do programa Pró-Engenharia (de 6,5% para 5,5%).

Redução do IPI- Carros 1.0 de 7% para 0%, Carros (gasolina)1.0 a 2.0 de 13% para 6,5% (álcool/flex) de 11% para 5,5%.

Sua função principal era a comercialização de veículos novos, principalmente quando não havia a abertura do mercado de automóveis, com a presença de poucas montadoras e o oferecimento de veículos muitas vezes se encontra abaixo à demanda do mercado, o que, em certas épocas causou até ágio cobrado pelas concessionárias, com a venda de veículos acima do preço de tabela.

Com o início do mercado, em consequência da globalização, o consumidor passou a contar com várias alternativas de modelos e marcas de veículos e, com o pleno atendimento da demanda do mercado consumidor, surgiu o excedente de produção causando, a partir desse momento, mudanças na política de comercialização das montadoras e concessionárias.

O perfil de um grande número de consumidores é o de troca mais frequente de veículo, pois muitas vantagens podem ser obter com essa prática como, por exemplo, a menor perda de valor do usado, menor manutenção do veículo, geralmente trocado após o período de garantia da fábrica. Esse grande volume de transações colaborou para a renovação da idade da frota de veículos do Brasil.

Montadoras em atividade no Brasil - Ford, Fiat, Volkswagen, General Motors, Renault, PSA Peugeot Citröen, Toyota, Jac, Hunday Honda e Daimler Chrysler.

Principais marcas no Brasil - Chevrolet, Citröen, Fiat, Ford, Honda, Mitsubishi, Peugeot, Renault, Toyota, Volkswagen, Alfa Romeo, Audi, BMW, Chrysler, Ferrari, Hunday, Jeep, Kia, Land Rover, Lexus, Mercedes-Benz e Nissan.

Capítulo - 2

1- DIMENSIONAMENTO DE CUSTOS.

O objetivo do gestor financeiro da empresa é alcançar o máximo do lucro líquido de cursivo das operações executadas. O ganho líquido é decorrente das vendas, menos o custo das mercadorias vendidas, menos as despesas variáveis (impostos e comissões sobre as vendas), menos todas as despesas fixas (aluguel, água, luz, telefone, salários, pró-labore, manutenção, despesas financeiras, etc.). O administrador financeiro deverá conhecer e administrar corretamente os Custos de sua empresa, tomando as decisões mais corretas para maximizar os resultados financeiros da empresa.

Também deverá ter conhecimento e tornar úteis os conceitos de Ponto de Equilíbrio, Margem de Contribuição e Formação do Preço de Venda, para realizar uma eficiente gestão financeira na empresa.

2- ESTRUTURA DE CUSTOS

2.1- Custos Diretos Variável

O custo direto variável representa os valores gastos diretamente com a compra das mercadorias para a revenda, com a fabricação dos produtos para a venda, ou com a realização dos serviços vendidos. Portanto, o custo direto variável é o custo das mercadorias, produtos e serviços vendidos.

Na atividade industrial:

• É o custo de compra das matérias primas gasto na produção, mais o custo da mão de obra direta envolvida na ação de fabricação.

2.2- Despesas Variáveis

Despesas variáveis são as despesas feitas em função das vendas concluídas. Geralmente essas despesas se caracterizam como um percentual sobre o valor das vendas realizadas.

Exemplos de despesas variáveis:

• Impostos sobre as Vendas

• Comissões sobre as Vendas

• Desconto do Cartão de Crédito

• etc.

2.3- Despesas Fixas

Despesas fixas são as despesas administrativas necessárias para adequado funcionamento da empresa, independentemente o valor das vendas.

Exemplo:

• Aluguel, Condomínio, IPTU

• Água, Luz, Telefone

• Salários Administrativos

• Pró-Labore (Retirada dos Sócios)

• Encargos Sociais sobre Salários e Pró-Labore

• Honorários Profissionais (Contador, outros)

• Despesas com Veículos

• Despesas com Alimentação

• Despesas Financeiras

• Despesas de Manutenção

• Depreciação sobre Ativo Fixo

• Outras Despesas Administrativas.

3- FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

O preço de venda deverá cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis (impostos, comissões etc.) as despesas fixas proporcionais (aluguel, água, luz, telefone, salários, pró-labore, etc.), e ainda, sobrar um lucro líquido adequado.

