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Como Eram Vistas As Sociedades não Européias Com As Quais Os Europeus Entraram Em Contato A Partir Do Imperialismo?

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Por:   •  17/11/2013  •  754 Palavras (4 Páginas)  •  3.008 Visualizações

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A corrente positivista: o surgimento da Sociologia

“...A primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico foi o positivismo, a primeira a

definir precisamente o objeto, a estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação. O primeiro

representante e principal sistematizador dessa corrente foi o pensador francês Auguste Comte. O positivismo

derivou do "cientificismo", isto é, da crença no poder exclusivo e absoluto da razão humana em conhecer a

realidade e traduzi-la sob a forma de leis naturais. Seu conhecimento pretendia substituir as explicações

teológicas, filosóficas e de senso comum por meio das quais — até então — o homem explicava a realidade.

A filosofia social positivista se inspirava no método de investigação das ciências da natureza, assim como

procurava identificar na vida social as mesmas relações e princípios com os quais os cientistas explicavam a

vida natural. A própria sociedade foi concebida como um organismo constituído de partes integradas e coesas

que funcionavam harmonicamente, segundo um modelo físico ou mecânico. Por outro lado, é importante

situar o desenvolvimento do pensamento positivista no seu contexto histórico, quando se entendia que o ápice

da humanidade e seu mais alto grau de civilização seria a sociedade industria européia do século XIX.

Em consonância com esse pensamento desenvolveram-se as idéias de Darwin a respeito da evolução das

espécies animais. Para ele as diversas espécies de seres vivos se transformam continuamente com a finalidade

se aperfeiçoar e garantir a sobrevivência. Em conseqüência, os organismos tendem a se adaptar cada vez

melhor ao ambiente, criando formas mais complexas e avançadas de existência, que possibilitam, pela

competição, a sobrevivência dos seres mais aptos e evoluídos. Tais idéias, transpostas para a análise da

sociedade, resultaram no darwinismo social, isto é, o princípio de que as sociedades se modificam e se

desenvolvem num mesmo sentido e que tais transformações representariam sempre a passagem de um estágio

inferior para outro superior, em que o organismo social se mostraria mais evoluído, mais adaptado e mais

completo. Esse tipo de mudança garantiria a sobrevivência dos organismos — sociedades e indivíduos —

mais fortes e mais evoluídos.

Os principais cientistas, sociais positivistas, combinando as concepções organicistas e evolucionistas

inspiradas na perspectiva de Darwin, entendiam que as sociedades tradicionais encontradas na África, na

Ásia, na América e na Oceania não eram senão "fósseis vivos", exemplares de estágios anteriores,

"primitivos", do passado da humanidade. Assim, as sociedades mais simples e de tecnologia menos avançada

deveriam evoluir em direção a níveis de maior complexidade e progresso na escala da evolução social, até

atingir o "topo": a sociedade industrial européia.

O darwinismo social, além de justificar o colonialismo da Europa no resto do mundo, refletia o grande

otimismo com que o progresso material da industrialização era recebido pelo europeu. Apesar desse otimismo,

o desenvolvimento industrial gerou novos conflitos sociais. Os empobrecidos e explorados — camponeses e

operários – organizaram-se exigindo mudanças políticas e econômicas. Os positivistas responderam com as

...

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