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CONRACK E A PEDAGOGIA DO HERÓI

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Por:   •  3/10/2014  •  757 Palavras (4 Páginas)  •  299 Visualizações

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CONRACK E A PEDAGOGIA DO HERÓI

André A Gazola1

O objetivo deste trabalho é analisar as ações pedagógicas, sociais e culturais no filme Conrack, produzido em 1974 com direção de Martin Ritt. A análise será feita com foco em três personagens principais, que são: Pat Conroy (o professor, representado por Jon Voight),

Sra. Scott (a diretora, representada por Madge Sinclair) e Sr. Skeffington (o superintendente,

representado por Hume Cronyn). Além disso, também será feita uma abordagem em relação

aos alunos da escola.

Pat Conray é um professor branco que passou boa parte de sua vida como racista. Tem

a oportunidade de redimir-se, ensinando crianças negras em uma ilha em que essa raça é a

predominante. Em sua primeira aula, depara-se com alunos que não sabem absolutamente

nada, que desenvolveram sua própria linguagem e cujos recursos pedagógicos utilizados até

então eram baseados em castigos físicos e psicológicos:

Sete de meus alunos não conhecem o alfabeto, três crianças não sabem escrever o nome, dezoito

crianças não sabem que estamos em guerra no sudeste da Ásia. Nunca ouviram falar em Ásia. Uma

criança pensa que a terra é chata e dezoito concordam com ela. Cinco crianças não sabem a data do

nascimento. Quatro não sabem contar até dez, os quatro mais velhos pensam que a guerra civil foi entre

os alemães e japoneses. Nenhum deles sabe quem foi George Washington ou Sidney Poitier, nenhum,

jamais foi ao cinema, nem subiu no morro, nem andou de ônibus, esses meninos não sabem de nada.

Dessa forma, Conroy desenvolve sua prática de ensino “revolucionária”, focando-se

nas necessidades dos alunos, interpretadas por ele como a falta de oportunidades de

participarem da cultura branca americana. Apesar de todo o esforço do professor, a pedagogia

que ele desenvolve parte do ponto de vista branco, pois era um branco numa ilha da Carolina

do Sul, ensinando cultura branca aos seus alunos.

Contudo, os tempos e espaços foram, sem dúvida, diferentes daqueles vivenciados sob

a tutela da diretora negra, que, embora representasse o mesmo grupo de representação dos

alunos e alunas como pertencente à mesma raça e, com os quais dividia o mesmo espaço

1 Aluno do curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul

Retirado do endereço

http://www.lendo.org/resenha-do-filme-conrack/

Modelo de resenha de crítica

Publicado originalmente no blog www.lendo.org - Acesse para mais modelos de resenhas

cultural, fora colonizada pela cultura branca, e investida de um lugar de representação na

comunidade branca, agia com seus alunos a partir desta política cultural, onde o negro

precisava ser duro e saber enfrentar a vida como um ser inferior.

Segundo Fabris (2001):

Outras experiências foram oportunizadas por Pat Conroy em outros espaços pedagógicos além dos

escolares, ampliando assim o conceito de pedagogia. Quando ensinava na praia, na floresta, no chão da

escola, na festa de Halloween, na viagem de barco, nas ruas de Beaufort, esse professor fazia

deslocamentos no tempo e espaço, e sua tentativa era de inclusão dessas crianças na vida americana.

Quando leva seus alunos e alunas a participar da festa de Halloween, ensina a nadar, convive com os

habitantes da ilha e ensina a seus alunos e alunas a convivência

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