O cálculo do preço de venda poderá ser feito das seguintes formas:

Custo Direto Variável / Mark-up divisor ou Custo Direto Variável x Mark-up multiplicador. O mark-up divisor é calculado da seguinte forma:

100% - % despesas variáveis - % despesas fixas - % lucro líquido

Exemplo: 100% - 10% - 20% - 10% = 60%

O mark-up multiplicador é calculado da seguinte forma:

100% / Mark-up divisor

Exemplo: 100% / 60% = 1,6666

Exemplo:

Custo Direto Variável: R$ 36,00

Despesas Variáveis: 10%

Despesas Fixas: 20%

Lucro Líquido: 10%

Preço de Venda = R$ 36,00 / 60% = R$ 60,00

Ou

Preço de Venda = R$ 36,00 x 1,666 = R$ 60,00

4- CUSTO MÉDIO PARA PRODUÇÃO DE CARRO POPULAR.

Os valores citados abaixo são meramente ilustrativos com fins pedagógicos, visto que se trata de informações sigilosas das empresas, não sendo possível sua divulgação de acordo com procedimentos de segurança da informação.

Custo Direto Variável

Descrição Valor

CUSTO MENSAL Componentes Múltiplos 11.700,00

Vidros e Espelhos 13.200,00

Sintéticos e Plásticos 25.200,00

Pneus 16.500,00

Lubrificantes 8.500,00

Lataria 14.500,00

Sistemas e Equipamentos 13.500,00

Eletrônicos 11.500,00

Acabamento Interno e Externo 9.500,00

Combustíveis 5.400,00

Peças 7.000,00

Transporte até a Loja 3.500,00

Mão de Obra Direta 22.000,00

TOTAL 162.000,00

Despesas Variáveis

Descrição Valor

CUSTO MENSAL Impostos sobre venda Federais 5.600,00

Impostos sobre venda Estaduais 4.400,00

Impostos sobre venda Municipais 5.000,00

Comissão sobre venda 7.000,00

Desconto do Cartão de Crédito 5.000,00

TOTAL 27.000,00

Despesas Fixas

Descrição Valor

CUSTO MENSAL Aluguel 5.000,00

IPTU 2.500,00

Água 1.000,00

Luz 1.500,00

Telefone 4.000,00

Salários administrativos 6.000,00

Pró-Labore 7.000,00

Encargos Sociais sobre Pró-Labore 2.500,00

Corretor 1.500,00

Despesas com Alimentação 5.000,00

Despesas Financeiras 3.000,00

Despesas de Manutenção 2.000,00

Depreciação sobre Ativo Fixo 4.500,00

Despesas Administrativas 8.500,00

TOTAL 54.000,00

Custo direto variável 162.000,00 60%

Despesas variáveis 27.000,00 10%

Despesas Fixas 54.000,00 20%

Lucro líquido 27.000,00 10%

R$ 162.000,00 / 100 unidades Mês = Custo direto variável R$ 16.200,00

Preço de venda R$162.000,00 x 1,666

R$ 270.000,00 / 100 unidades mês = Preço de venda R$ 27.000,00

5- CONCORRÊNCIA.

De acordo com levantamento realizado através da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica), o produto acima descrito tem custo compatível com outros carros populares nacionais.

6- CONCLUSÃO

O importante é colocar em prática essas idéias, para ter condições de realizar uma eficaz gestão financeira, visando atingir o máximo dos resultados de sua empresa.

Capítulo 3

1 - Fatores que influenciam a dinâmica econômica, e como as atividades empresariais podem ser afetadas positivamente e negativamente por esses fatores. Avaliação realizada para a cidade de São José dos Campos.

De acordo com o site Wikipédia, São José dos Campos é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Pertence à Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista e Microrregião de São José dos Campos, localizando-se a leste da capital do estado, distando desta cerca de 94 km. Ocupa uma área de 1099,77 km², sendo que 94,064 km² estão em perímetro urbano e os 1005,7 km² restantes constituem a zona rural. Em 2011 sua população foi estimada pelo IBGE em 636 876 habitantes, sendo que em 2010 era o sétimo mais populoso de São Paulo e o 32º de todo o país.

A sede tem uma temperatura média anual de 21,3°C e na vegetação original do município predomina a mata atlântica. Com 98% de seus habitantes vivendo na zona urbana, o município contava em 2009 com 289 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,849, considerando-se assim como elevado em relação ao país, sendo o 11º maior do estado. São José dos Campos faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas, São Paulo e do Vale do Paraíba e Litoral Norte já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, sendo que o município é sede da última citada.

