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Contatos comerciais, Políticos, culturais, financeiros e tecnológicos em nível global

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Por:   •  25/9/2014  •  Trabalho acadêmico  •  3.455 Palavras (14 Páginas)  •  168 Visualizações

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Globalização

Contatos comerciais, Políticos, culturais, financeiros e tecnológicos em nível global.

Globalização é um processo econômico e social que estabelece integração entre todos os países e pessoas do mundo. Assim governos e pessoas realizam transações financeiras e comercias, junto há aspectos culturais pelo mundo todo.

O conceito de globalização esta ligado com criações de redes de conexões, que deixa a distância mais curtas, facilitando as relações econômicas.

O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo e, principalmente, os países desenvolvidos; de modo que pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno encontrava-se saturado.

Antes de ter início á primeira fase da globalização, os Continentes encontravam-se separados por intransponíveis extensões acidentadas de terra e de águas, de oceanos e mares, que faziam com que a maioria dos povos e das culturas soubessem da existência uma das outras apenas por meio de lendas, com a do Preste João, ou imprecisos e imaginários relatos de viajantes, como o de Marco Polo. Cada povo viva isolado dos demais, cada cultura era auto suficiente. Nascia, vivia e morria no mesmo lugar, sem tomar conhecimento da existência dos outros.

Como em quase tudo que diz respeito à história, grande controvérsia em estabelecer-se uma periodização para estes cinco séculos de integração econômica e cultural, que chamamos de globalização, iniciados pela descoberta de uma rota marítima para as Índias e pelas terras do Novo Mundo. Frédéric Mauro, por exemplo, prefere separá-lo em dois momentos, um que vai de 1492 até 1792 (data quando, segundo ele, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial fazem com que a Europa, que liderou o processo inicial da globalização, voltou-se para resolver suas disputas e rivalidades), só retomando a expansão depois de 1870, quando amadureceram as novas técnicas de transporte e navegação como a estrada-de-ferro e o navio a vapor.

A primeira globalização, resultado da procura de uma rota marítima para as Índias, assegurou o estabelecimento das primeiras feitorias comerciais Europeias na Índia, China e Japão, e, principalmente, abriu aos conquistadores europeus as terras do Novo Mundo. Feitos estes que Adam Smith, em sua visão eurocêntrica, considerou os maiores em toda a história da humanidade. Enquanto as especiarias eram embarcadas para os portos de Lisboa e de Sevilha, de Roterdã e Londres, milhares de imigrantes iberos, ingleses e holandeses, e, menor número de franceses, atravessaram o Atlântico para vir ocupar a América. Aqui formaram colônias de exploração, no sul da América do Norte, no Caribe e no Brasil, baseadas geralmente num só produto (açúcar, tabaco, café, minério, etc..) utilizando-se de mão de obra escrava vinda da África ou mesmo indígena; ou colônias de povoamento, estabelecidas majoritariamente na América do Norte, baseadas na média propriedade de exploração familiar. Para atender as primeiras, as colônias de exploração, é que o brutal tráfico negreiro tornou-se rotina, fazendo com que 11 milhões de africanos (40% deles destinados ao Brasil) fossem transportados pelo Atlântico para labutar nas lavouras e nas minas.

Nesta primeira fase estrutura-se um sólido comércio triangular entre a Europa (fornecedora de manufaturas) África (que vende seus escravos) e América (que exporta produtos coloniais). A imensa expansão deste mercado favorece os artesãos e os industriais emergentes da Europa que passam a contar com consumidores num raio bem mais vasto do que aquele abrigado nas suas cidades, enquanto que a importação de produtos coloniais faz ampliar as relações europeias. Exemplo disso ocorre com o açúcar cuja produção é confiada aos senhores de engenho brasileiros, mas que é transportado pelos lusos para os portos holandeses, onde lá se encarregam do seu refino e distribuição. Os principais portos europeus, americanos e africanos desta primeira globalização encontram- se em Lisboa, Sevilha, Cádiz, Londres, Liverpool, Bristol, Roterdã, Amsterdã, Le Havre, Toulouse, Salvador, Rio de Janeiro, Lima, Buenos Aires, Vera Cruz, Porto Belo, Havana, São Domingo, Lagos, Benin, Guiné, Luanda e Cidade do Cabo.

Politicamente, a primeira fase da globalização se fez quase toda ela sob a égide das monarquias absolutistas que concentram enorme poder e mobilizam os recursos econômicos, militares e burocráticos, para manterem e expandirem seus impérios coloniais. Os principais desafios que enfrentam advinham das rivalidades entre elas, seja pelas disputas dinásticas-territoriais ou pela posse de novas colônias no além mar, sem esquecer-se do enorme estragos que os corsários e piratas faziam, especialmente nos séculos 16 e 17, contra os navios carregados de ouro e prata e produtos coloniais.

A doutrina econômica desta primeira fase foi o mercantilismo, adotado pela maioria das monarquias europeias para estimular o desenvolvimento da economia dos reinos. Ele compreendia numa complexa legislação que recorria a medidas protecionistas, incentivos fiscais e doação de monopólios, para promover a prosperidade geral. A produção e distribuição do comércio internacional era feita por mercadores privados e por grandes companhias comerciais (as Cias. inglesas e holandesas das Índias Orientais e Ocidentais) e, em geral, eram controladas localmente por corporações de ofício.

Todo o universo econômico destinava-se a um só fim, entesourar, acumular riqueza. O poder de um reino era aferido pela quantidade de metal precioso (ouro, prata e jóias preciosas) existente nos cofres reais. Para assegurar seu aumento o estado exercia um sério controle das importações e do comércio com as colônias, sobre as quais exerciam o oligopólio bilateral. (*)Esta política levou a que cada reino europeu terminasse por se transformar num império comercial, tendo colônias e feitorias espalhadas pelo mundo todo ( os principais impérios coloniais foram o inglês, o espanhol, o português, o holandês e o francês). Um dos símbolos desta época, a bolsa de valores de Amberes, consciente do que representava, tinha como justo lema a frase latina “Ad usum mercatorum cujusque gentis ac linguae”, que ela servia aos mercadores de todas as línguas da terra.

Os principais acontecimentos que marcam a transição da primeira fase da globalização para a segunda dão-se nos campos da técnica e da política. A partir do século 18, a Inglaterra industrializa-se aceleradamente e, depois dela, a França, a Bélgica, a Alemanha e a Itália. A máquina à vapor é introduzida nos transportes terrestres (estradas-de-ferro) e marítimos (barcos à vapor) Consequentemente esta nova época será regida pelos interesses

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