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Derrubando Mitos Sobre Potencial Humano

Por:   •  15/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  574 Palavras (3 Páginas)  •  1.286 Visualizações

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Derrubando Mitos sobre o Potencial Humano

Em uma grande empresa industrial,  um grupo de candidatas a vagas na  produção passou por um processo de seleção em que foram aplicados testes de inteligência e de habilidade manual. Após a admissão das selecionadas, informou-se aos seus futuros supervisores quais delas haviam obtido resultados excelentes nos testes e quais obtiveram resultados apenas razoáveis. Após alguns meses foi efetuada pelos supervisores uma avaliação do desempenho das funcionárias, ao mesmo tempo em que se compilaram seus resultados efetivos em termos de produtividade.

Constatou-se, sem grande surpresa, que os supervisores haviam avaliado mais favoravelmente as funcionárias que, segundo acreditavam, haviam tido desempenho superior nos testes. No entanto, surpreendentemente constatou-se também que a produtividade daquelas consideradas excelentes nos testes tinha sido bastante superior à das demais. A razão da surpresa estava em que as informações transmitidas aos supervisores não tinham nenhuma relação com o desempenho real das candidatas nos testes. Ainda que as avaliações de desempenho superior pudessem ser explicadas por um “efeito halo” – pois as percepções dos supervisores haviam sido influenciadas – os resultados superiores de produtividade requerem uma explicação mais profunda:

a profecia auto-realizável. Nas relações interpessoais, aquilo em que acreditamos tende a tornar-se uma profecia auto-realizável. Quando temos expectativas positivas sobre alguém, criamos o chamado “efeito pigmalião”, bem conhecido na área de educação: as expectativas positivas do professor exercem um efeito direto no desempenho do aluno, melhorando sua aprendizagem.

Por outro lado, quando temos expectativas negativas podemos levar pessoas (e até empresas e países) ao declínio. Por exemplo, no Brasil, é muito forte a “cultura da nota 7”, a tendência a contentar-se com o mais ou menos.

Isso leva a que muitas inovações em gestão não sejam adotadas. Essa atitude é orientada por premissas como “Isso não serve para nós, ainda não estamos preparados”, “Isso não funciona no Brasil”, “Essas coisas só dão certo no Primeiro Mundo, não num país onde a grande maioria dos trabalhadores são analfabetos, ou semi-alfabetizados…”

Essas premissas estão ancoradas numa forte crença sobre os limites do potencial humano.

Essa crença leva a que se considere o ser humano uma máquina eficiente, porém dispensável numa linha de montagem. Ela leva a trabalhos monótonos, repetitivos, sem desafios.

E seus resultados são óbvios: alienação, insatisfação, desmotivação, atrofia, com consequências que incluem suicídio, vícios, apatia ou perda da saúde (não é por acaso que somos um país tristemente recordista em acidentes de trabalho).

Marilyn Ferguson, mostra que o potencial humano é ilimitado, o que faz da “inteligência” uma questão de escolha. Se a inteligência pode ser cultivada, e as provas disso são evidentes, o fato de muitas nações (e empresas) não empreederem este cultivo significa que há mitos e pressupostos intransigentes que as impedem. O mais grave desses erros é a crença de que a inteligência é algo fixo, que não cresce nem muda.

Nosso sistema educacional também contribui para manter esse estado de coisas, na medida em que a educação é reformada de acordo com as necessidades, em vez de ser repensada de acordo com as oportunidades.

O executivo educador e energizador de pessoas deve rever profundamente as premisas vigentes na empresa sobre o potencial das pessoas. E, partindo da certeza de que este é ilimitado, deve levar essa mensagem a toda a organização, semeando uma nova forma de ver e compreender o ser humano. Essa nova forma  é que levará não só ao sucesso das inovações, mas a um ambiente de trabalho digno e de respeito pelo ser humano.

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