São José dos Campos foi fundada em 1767. No decorrer do século XIX a agricultura desenvolveu-se no município, com destaque para o café, principalmente a partir da década de 1880. Porém na segunda metade do século XX a indústria ganhou força, sendo este o momento que a cidade descobre sua vocação para a área da tecnologia. Hoje estão instaladas importantes empresas, como: Panasonic, Johnson & Johnson, General Motors (GM), Petrobras, Embraer (sede), entre outras. Possui importantes centros de ensino e pesquisas, tais como: o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto de Estudos Avançados (IEAV), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento (IP&D), sendo um importante tecnopolo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina.

Além da importância econômica ainda é um importante centro cultural do Vale do Paraíba. A Reserva Ecológica Augusto Ruschi, o distrito de São Francisco Xavier e o Banhado configuram-se como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que o Parque Santos Dumont, o Parque da Cidade e o Parque Vicentina Aranha são relevantes pontos de visitação localizados na zona urbana, além dos projetos e eventos culturais realizados pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), órgão responsável por projetar a vida cultural joseense.

Municípios limítrofes Norte: Camanducaia, Sapucaí-Mirim;

Sul: Jacareí, Jambeiro;

Leste: Monteiro Lobato, Caçapava;

Oeste: Igaratá, Joanópolis ePiracaia.

Distância até a capital

94 km

Características geográficas

Área

1 099,77 km²

População

636 876 hab.

Densidade

579,1 hab./km²

Altitude

600 m

Clima

Tropical de altitude Cwa

Fuso horário

UTC−3

Indicadores

IDH

0,849 (SP: 11°)

PIB

R$ 22 018 043 mil (BR: 19º) – IBGE/2009

PIB per capita

R$ 35 751,06 IBGE/2009

2- ECONOMIA.

O Produto Interno Bruto (PIB) de São José dos Campos é o maior da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o sétimo maior do estado de São Paulo e o 19º de todo o país. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2009, o PIB do município era de R$ 22 018 043 mil. 2 669 199 mil. são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 35 751 06 e em 2000 o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda era de 0,800, sendo que o do Brasil naquele ano era de 0,723.

De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2009, 20 997 unidades locais e 20 262 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes. 212 834 trabalhadores eram classificados como pessoal ocupado total e 185 922 categorizavam-se em pessoal ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 5 116 976 mil. reais e o salário médio mensal de todo município era de 4,7 salários mínimos. A principal fonte econômica está centrada no setor secundário, com suas várias indústrias instaladas, porém o comércio também representa uma relevante parcela de participação na economia da cidade.

2.1- Setor primário

A agricultura é o setor menos relevante da economia de São José dos Campos. De todo o PIB da cidade 25 308 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2010, o município contava com cerca de 60 812 bovinos, 2 000 equinos, 454 bubalinos, 15 asininos, 125 muares, 3 680 suínos, e 380 caprinos e 380 ovinos. Havia 48 mil aves, dentre estas 30 mil eram galos, frangas, frangos e pintinhos e 10 mil galinhas, sendo que foram produzidas 116 mil dúzias de ovos. 14 500 vacas foram ordenhadas, das quais foram produzidos 24,600 mil litros de leite. Na lavoura temporária são produzidas a cana-de-açúcar (180 hectares plantados e 5 400 toneladas colhidas em 2010), a batata inglesa (100 hectares cultivados e 3 mil toneladas colhidas) e a mandioca (135 hectares e 2 900 toneladas colhidas).

Apesar da pouca representatividade na economia municipal o município é considerado como um polo potencial para a agroindústria e a geração de alimentos para a demanda de supermercados e feiras-livres da região, estado, país e ainda do MERCOSUL, em decorrência de sua localização. Para balancear a atividade agropecuária de São José dos Campos foi criada pela prefeitura o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, que tem como objetivo implementar uma política pública para melhor atender à demanda do mercado que chega a 3 milhões de consumidores de toda a região do cone-leste paulista. A principal empresa agropecuária da região é a Cooperativa de Laticínios de São José dos Campos (COOPER).

2.2- Setor secundário.

A indústria, atualmente, é o setor mais relevante para a economia do município. 9 998 955 mil reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). O setor industrial é uma das principais características marcantes da cidade, sendo que é responsável por 70,52% do total da lucratividade econômica municipal. Emprega cerca de 50 mil pessoas em aproximadamente 720 indústrias. São José dos Campos é um importante tecnopólo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina. A cidade possui grande participação no comércio exterior, sendo o segundo município maior exportador de produtos industrializados do Brasil, atrás apenas da capital paulista e à frente de São Bernardo do Campo, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As principais exportadoras da cidade são a Embraer, a General Motors e a Ericsson. Dentre os produtos exportados incluem-se aviões, veículos automotivos, aparelhos de telefonia celular, peças de aviões, helicópteros, autopeças e produtos médicos, principalmente para a Argentina, Estados Unidos, China, e Alemanha.

