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Critica social ao filme um contador de história

Por:   •  19/5/2017  •  Resenha  •  433 Palavras (2 Páginas)  •  292 Visualizações

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Análise critica do filme o contador de história

O filme contador de historia é baseado na história real de Roberto Carlos Ramos, nascido na década de 70. O filme levanta reflexões sobre as ações assistências voltadas a crianças em situação irregular da época e como essas ações influenciaram as políticas atuais. O termo situação irregular foi adotado no código de 1979, era usado para denominar as crianças em situação de rua e as que eram abandonadas.

Miriam Padilha (2006) chama a atenção para o fato de que o principio da situação irregular, ao responsabilizar unicamente a família como responsável pelo menor, acabou por considerá-la como única causa do problema, sem que o Estado assumisse a obrigação de protegê-la por meio de programas ou política sociais.

Assim como muitas famílias carentes induzidas pela propaganda de que o internamento dos seus filhos era a melhor opção para que os mesmos tivessem um futuro melhor, a mãe de Roberto o internou na FEBEM (Fundação para o Bem-Estar do Menor), acreditava se que na instituição os garotos iriam estudar, ter uma boa alimentação e se tornariam profissionais bem sucedidos.

A Fundação Nacional do Bem Estar Social (FUNABEM) foi criada na década de 60 quando o atendimento aos menores passou a ser questão de segurança nacional, e implementaram a Política Nacional do Bem-Estar do Menor (PNBM). As instituições eram regidas por idéias conservadoras, focalistas e baseadas em um regime autoritário e repressivo. As torturas e espancamentos impulsionavam as freqüentes fugas dos internos, as recapturas também faziam parte do cotidiano, pois a retornarem as ruas praticavam vários crimes.

Segundo Miriam Padilha (2006) [...] a educação de crianças e adolescente sob tutela da FUNABEM/FEBEM passou a ser orientada segundo preceitos do militarismo, com ênfase na segurança, na disciplina e na obediência.

 A maioria dos profissionais que trabalhavam com menores não empregavam meios pedagógicos para desenvolver o potencial de cada um, nem buscavam uma verdadeira transformação em suas vidas, pelo contrario, muitas crianças eram taxadas como casos perdidos ou eram erroneamente avaliadas.

No filme Roberto teve a sorte de encontrar alguém que o acolhesse, que li desse carinho e que acreditasse em seu desenvolvimento, estudou e tornou-se pedagogo e escritor, chegando a dá palestras na FEBEM. Infelizmente isso não ocorreu e nem ocorre com a maioria dos jovens infratores, o filme demonstra que a violência e repressão não ajudam na recuperação deles, que só através de uma educação de boa qualidade e de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento desses jovens podemos dá a eles o futuro melhor que tanto desejamos.

REFERÊNCIA

PADILHA, Miriam Damasceno. Criança não Deve Trabalhar. Recife: Companhia Editora de Pernambuco, 2006.

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