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Ciensias Sociais

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Por:   •  6/10/2013  •  1.039 Palavras (5 Páginas)  •  203 Visualizações

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ipo de estimulação disponível para a criança.

Com referência às influências ambientais, tem havido grande quantidade de pesquisas de psicologia

do desenvolvimento sobre os efeitos de influências ambientais, como a pobreza ou classe social. Estas

pesquisas e estudos equivalentes sobre os efeitos dos padrões familiares, dieta ou diferenças étnicas

envolvem, basicamente, a comparação de grupos que tenham sofrido experiências bastante diferentes.

As questões básicas respondidas são perguntas do tipo o que mais, do que, por que. Qual é o efeito da

pobreza sobre o desenvolvimento da linguagem ou crescimento físico da criança? O que acontece

com o conceito de gênero da criança se ela não tem o pai ou a mãe em casa? Podemos descobrir, por

exemplo, que as crianças criadas em famílias pobres conhecem um número menor de palavras que as

crianças em famílias financeiramente mais seguras. Mas, por que? Esta pergunta “por que” nos leva,

inevitavelmente, ao exame mais detalhado dos ambiente desses dois tipos de crianças. Quem conversa

com a criança? Com que freqüência? Que tipos de palavras são usados? Quando abordamos perguntas

como essas saímos dos efeitos ambientais amplos e caímos no campo das experiências individuais

específicas. Na verdade, os dois aspectos do desenvolvimento, maturação e aprendizagem, são tão

intimamente ligados que não é possível isolar a influência de um e de outro. A pessoa baixa pode sê-

lo devido a uma tendência hereditária, ou devido a uma doença que impediu o seu crescimento. A

capacidade herdada não pode desenvolver-se num vácuo, nem pode ser medida a não ser através do

estado atual de desenvolvimento, e este, naturalmente, resulta em parte da aprendizagem. Se uma

pessoa se comporta de maneira não-inteligente, não existe forma infalível de saber se tal comportamento

resulta de limitações herdadas ou de limitações de seu ambiente na estimulação do crescimento. Apenas

no caso em que podemos, com razoável certeza, eliminar as possibilidades de insuficiente oportunidade

para aprender, podemos considerar o comportamento inadequado como indicador de deficiências

herdadas. Dessa maneira, se alguém parece estúpido em um problema de cálculo adiantado, isso pode

ou não implicar falta de inteligência, o que depende da experiência do indivíduo nesse campo; ao

contrário, a incapacidade para compreender relações entre idéias comuns pode ser interpretada, com

mais segurança, como resultado de insuficiência mental.

Segundo Samuel Pfromm Neto (1976), pode-se inferir a atuação de dois processos básicos no

desenvolvimento: a maturação e a aprendizagem. A maturação, responsável pela diferenciação ou

desenvolvimento de traços potencialmente presentes no indivíduo, ocorre independentemente da

experiência. Frank (1963), entretanto, assinala que “mais do que a emergência de padrões não aprendidos,

a noção de maturação implica na reorganização e recombinação da seqüência total de funções e

comportamentos anteriormente padronizados, possibilitando a emergência de novos padrões essenciais

ao desenvolvimento humano. De tal processo resultam as mudanças ordenadas no comportamento,

que se dão de modo universal e ocorrem, mais ou menos na mesma época, em todos os indivíduos. A

aprendizagem refere-se a mudanças no comportamento e nas características físicas do indivíduo que

implicam em treino, exercício e, por vezes, em esforço consciente, deliberado, do próprio indivíduo. É

de particular importância, em se tratando de seres humanos, a aprendizagem que ocorre em situação

social.8

Embora a maturação possa ser tratada separadamente da aprendizagem, numa exposição teórica

sobre o desenvolvimento humano não é fácil fazer tal separação na prática. Quase todos os

comportamentos resultantes de maturação sofrem a influência da aprendizagem e os dois processos

se apresentam de tal modo inter-relacionados que raramente é possível distinguir o primeiro do

segundo. No desenvolvimento da linguagem da criança, por exemplo, a maturação de estruturas e

funções envolvidas na produção e reconhecimento de sons interage estreitamente com a aprendizagem

de um idioma específico. A maturação, na verdade, fornece as mesmas bases para a aprendizagem de

quaisquer idiomas.

O desenvolvimento psicossexual do adolescente, segundo Samuel Pfromm Neto, serve, também,

para ilustrar a interação acima referida. Não basta a maturação sexual ligada às transformações pubertárias

para garantir a efetivação do comportamento sexual. Um complexo de aprendizagens sociais-sexuais

deve ter lugar, antes que o jovem possa ser considerado seguro, bem ajustado e bem aceito em suas

relações

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