2.3- Setor terciário.

A prestação de serviços rende 9 324 581 mil reais ao PIB municipal. O setor terciário atualmente é a segunda maior fonte geradora do PIB joseense, sendo que 28,87% das atividades econômicas de São José dos Campos eram oriundos deste setor, destacando-se principalmente na área do comércio. É considerado como um centro regional de compras e serviços, destacando-se: Center Vale Shopping, Vale Sul Shopping, Shopping Colinas, Shopping Centro, Shopping Faro, Aquários Center, Shopping Esplanada, Espaço Andrômeda Shopping e o JK Centro Comercial, além de haver filiais de grandes redes nacionais de lojas, tais como Carrefour, Pão de Açúcar e Lojas Americanas.

Capítulo -4

1-Ferramentas de Política Monetária e Política Fiscal do Governo Federal como mecanismos de intervenção na economia nacional e a influência dos acontecimentos das economias internacionais na economia doméstica.

1.1- O Brasil tem o carro mais caro do mundo. Por quê?

Os principais argumentos das montadoras para justificar o alto preço do automóvel vendido no Brasil são a alta carga tributária e a baixa escala de produção. Outro vilão seria o alto valor da mão de obra, mas os fabricantes não revelam quanto os salários - e os benefícios sociais - representam no preço final do carro.

A explicação dos fabricantes para vender no Brasil o carro mais caro do mundo é o chamado Custo Brasil, isto é, a alta carga tributária somada ao custo do capital, que onera a produção. Em nenhum país do mundo onde a indústria automobilística tem um peso importante no PIB, o carro custa tão caro para o consumidor.

Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores.

Pois bem: o Brasil fechou 2010 como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3, 638 milhões de unidades.

1.2- A Carga tributária caiu.

O imposto, o eterno vilão, caiu nos últimos anos. Em 1997, o carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100hp recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool). Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool.

Quer dizer: o carro popular teve um acréscimo de 0,9 pontos percentual na carga tributária, enquanto nas demais categorias o imposto diminuiu: o carro médio a gasolina paga 4,4 pontos percentuais a menos. O imposto da versão álcool/flex caiu de 32,5% para 29,2%. No segmento de luxo, o imposto também caiu: 0,5 pontos no carro e gasolina (de 36.9% para 36,4%) e 1 ponto percentual no álcool/flex.

Carro 1997 2010

Motor 1.0 26,2% de impostos 27,1% de impostos

Até 100hp (ou 2.0) 34,8% gasolina 30,4% gasolina

32,5% álcool 29,2% álcool

Acima 2.0 36,9% gasolina 36,4% gasolina

34,8% a álcool 33,8% álcool

Isso sem contar as ações do governo que baixou o IPI (retirou, no caso dos carros 1.0) durante a crise econômica.

As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, mostrou que algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes e que grande parte desse lucro vem da venda dos carros com aparência fora de estrada.

1.3- A margem de lucro é três vezes maior que em outro País..

O Banco Morgan concluiu que esses carros são altamente lucrativos, têm uma margem muito maior do que a dos carros dos quais são derivados. Os técnicos da instituição calcularam que o custo de produção desses carros, como o CrossFox, da Volks, e o Palio Adventure, da Fiat, é 5 a 7% acima do custo de produção dos modelos dos quais derivam: Fox e Palio Weekend. Mas são vendidos por 10% a 15% a mais.

O Palio Adventure (que tem motor 1.8 e sistema locker), custa R$ 52,5 mil e a versão normal R$ 40,9 mil (motor 1.4), uma diferença de 28,5%. No caso do Doblò (que tem a mesma configuração), a versão Adventure custa 9,3% a mais.

O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, concluiu que, no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países.

O Honda City é um bom exemplo do que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil (versão LX). Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil. Restam, portanto R$ 20,3 mil.

Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%). A soma dá R$ 40.692,00. Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o Lucro Brasil (adicional) é de R$ 15.518,00: R$ 56.210,00 (preço vendido no Brasil) menos R$ 40.692,00.

1.4- Porque o mesmo carro é mais barato na Argentina e no Chile?

Segundo a Volkswagen as principais razões para a diferença de preços do veículo no Chile e no Brasil podem ser atribuídas à diferença tributária e tarifária entre os dois países e também à variação cambial.

1.5- City é mais barato no México do que no Brasil por causa da Drawback.

