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Conceito de Liberdade para Hegel

Por:   •  30/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  1.396 Visualizações

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O que Hegel entende como liberdade e por que a razão é consequência dela?

O conceito hegeliano de liberdade abrange distintas terminologias, mas analisando seus ideais é possível entender o que ele propõe. É importante observar que para Hegel, a liberdade do homem não pode ser considerada como autonomia absoluta, pois concluir que liberdade e autonomia estão diretamente ligadas é correr o risco de focar em algo que não se aplica na realidade por ser totalmente individualista. O problema da liberdade requer solução coletiva, uma solução individualista apenas resulta na falsa ilusão de que um indivíduo é livre, porque quando a liberdade tem níveis variados, a expansão de direitos varia também. Não alcança todos. Desse modo, fica evidente que a liberdade só se aplica de maneira eficaz quando o todo é livre.

A realidade política e social possui uma racionalidade própria que se desenvolve através da ideia de liberdade. Em sua visão, Hegel considera que a liberdade se dá de forma concretizada no Estado e que deve ser entendida como um fenômeno social o qual deve ser apoiado no desejo do bem geral. Quando os homens agem criando instituições, na verdade estão dando expressão à liberdade deles. E ainda assim, a mesma não está na liberdade de criar uma instituição, mas também no conteúdo da instituição. Acontece que essa liberdade tem níveis diferentes e esses níveis, por exemplo, na eticidade se dão na família, na sociedade civil e no Estado. E essas seriam as formas mais perfeitas a cerca do que liberdade é. Porque o Estado é uma instituição grande e racional que permite a convivência mútua entre os indivíduos, a resolução de conflitos entre eles e também é uma instância que garante certa identidade dos próprios indivíduos enquanto tais.

Sendo liberdade algo que ocorre quando se estabelece um raciocínio sem nenhuma influência externa, mostrando uma ideia de imparcialidade, consequentemente pode se entender que a razão é consequência da liberdade. Estado livre é um Estado de consenso.

Hegel reforça a prática exagerada do nacionalismo, mesmo que à força de armas. Estado para ele deve ser autoritário, ele é força e força militar, as outras características (unidade do direito, da religião, da cultura etc) são secundárias. Nele o indivíduo realiza a sua liberdade. Hegel introduz o aspecto ético do Estado, como lugar de florescimento do indivíduo e de realização concreta da verdadeira liberdade. Para o mesmo, não é o contrato, mas a força do homem que cria o Estado. A força do Estado é a sua natureza real e histórica e também a sua origem. Estado e política são superiores à ética e a lei só se objetiva se for cumprida, por ser apenas formal. O cumprimento da lei, formal, reside no poder do Estado. Por isso, para Hegel o Estado é o garantidor da lei e seu caráter é nacional.

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