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Conceito De Povo

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Por:   •  28/9/2013  •  396 Palavras (2 Páginas)  •  645 Visualizações

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A narrativa de João Ubaldo esclarece que de acordo com o posicionamento social do enunciador, a palavra ‘povo’ assume conotações distintas, tendo em vista interesses particulares dos segmentos sociais. Analisaremos então a definição de povo apresentada por ele sob o discurso dos marginalizados pertencentes às classes economicamente inferiores, em contraposição ao conceito estabelecido por Celso Ribeiro Bastos.

O que Celso Ribeiro denomina como povo é: ‘povo é o conjunto de pessoas que fazem parte de um Estado’. Para ele o povo é o substrato humano do Estado e o que determina se alguém faz parte ou não do povo de um Estado é o direito. Que torna o indivíduo um cidadão exercendo a posse de seus direitos políticos, e reconhecendo seus direitos e obrigações em relação ao Estado. Entretanto, na obra viva o povo brasileiro, a fala atribuída à classe subalterna transmite a ideia de povo como sendo: ‘conjunto de indivíduos que falam a mesma língua, têm costumes e hábitos idênticos, afinidades de interesses, uma história e tradições comuns’. Analisando sobre o ponto de vista de Bastos está definição seria mais adequada para explicar o conceito de nação, que segundo ele é: ‘conjunto de seres humanos aglutinados em função de um elemento agregador, que pode ser tanto histórico, cultural, quanto biológico e que, cônscios das suas peculiaridades, desejam preservá-las no futuro’. Assim a nação nasce do instinto, é um organismo natural, que estabelece certa unidade de caráter normal, sem precisar do elemento coercitivo do governo.

Contudo, tem-se outra forma de conceituar povo que é definida por Bastos e se assemelha a designada por João Ubaldo. Segundo essa definição, ‘povo é o conjunto de pessoas unidas por um sentimento de nacionalidade, em virtude do parentesco, da religião, da língua, da cultura, ou até mesmo dos ideais políticos’. Este enunciado concorda com as ideias apresentadas por Maria da fé, personagem do romance, que incentivava o povo a ter orgulho de si mesmo, passando por um ponto básico: a educação aliada ao conhecimento da cultura.

Portanto as conceituações se contrapõem, pois, enquanto Ubaldo vai afirmar que para ser povo não é necessário um vínculo jurídico com o Estado, mas apenas uma ligação cultural, o escritor Celso Ribeiro irá dizer que este vínculo jurídico é imprescindível para considerar como povo, por isso admite-se que não a Estado sem povo, pois é pelo povo que o Estado adquire condições de externar a sua vontade.

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