Um dirigente da Honda, ouvido em off, responsabilizou o drawback, para explicar a diferença de preço do City vendido no Brasil e no México. O drawback é a devolução do imposto cobrado pelo Brasil na importação de peças e componentes importados para a produção do carro. Quando esse carro é exportado, o imposto que incidiu sobre esses componentes é devolvido, de forma que o valor base de exportação é menor do que o custo industrial, isto é: o City é exportado para o México por um valor menor do que os R$ 20,3 mil. Mas quanto é o valor dos impostos das peças importadas usadas no City feito em Sumaré? A fonte da Honda não responde, assim como outros dirigentes da indústria se negam a falar do assunto.

Ora, quanto poderá ser o custo dos equipamentos importados no City? Com certeza é menor do que a diferença de preço entre o carro vendido no Brasil e no México (R$ 15 mil).

A propósito, não se deve considerar que o dólar baixo em relação ao real barateou esses componentes?

A conta não bate e as montadoras não ajudam a resolver a equação. O que acontece com o Honda City é apenas um exemplo do que se passa na indústria automobilística. Apesar da grande concorrência, nenhuma das montadoras ousa baixar os preços dos seus produtos. Uma vez estabelecido, ninguém quer abrir mão do apetitoso Lucro Brasil.

1.6- A montadora põe o preço lá em cima, se colar, colou..

Um exemplo recente revela esse comportamento do mercado. A Kia fez um pedido à matriz coreana de dois mil Sportage por mês, um volume que, segundo seus dirigentes, o mercado brasileiro poderia absorver. E já tinha fixado o preço: R$ 75 mil. Às vésperas do lançamento soube que a cota para o Brasil tinha sido limitada a mil unidades. A importadora, então, reposicionou o carro num patamar superior, para R$ 86 mil. E, como já foi dito aqui: pra que vender por R$ 75 mil se tem fila de espera pra comprar por R$ 86 mil? A versão com câmbio automático, vendida a R$ 93 mil, tem fila de espera e seu preço sobe para R$ 100 mil no mercado paralelo.

Cledorvino Belini, que também é presidente da Fiat Automóveis e membro do Conselho Mundial do Grupo Fiat, responsabiliza os custos dos insumos pelo alto preço do carro feito no Brasil. Disse que o aço custa 50% mais caro no Brasil em relação a outros países e que a energia no País é uma das mais caras do mundo.

Com a crise, o setor mostrou que tem (muita) gordura pra queimar. O preço de alguns carros baixou de R$ 100 mil para R$ 80 mil. Carros mais caros tiveram descontos ainda maiores.

São comuns descontos de R$ 5 mil, 10 mil. Como isso é possível se não há uma margem tão elástica pra trabalhar?

A GM vendeu um lote do Corsa Classic com desconto de 35% para uma locadora paulista, segundo um utivo da locadora em questão. O preço unitário foi de R$ 19 mil!

As montadoras tradicionais tentam evitar o óbvio, que é a perda de participação para as novas montadoras, disse José Carlos Gandini, presidente da Kia e da Abeiva, a associação dos importadores de veículos. O dólar é o mesmo pra todo mundo. As montadoras também compram componentes lá fora, e muito. Além disso, os importados já pagam uma alíquota de 35%, por isso não se trata de uma concorrência desleal, ao contrário, as grandes montadoras não querem é abrir mão da margem de lucro.

1.7- Governo taxa importado para segurar invasão Asiática.

De olho no crescimento das vendas de carros importados, o Ministério da Fazenda elevou em 30 pontos percentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para proteger a indústria nacional. Nos modelos mais baratos, de mil cilindradas, o IPI passará de 7% para 37%. Nos mais caros, o imposto, que hoje oscila de 11 % a 13%, ficará entre 41 % e 43%. Com isso, a expectativa é que o preço do carro importado suba 28%. A alta do imposto deve barrar a invasão de veículos chineses e coreanos, principalmente. Se não quiser se sujeitar ao aumento do imposto, as montadoras terão de utilizar pelo menos 65% das peças nacionais ou produzidas no MERCOSUL. Também serão obrigadas a investir em inovação tecnológica. O Brasil é o quinto maior mercado consumidor de automóveis e o sétimo produtor. Só no primeiro semestre, importou US$ 5,2 bilhões, com aumento de 46,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações tiveram queda de 7,8%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil deve chegar à quarta posição entre os produtores.

1.8- Taxa de juros praticados no mercado automobilístico.

Desde o dia 21 de maio, quando o governo anunciou um pacote de medidas para o setor automotivo, os juros cobrados para o financiamento de automóveis estão em queda nas principais instituições financeiras.

Segundo dados do Banco Central, atualmente, as taxas mais baixas são da Gol Cred (4,41% ao ano), GMAC (8,60% ao ano) e BMW Financeira (10,03% ao ano).

