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Por:   •  27/10/2014  •  5.213 Palavras (21 Páginas)  •  266 Visualizações

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Haemophilus ducreyi

O cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Haemophilus ducreyi e manifesta-se tipicamente como úlceras na região genital. O cancro mole também é conhecido pelos nomes de cancroide, úlcera mole venérea ou “cavalo”.

Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre o cancro mole:

• Transmissão do Haemophilus ducreyi.

• Sintomas do cancro mole.

• Diagnóstico do cancroide.

• Tratamento do cancro mole.

Estima-se que anualmente ocorram 6 milhões de novos casos de cancro mole no mundo, sendo esta doença mais comum em regiões mais pobres, como Africa, Asia e América Latina.

O Haemophilus ducreyi é uma bactéria altamente contagiosa capaz de penetrar a pele através de microscópicas feridas, como aquelas causadas pelo atrito do ato sexual. Não é preciso haver ejaculação para que ocorra a transmissão, e a bactéria pode ser transmitida através do sexo pela via anal, vaginal ou oral.

Tocar nas lesões contamina os dedos, que podem transportar a bactéria até outros pontos do corpo como a cavidade oral, por exemplo. O cancro mole é cerca de 20x mais comum em homens do que em mulheres. Entre os homens, a doença é mais comum naqueles não circuncidados.

O período médio de incubação do cancro mole é de 4 a 10 dias, porém há casos em que a lesão surge já no dia seguinte e casos que demoram mais de 30 dias para aparecer.

O quadro inicia-se com uma pequena lesão avermelhada, que rapidamente se transforma em uma pústula (ferida com pus) e posteriormente em uma úlcera, a lesão típica do cancroide.

A úlcera do cancro mole costuma medir 1 a 2 cm de diâmetro e é muito dolorosa. A base da lesão costuma ser inflamada e purulenta, sangrando facilmente com atrito. O paciente contaminado normalmente apresenta mais de uma úlcera em sua região genital, tipicamente 1 a 4 lesões ao mesmo tempo.

No homem, as úlceras do cancro mole acometem principalmente o prepúcio, o sulco balanoprepucial e a região perianal (em homossexuais passivos); na mulher, grandes e pequenos lábios, fúrcula, colo uterino e região perianal.

Em cerca de 50% dos casos também há o bubão inguinal, que é o acometimento dos linfonodos da região inguinal (virilha) pelo cancro mole. O bubão costuma ser unilateral e surge de 1 a 2 semanas após as úlceras do cancro mole; é uma lesão dolorosa e inchada, que quando estoura, drena uma grande quantidade de pus. Tanto a úlcera quanto o pus do bubão são altamente contagiosos.

A presença do cancro mole aumenta o risco de contaminação pelo HIV e por outras DSTs.O diagnóstico laboratorial do cancro mole é de difícil realização.Geralmente o diagnóstico é feito de modo empírico, baseado no aspecto clínico das lesões e nos exames negativos para sífilis e herpes genital.

Diagnóstico diferencial do cancro mole

O diagnóstico diferencial do cancro mole deve ser feito com outras DST que cursam com úlceras genitais, nomeadamente:

• Herpes genital– A lesão do herpes costuma iniciar-se com múltiplas vesículas (pequenas bolhas) e forma várias pequenas úlceras dolorosas. As feridas do herpes aparecem e desaparecem periodicamente.

• Sífilis -A lesão da sífilis, chamada de cancro duro, costuma ser única, é indolor e tem fundo limpo.

• Donovanose – Costuma apresentar úlcera indolor e sem acometimento dos linfonodos inguinais.

• Linfogranuloma Venéreo – Úlceras pequenas, agrupadas e indolores, semelhantes ao que ocorre no herpes genital.

O tratamento do cancroide é simples e apresenta taxas de cura acima de 90%. Atualmente as três opções mais usadas são:

- Azitromicina: 1 g por via oral, dose única,

- Ceftriaxona: 250 mg intramuscular, dose única.

- Ciprofloxacino 500mg via oral, 12/12 horas por 3 dias.

As úlceras começam a melhorar com 48h de tratamento. Se após 7 dias não houver sinais de melhora, é preciso voltar ao médico para reavaliar o tratamento. Os motivos mais comuns para falha no tratamento são:

- Diagnóstico errado de cancro mole.

- Cancro mole em pacientes com HIV.

- Coinfecção por outra DST que também cursa com úlceras.

- Resistência ao antibiótico.

Bordetella pertussis (COQUELUCHE) | Sintomas, tratamento e vacina

A coqueluche, também conhecida como pertússis ou tosse convulsa, é uma infecção altamente contagiosa do trato respiratório causada pela bactéria Bordetella pertussis. A coqueluche, uma doença atualmente prevenível por vacina, cursa com violentas crises de tosse dolorosa. Neste texto vamos abordar a transmissão, sintomas, tratamento e prevenção desta infecção

Epidemiologia da coqueluche

Até a primeira metade do século XX a coqueluche era uma das principais causas de morte em crianças. Após o advento da vacina na década de 1940, a incidência despencou, principalmente nos países desenvolvidos, tornando-se uma doença pouco comum. No Brasil são registrados cerca de 1000 novos casos de coqueluche por ano. Apesar de incomum em boa parte do planeta, a coqueluche ainda atinge anualmente cerca de 40 milhões de pessoas no mundo, principalmente na África e no Sudeste Asiático.

Tosse convulsa

Nas últimas 2 décadas a incidência de coqueluche tem aumentado em todo mundo, inclusive na Europa e EUA. As causas ainda não são conhecidas, mas acredita-se que seja por uma conjunção de fatores, como perda da eficácia da vacina em adultos vacinados há muito tempo, falhas na vacinação da população infantil (são necessárias pelo menos 3 doses da vacina para uma imunização efetiva) e uma maior capacidade da medicina em diagnosticar a doença.

A despeito da vacinação, a cada 2 a 5 anos ocorrem surtos localizados de coqueluche em praticamente todos os países (não necessariamente ao mesmo tempo). Este dado nos indica que a vacinação é eficaz em prevenir a doença, mas não elimina a circulação da bactéria no meio. Sempre que há acúmulo de indivíduos susceptíveis,

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