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Celia De Fatima Correia

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Por:   •  5/11/2013  •  3.894 Palavras (16 Páginas)  •  523 Visualizações

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Etapa 1

Revolução francesa e a declaração da independência dos Estados Unidos da América

Quando adentramos o processo de constituição dos governos liberais e a crise do absolutismo, costumamos compreender que a participação francesa na emancipação das Treze Colônias teve grande importância na deflagração da Revolução Francesa de 1789. Geralmente, o elo entre as duas experiências históricas se explica pelo fato da França participar das Guerras de Independência dos Estados Unidos com o envio de tropas que lutaram em defesa dos colonos norte-americanos.

No entanto, seria satisfatório dizer que os soldados franceses teriam carregado de volta à sua terra natal o sentimento de autonomia que inspirou as Treze Colônias a lutarem contra a opressão inglesa? Apesar de não ser falsa, essa premissa não contempla o fato de que o século XVIII assistia a disseminação do ideário iluminista, que motivou a luta de várias nações contra a ação de regimes monárquicos ou contrários ao mecanismo de representação politica.

Para que a proximidade ideológica entre as duas experiências históricas seja melhor desenvolvida, sugerimos a exposição de dois documentos que podem assinalar, de maneira bem clara, como o projeto político francês e o norte-americano se assemelhavam. Como sugestão, recomendamos o trabalho com a “Declaração de Independência dos Estados Unidos da América” (1776) e a “Declaração dos Direitos do homem e do cidadão” (1789)

No primeiro documento, temos a seguinte assertiva sobre o ideal de igualdade e o funcionamento das instituições politicas.

“São verdades incontestáveis para nós; todos os homens nascem iguais; o Criador lhes conferiu certos direitos inalienáveis, entre os quais os de vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade; para assegurar esses direitos se constituíram homens-governo cujos poderes justos emanam do consentimento dos governados; sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli-la”

Em contrapartida, o documento francês aborda a relação do indivíduo com o Estado da seguinte forma:

“A lei é a expressão da vontade geral; todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou por seus representantes, à sua formação; ela deve ser a mesma para todos, seja protegendo, seja punindo. Todos os cidadãos, sendo iguais a seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outras distinções que as de suas virtudes e de seus talentos.”

Por meio desses dois trechos, a semelhança ideológica desses processos históricos fica mais clara. A ideia de que as instituições políticas têm origem humana e devem ser moldadas de acordo com o interesse daqueles que são controlados por elas fica evidenciada. Além disso, o imprescindível respeito à vontade dos governados também convive com o ideal de que um governo só poderia ser legítimo no momento em que garantia a felicidade daqueles que representava.

Dessa forma, a visão simplista de que os soldados franceses apenas transferiram o projeto político norte-americano para sua terra natal acaba sendo resolvido. Ao mesmo tempo, podemos conferir, por meio da própria leitura da documentação histórica existente, como se delineava as visões políticas dos participantes de cada uma dessas experiências históricas do século XVIII.

Os dois tipos de solidariedade

Solidariedade é o resultado da união dos laços das pessoas entre si e com o grupo que estão inseridos. São denominados de Solidariedade Orgânica e Solidariedade Mecânica. A primeira dificuldade é pensar na palavra Mecânica como uma coisa flexível, pois é isso mesmo, esse tipo é menos rigoroso.

É a forma de vida que consiste na união de seus membros em prol de um mesmo ideal comum a todos, formada por ações coletivas pré-estabelecidas através de crenças e sentimentos que os une.

Numa sociedade que possue esse tipo de solidariedade, é muito difícil encontrar características que diferencie de forma nítida um membro dos demais. Seus comportamentos não estabelecem um modo de vida individual, possuem quase a mesma consciência, o que estabelece formas de pensamentos quase nada desiguais. "Nessas sociedades, até a educação é difusa, não há mestres, as ideias e tendências comuns a todos os membros da sociedade utrapassam em numero e intensidade aquelas que pertencem a cada um deles pessoalmente". Ou seja, “as ideais são comuns a todos e prevalecem sobre os pensamentos e desejos individuais". Todos cooperam com todos

Utilizando essa expressão pode-se dizer que é como uma grande cooperativa social, onde todos trabalham e o resultado é dividido de forma igual para todos.

Essa solidariedade, geralmente, é aplicada para pequenos grupos liderados por um único chefe.

No Brasil, é fácil exemplificar isso se lembrar-mos, de uma tribo indígena, nela o líder maior é o cacique, os homens caçam e pescam enquanto, as mulheres cuidam dos afazeres domésticos e das crianças. O que os homens trazem para a aldeia é dividido igualmente para todos.

Entretanto, á medida que um grupo social cresce, surge também a necessidade de aproximação entre as pessoas. A vida social se generaliza ao invés de concentrar-se, surgem então, os chamados “vácuos morais”, que separam as pessoas e com isso, as relações sociais tornam-se mais numerosas e se estendem. Nesse momento já não mais existe um pensamento coletivo igual para todos, mas, os individualistas. “Cada pessoa deixa de pensar num todo e passa a pensar só em si”.

Analisando a solidariedade, é possílvel perceber que está ligada ao trabalho. Na mecânica o trabalho é desenvolvido em prol do grupo, todos tem as mesmas funções na sociedade. Porém é o mesmo trabalho que faz aflorar a Solidariedade Orgânica que nada mais é, do que o resultado causado pela divisão do trabalho.

Quando surge a divisão de funções, surge também, a divisão de poderes, de desejos e de pensamentos. Esse tipo de solidariedade está diretamente ligado à essa divisão e a uma classe de consciência que ocupa o lugar do pensamento em prol do grupo, isso porque as necessidades de cada um tornam-se mais fortes fazendo com que eles não mais se vejam como iguais e sim cada um diferente de todos.

Etapa 2

O erro da Revolução Francesa foi transformar em meta a proclamação dos direitos humanos. Para os Americanos

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