Das três líderes, o banco GMAC – da General Motors – foi o único que elevou as taxas após o pacote do governo. Em maio, os juros estavam em 7,70% ao ano. Gol Cred (24,60%) reduziu drasticamente as taxas, enquanto a BMW manteve o mesmo patamar.

Entre os chamados “bancões”, todos reduziram as taxas, mas não figuram entre as mais baixas do mercado.

Banco do Brasil tem a mais baixa (15,53% ao ano, a oitava mais baixa do mercado), seguido por Itaú Unibanco (19,42%, a décima mais baixa), Caixa Econômica Federal e Santander (ambos com 20,27% ao ano, a 14ª e 15ª mais baixas) e Bradesco (21,13%, a 17ª mais baixa).

2- INFLUÊNCIAS DE ACONTECIMENTOS 2008/2012

Governo zera IPI de carro 1.0, reduz IOF do crédito e dá mais prazo para financiar. O governo cortou impostos e juros de carros, reduziu o IOF para financiamentos e aumentou o prazo para comprar os veículos a prazo. Também foram anunciados juros menores do BNDES para empresas. As medidas foram anunciadas nesta segunda-feira pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) para tentar estimular a economia, diante do agravamento da crise econômica global.

O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros nacionais 1.0 cai de 7% para zero. A redução vale até 31 de agosto deste ano. Em contrapartida, as fábricas de carros se comprometeram a não demitir funcionários. Com a redução do IPI, o governo deve deixar de arrecadar R$ 1,2 bilhão, de acordo com Mantega.

As montadoras também se comprometeram a dar descontos no preço de tabela dos carros. Os automóveis de até 1.000 cc, por exemplo, terão desconto de 2,5% sobre a tabela vigente.

Os carros de até 2.000 cc terão 1,5% de desconto e os utilitários, 1%. Esses descontos todos de tabela vão valer até 31 de agosto, como o corte do IPI.

Também foi anunciada redução de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no crédito para pessoa física, de 2,5% para 1,5%. Isso fez a taxa voltar ao que era no início de 2011. A medida faz os juros para o consumidor serem mais baixos, facilitando o pagamento de prestações. O governo estima deixar de arrecadar, só com essa medida do IOF, cerca de R$ 900 milhões até 31 de agosto.

O corte de IPI varia conforme a situação do carro, nacional ou importado, conforme o novo regime automotivo. Esse regime estabelece vantagens para veículos produzidos no país ou que usem mais peças nacionais.

O Banco Central vai reduzir o depósito compulsório dos bancos para viabilizar volume maior de crédito e para reduzir o custo do crédito. Os bancos são obrigados a manter um depósito compulsório no BC de todo o dinheiro que eles recebem de seus clientes.

O governo decidiu reduzir essa quantia, para haver mais dinheiro no mercado e o crédito ficar mais barato BNDES vai cobrar juros menores para empresas.

O governo também anunciou juros menores em linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) voltadas a bens de capital. Isso beneficia empresas. Os bens de capital são máquinas usadas para produção.

Se as empresas podem comprar máquinas com prestações mais baixas, elas têm condições de ampliar a produção, contratar mais funcionar a e ajudar a aquecer a economia.

Os juros para máquinas e equipamentos de grandes empresas irão cair de 7,3% para 5,5%. A redução, assim como a queda do IPI para carros, também vale até 31 de agosto.

Também haverá juros menores do BNDES para compra de ônibus e caminhões.

Governo tem tomado medidas para aquecer economia. Nos últimos meses, o governo tem adotado isenções fiscais e outras medidas para estimular a economia, que cresceu 2,7% em 2011.

2.1- Vendas de veículos apresentam novo recorde

O licenciamento de automóveis continua se expandindo, com 381,6 mil unidades licenciadas no ano, superando o período da desoneração do IPI. Em 2010, a venda de veículos seguiu em patamar elevado mesmo após o fim das desonerações do IPI, demonstrando a força do mercado doméstico. Em geral, as vendas foram favorecidas pelo volume de crédito disponível, pela redução da inadimplência e pelos menores juros de financiamento.

2.2- Vendas de veículos duplicam desde 2005.

O Brasil é o quarto maior mercado de veículos do mundo, além de ser grande produtor. Entre 2005 e 2010, mais de 15 milhões de veículos foram licenciados no mercado brasileiro, com crescimento geral equivalente a 105%.

A forte demanda interna, aliada ao câmbio apreciado, possibilitou maior penetração de diferentes marcas importadas no País. Mesmo com o aumento da participação nas vendas dos importados, o nível de estoques continua reduzido.

