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BREVE HISTÓRIA DE PRODUTOS NO BRASIL

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Por:   •  4/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.130 Palavras (17 Páginas)  •  362 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

Um setor da economia que movimenta muito capital é o setor de commodities. É basicamente formado por produtos primários, produtos “in natura”. Apesar de certa simplicidade dos produtos comercializados, estes possuem papel de extrema importância na economia de modo geral. Pelo fato de a maioria dos setores serem dependentes um do outros, a parte de commodities acaba tendo papel principal no desenvolvimento de um mercado.

Podemos citar como exemplo, o café, o trigo, a soja, entre outros tipos de produtos. Um aumento no preço de tais produtos, acarretam no aumento do preço de outros diversos setores da economia, pelo fato de basicamente um setor depender do outro.

A questão de preço é algo de extrema importância quando o assunto é commodities, pelo fato deste setor ser muito instável. Com isso, as oscilações durante os anos são grandes, causando muitas vezes certo receio em relação aos agentes em investir em tal área, desmotivando em muitos casos por exemplos, produtores em produzir certo produto devido a incerteza de retorno dos seus investimentos. Para amenizar tal problema, existem mercados futuros, que basicamente são contratos que são garantias de venda (no caso dos produtores) ou compra (no caso de indústria, empresas) à preços que compensem o investimento neste setor da economia.

Neste trabalho, será explicado mais detalhadamente o que é uma commoditie, citando exemplos; os riscos que os produtores podem encontrar no decorrer da produção e quais as opções para amenizar tais riscos. Além disso, será demonstrado o modelo de mercado futuro (BM&F BOVESPA), mostrando exemplos e características de alguns produtos comercializados neste mercado. E por fim, será mostrado dado da inflação deste setor na economia durante os anos.

2. UMA BREVE HISTÓRIA DAS COMMODITIES NO BRASIL

2.1. DEFINIÇÃO DE COMMODITIES

Commodity pode ser definida como um ativo físico que possui características padronizadas, de ampla negociação em diversas localidades, que pode ser transportado e armazenado por um longo período de tempo. Em geral são produzidas em grandes quantidades por vários produtores. São produtos “in natura” provenientes de cultivo ou de extração. Por serem mercadorias de nível primário, propensas à transformação em etapas de produção, apresentam nível de negociação global. Podemos citar alguns exemplos de commodities que encontramos na Economia como por exemplo: café, trigo, soja (Agrícola); peixes, lulas, crustáceos, ostras (Recursos pesqueiros); ouro, petróleo (Mineral); dólar, euro, real (Financeira); água, créditos de carbono (Ambiental); energia eléctrica (Recursos energéticos); ácido sulfúrico, sulfato de sódio (Química), entre outros.

. As transações de compra e venda da commodity física são feita em mercado físico e em mercado de derivativos com condições aceitas pelo comprador e pelo vendedor, desde que em concordância com as normas de organização de mercado, caso existam. Quantos aos derivativos são feitos em mercado futuro e de opção, pois oferecem toda a proteção que os produtores agrícolas e as empresas precisam para garantir o sucesso de negocio. Os derivativos de commodities atende a necessidade de comercialização de determinadas mercadorias.

Devem ser utilizados por pessoas e empresas que pretendem se proteger do risco do preço dos seus produtos e matérias-primas. Com os derivativos de commodities é possível garantir a fixação dos preços de determinadas mercadorias que sofrem impactos direitos de fatores externos, como clima, condições de solo e pragas por exemplo.

Especificamente no mercado futuro brasileiro, as commodities agrícolas negociadas são o café, o milho, a soja, o açúcar, o etanol e o boi gordo. Entre os agentes financeiros que podem buscar essa proteção estão os produtores, as indústrias que processam o bem básico e exportadores que o compram de produtores para vender no mercado externo.

2.2 – RISCOS ENCONTRADOS PELOS AGENTES NO MERCADO DE COMMODITIES

Basicamente, os produtores estão sujeitos a dois riscos. O primeiro é de que, entre o início da produção e o momento da venda, o preço caia excessivamente, de forma que não cubra os custos iniciais para produção. Isso pode acontecer, por exemplo, se ocorrer uma supersafra, o que aumentaria a oferta exageradamente e jogaria os preços para baixo.

Outro risco que correm os produtores é de que, por algum motivo, sua produtividade caia, seja pelo uso de técnicas inadequadas, seja pelo excesso ou falta de chuvas. Neste caso, ele não teria volume suficiente para vender, o que derrubaria suas receitas. Apesar de ser muito lucrativo, é um setor muito instável, visto que depende em grande parte de fatores que independem do produtor (como fenômenos naturais citados acima). Devido a isto, muitos tem receio de entrar neste setor da economia.

Já nas indústrias processadoras (usinas de açúcar e etanol, frigoríficos, torrefadoras) correm o risco de os preços dos produtos subirem demasiadamente, aumentando seus custos e derrubando sua lucratividade. Risco semelhante correm os exportadores, que podem enfrentar uma oscilação elevada entre o fechamento do contrato com compradores externos e o recebimento efetivo da mercadoria para exportação. Criadores de aves também enfrentam incertezas no preço do milho que compram para alimentar aves para abate.

Em 1º de agosto de 2008, a BM&FBOVESPA começou a divulgar diariamente o Índice de Commodities Brasil (ICB). Trata-se de um índice diário, cotado em pontos, cujo objetivo é refletir o comportamento dos preços das commodities negociadas na Bolsa.

O ICB é um índice a vista, formado sempre pelo preço de ajuste do primeiro vencimento em aberto. Os preços dos produtos negociados em dólares são transformados para reais pela taxa de cambio referencial BM&FBOVESPA. Diariamente, serão calculados os retornos do preço de ajuste das commodities, ou seja, a variação do preço em relação ao pregão anterior. Em seguida, os retornos serão ponderados pela participação de cada commodity no índice para se calcular o retorno global no dia, que será adicionado ao fechamento do ICB no dia anterior para se chegar à pontuação índice no dia.

Há diversos motivos para um Índice de Commodities no Brasil, entre eles: interesse dos fundos por novos papéis para diversificação das carteiras; servirá para lançamento de um contrato futuro de índice de commodities liquidado financeiramente; relevância econômica e mudanças permanentes e estruturais na matriz produtiva do agronegócio brasileiro e do setor mineral

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