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Ciencias biologicas

Por:   •  17/4/2015  •  Resenha  •  684 Palavras (3 Páginas)  •  122 Visualizações

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DEMOCRACIA E PODER

Poder é uma relação, ou um conjunto de relações pelas quais indivíduos ou grupos interferem nas atividades de outros indivíduos ou grupos.

Para que haja poder, é preciso que haja a possibilidade de que este poder exista concretamente. Ou seja: o poder não é uma instância abstrata. O que possibilita a existência do poder é a força. Quem tem poder, tem força para exercê-lo. Segundo lebrum(1994,p. 11-12):

Os traços pelos quais a democracia è considerada forma boa de governo são essencialmente seguintes: é um governo não a favor dos poucos, mas dos muitos; a lei é igual para todos, tanto para os ricos quanto para os pobres e, portanto é um governo de leis, escritas ou não escritas, e não de homens; a liberdade é respeitada seja na vida privada seja na vida pública. Onde vale não o fato de se pertencer a este ou aquele partido, mas o mérito se numa democracia, um partido tem peso político, é porque tem força para mobilizar certo número de eleitores. Se um sindicato tem peso político, é porque tem força para deflagrar uma greve. Assim força não significa necessariamente a posse de meios violentos de coerção, mas de meios  que permitam influir no comportamento de uma pessoa. A força não é sempre (ou melhor; é raríssima) um revólver apontado para alguém : pode ser um charme de um ser amado, quando me extorque alguma  decisão – uma relação amorosa é, antes de mais nada , uma relação de força .Em suma , a força  é a canalização  da potência,  é a sua determinação.

Os atenienses, ao idealizarem um sistema de governo em que todos os cidadãos podiam decidir sobre os destinos da cidade criaram a democracia. Embora não fosse uma democracia na acepção plena da palavra, uma vez que quem não fosse cidadão estava excluído do processo de votação, os gregos nos legaram a idéia de que deve haver consulta  acerca  das decisões políticas.

É preciso salientar que o ideal democrático grego não é o mesmo do moderno. Vejamos o que diz Marilena Chauí (2002 p 132):

A democracia ateniense possui algumas características que a tornam diferentes das democracias modernas, ainda que estas se inspirem nelas para se constituírem. Em primeiro lugar, nem todos são cidadãos. Mulheres, crianças, estrangeiros e escravos são excluídos da cidadania, que existe apenas para os homens livres adultos de Atenas. Em segundo, é uma democracia direta ou participativa, como as modernas. Em outras palavras, nela os cidadãos participam diretamente das discussões é da tomada de decisão, pelo voto. Dois princípios fundamentais definem a cidadania: a isonomia, isto é a igualdade de todos os cidadãos de exprimir em público sua opinião, vê-la discutida e considerada no momento da decisão coletiva. Assim, a democracia ateniense não aceita que, na política, alguns possam mais que outros (exclui, portanto, a oligarquia, isto é, o poder de alguns sobre todos); e não aceita que alguns julguem saber mais do que outros e por isso ter direito de sozinhos, exercer o poder. Desse modo, exclui da política a idéia de competência ou de tecnocracia. Na política, todos são iguais, todos têm os mesmos direitos e deveres, todos são competentes.

O ideal democrático reaparece na historia, com roupagens diferentes, ora no liberalismo, ora no exaltado, na utopia rosseauísta, ora nos ideais socialistas e anarquistas. Mas onde é o lugar do poder na democracia?

O poder está, na democracia, na possibilidade de escolha das pessoas. Como elas convivem numa democracia e esta permite que as pessoas escolham coisas diferentes do padrão (e esse é o espírito da democracia, conviver bem com as escolhas diferentes das pessoas que a formam), a expressão do poder se materializa nessas escolhas. Dessa afirmação decorre outra; a democracia é frágil. Conforme Aranha e Martins (1993. p.183).

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