2.3- Reduções do crédito no mercado

Reflexo: como o sistema financeiro é interligado em todo o mundo, a baixa liquidez refletiu, em um primeiro momento, na falta de dinheiro disponível no Brasil para a concessão de crédito tanto para as empresas como para os consumidores. De acordo com o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, de 20% a 25% do crédito oferecido no Brasil vem de fora. A inadimplência de pessoa física subiu, chegou a 8,5% em maio de 2009, diz Rabi. Em junho de 2008, estava em 7%. As empresas foram as mais afetadas, pois tinham dificuldades de obter financiamento para investimentos e exportações, por exemplo. Os consumidores, para aquisições de bens, principalmente os de maior valor agregado, como veículos e imóveis.

2.4- Alta do dólar.

Reflexo: a alta do dólar, somada à falta de crédito no Brasil, prejudicou principalmente algumas empresas que tinham passivos (dívidas) em dólar e não estavam protegidas para oscilações tão grandes da moeda. Além disso, o dólar alto também prejudicou consumidores que pretendiam viajar para o exterior, além de quem queria adquirir produtos importados.

2.5- Estímulos do governo.

Reflexo: o pacote de estímulo do governo foi importante para manter a economia aquecida. Com isso, as empresas voltaram a ter crédito para investimentos, a população teve acesso a bens como automóveis e eletrodomésticos a melhores preços, o que estimulou as vendas e, consequentemente, manteve o crescimento do país e colaborou para a criação e manutenção de postos de trabalho.

2.6- Redução dos juros no país.

Reflexo: a redução dos juros foi mais uma forma de estímulo ao crédito no país e ao investimento por parte das empresas, aumentando o consumo.

2.7- Crescimento do Brasil.

Reflexo: o alto nível de crescimento do país em 2010 possibilitou a manutenção e criação de postos de trabalho. A população brasileira foi estimulada ao consumo, garantido a sobrevivência das empresas e, consequentemente, de investimentos.

2.8- Inflação.

Reflexo: o aumento dos preços acaba por ‘comer’ parte da renda para o consumo. Em longo prazo, pode causar o desaquecimento da economia.

2.9- Valorização do real.

Reflexo: O real valorizado tem colaborado no combate à inflação, uma vez que barateia a entrada de produtos importados no país e ajuda a atender a demanda interna. Também facilitam em fatores como viagens de brasileiros ao exterior. Contudo, a moeda forte prejudica a competitividade das empresas nacionais, tanto nas exportações como na concorrência com produtos importados dentro do Brasil, o que pode causar diminuição de postos de trabalho e de investimentos.

3- O FUTURO DAS MONTADORAS DE CARROS DO BRASIL.

Conforme previsto, se realmente for confirmada a chegada de algumas montadoras de automóveis ao Brasil o país se tornará o 3º maior produtor de carros no mundo, atrás apenas da China e dos EUA. Neste ano, 9 empresas já anunciaram novas fábricas em território nacional. A estimativa é que até 2015 elas apliquem R$ 21 bilhões em aumento de capacidade, produção, tecnologia e inovação.

O setor automotivo também sinaliza para um novo ciclo de desconcentração da indústria no país, com Pernambuco sediando uma montadora da Fiat e perto de abrigar a quinta unidade brasileira da Volkswagen.

O Brasil é, ainda, um dos poucos países no mundo com potencial de expansão do setor automotivo, tanto no aumento de produção quanto no consumo. Os investimentos das montadoras por aqui poderão levar o Brasil da quarta para a terceira posição no ranking mundial, desbancando o Japão. Só para lembrar, hoje, os líderes são China e Estados Unidos.

A marcha dos investimentos em Pernambuco e do setor automotivo no Brasil só é comparada ao movimento desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, nos anos 50. Para quem não lembra, na época, o grupo alemão Volkswagen foi o primeiro a construir uma montadora no país, inaugurando em 1959 uma fábrica em São Bernardo do Campo, em São Paulo. O empreendimento, como alguns recordam, foi o embrião do polo automotivo nacional, no ABC Paulista. Foi só então, nos anos 70, que a Fiat investiu na construção de uma montadora em Minas Gerais, em Betim. E depois, nos anos 80 e 90, a atividade se dispersou para a região Sul (Paraná e Rio Grande do Sul) e para Rio de Janeiro, Goiás e Bahia. Atualmente, esses estados concentram as 25 montadoras no Brasil que já somam 50 fábricas.

