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Desafios à pesquisa no Serviço Social: da formação acadêmica à prática profissional

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Por:   •  2/11/2014  •  Artigo  •  821 Palavras (4 Páginas)  •  493 Visualizações

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Desafios à pesquisa no Serviço Social: da formação acadêmica à prática profissional. (Setubal).

As reflexões contidas neste tema, chamar a atenção dos profissionais, professores e alunos de Serviço Social para a importância da pesquisa nos diferentes contextos de atuação nesta área, apesar dos desafios e dificuldades apresentados a sua realização.

A essência de uma realidade só se revela após o ato investigativo que procura no mesmo processo identificar a estrutura da realidade concreta, rompendo assim com a imediaticidade fenomênica, possibilitando assim, a identificação das múltiplas determinações que lhes são peculiares e que lhes dão sentido e força para existir em determinado tempo e sociedade.

Vê como necessário o desenvolvimento da prática investigativa, não apenas para cumprir exigências institucionais de ordem acadêmica, mas também para cumprir exigências do Serviço Social como profissão historicamente situada.

Para que o homem ultrapasse o estágio do sensível e caminhe em direção à ‘coisa em si’, a essência da realidade, ele tem que sair da conduta contemplativa/reflexiva para se por em ação pela práxis transformadora. (deve estar longe dos fenômenos absolutistas).

Como a práxis social é uma atividade política que pode mudar as relações econômicas, sociais e políticas, ela exige o desenvolvimento de ações integradas dos diferentes setores da sociedade e não ações pontuais já que a solução dos problemas sociais não se constituiu responsabilidade de uma área de saber, de determinada categoria profissional.

O conhecimento pela via da pesquisa é o caminho que possibilita o rompimento do Serviço Social com a pseudoconcreticidade, por provocar no profissional o desejo de se movimentar – enquanto pesquisador e/ou profissional responsável por ações institucionais que, aparentemente, não têm responsabilidade direta de produzir conhecimento – no sentido de fazer com que o pensar e o agir possam interagir dialeticamente.

“Pensar o Serviço Social [...]”, do ponto de vista da pesquisa, requer que exista na profissão a clareza da amplitude do projeto ético político construído, desde a legalização da profissão no Brasil, e reconstruído a partir das bases apontadas.

Ao se atribuir importância à ação investigativa, longe de se negar a importância da dimensão interventiva, pretende-se mostrar a íntima relação existente entre teoria e prática e a condição de centralidade que esses processos devem ocupar na formação e na vida profissional.

Ao trazer para o centro a preocupação com a pesquisa, o Serviço Social reconhece a sua complexidade como profissão histórica, inserida e construída no movimento real da formação social capitalista. Procurando não se contentar com a aparência da coisa, descobrindo caminhos que conduzem à apreensão da essência da realidade e, com isso, justifica a razão do existir da teoria e da ciência. Como diz Marx (1980, p. 939), “[...] toda ciência seria supérflua se houvesse coincidência imediata entre a aparência e a essência das coisas”. Essência que só pode ser conhecida dentro da movimentação histórica.

Dessa forma, não se pode considerar as relações entre capital e trabalho como fator único, determinante, das condições objetivas para a construção do conhecimento nesta área, outros fatores permeiam as definições que põem o profissional

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