Nesse novo momento da indústria automobilística estão interessadas em vir para cá tanto marcas de carros populares (as chinesas Chery e JAC), quanto as que ostentam o mercado de luxo (BMW). E como os investimentos contemplam agora o Nordeste, a novidade no mapa é o estado de Pernambuco, que, além de receber uma montadora da Fiat no município de Goiana (Zona da Mata Norte), com um aporte de R$ 4 bilhões, também captou duas montadoras chinesas de motos, a Sazaki e a Shineray, e está no páreo para receber a nova unidade da Volkswagen.

Veja quais são as montadoras que querem investir e instalar novas fábricas no Brasil:

- BMW (estudando local).

- Suzuki (estudando local), provavelmente em Itumbiara, Goiás.

- Toyota, investimento de U$ 600 milhões já definidos em Sorocaba, São Paulo.

- Hyundai, investimento de R$ 900 milhões definido em Piracicaba, São Paulo.

- Chery, investimento de R$ 400 milhões em Jacareí, São Paulo.

- Nissan, investimento de R$ 26 bilhões em Resende, Rio de Janeiro.

- JAC, investimento de R$ 900 milhões em Camaçari, Bahia.

- Fiat, investimento de R$ 4 bilhões em Goiana, Pernambuco.

- Volkswagen (estudando local e com investimentos em torno de R$ 2 bilhões), provavelmente em Pernambuco.

As montadoras de veículos no Brasil decidiram manter suas projeções de crescimento de vendas e produção em 2012, mesmo após um primeiro semestre abaixo das expectativas.

A crença da ANFAVEA -associação que representa as fabricantes de veículos no país- de alta de 4 a 5 por cento nas vendas e de avanço de 2 por cento na produção é motivada pelo desempenho em junho, quando a comercialização média diária foi recorde após medidas temporárias de estímulo do governo.

Havia expectativa de que a ANFAVEA reduzisse suas previsões depois que a Fenabrave, entidade que reúne os concessionários, cortou no início desta semana suas estimativas para o ano de expansão na venda de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões de 3,5 por cento para queda de 0,5 por cento. Desde 2004 o setor tem registrado alta nos licenciamentos.

Nesta quinta-feira, a ANFAVEA divulgou que o semestre encerrou com queda de 9,4 por cento na produção na comparação com o mesmo período do ano passado, para 1,55 milhões de unidades. Enquanto isso, as vendas de janeiro a junho recuaram 1,2 por cento, a 1,72 milhões de veículos.

Por enquanto, a ANFAVEA estima para 2012 o sexto recorde consecutivo de vendas, com a comercialização de 3,77 milhões a 3,81 milhões de veículos novos. Já a produção deve chegar a 3,47 milhões de unidades.

O crescimento, para 353,2 mil unidades, volume recorde para o mês, veio junto com o corte pelo governo, no fim de maio, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre o setor e o anúncio de medidas de incentivo ao financiamento de veículos. A redução do tributo é válida até o encerramento de agosto.

Com o salto nas vendas, os estoques de veículos na indústria e concessionárias caíram 16,5 por cento de maio para junho, para 342 mil unidades. Em dias de vendas, o volume recuou de 43 para 29 dias, nível considerado normal pela ANFAVEA.

A média diária de vendas totais de veículos em junho foi de 17.660 unidades, cerca de 36 por cento acima da média entre janeiro e maio. O número superou o recorde histórico de dezembro de 2010, quando 17.343 veículos foram emplacados, em média, por dia.

"Não quer dizer que essa média de junho vai ficar assim no resto do ano, mas é um nível novo, o que é positivo para o setor", disse o presidente da ANFAVEA.

Enquanto isso, o nível de emprego do setor em junho cresceu 1,3 por cento sobre maio e 2,9 por cento na comparação anual.

Referências Bibliográficas.

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Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Brasil. Disponível em: www.anfavea.com.br. Acesso em: 14 de Agosto de 2012.

Prefeitura de São José dos Campos. Disponível em: www.sjc.sp.gov.br. Acesso em 16 de Agosto de 2012.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em 22 de Agosto de 2012.

Jornal O Globo. Disponível em: www.oglobo.com.br. Acesso em 22 de Agosto de 2012.

UOL Economia. Disponível em: www.economia.uol.com.br. Acesso em 23 de Agosto de 2012.

Secretaria da Fazenda. Disponível em: www.fazenda.sp.gov.br. Acesso em 23 de Agosto de 2012.

Revista Auto Informe. Disponível em: www.autoinforme.com.br. Acesso em: 25 de Agosto de 2012.

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UOL Carros. Disponível em: www.carros.uol.com.br. Acesso em 28 de Agosto de 2012.

VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. - GARCIA, Manuel Henrique/ Economia: edição customizada 2. ed.-São Paulo

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