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Deveres do assistente social diante da ética e do meio ambiente, a fim de desenvolver uma práxis consciente e critica na sociedade contemporãnea

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Por:   •  8/11/2014  •  Trabalho acadêmico  •  4.165 Palavras (17 Páginas)  •  371 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANQUERA - UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA

CURSO DE GRADUAÇÃO DE SERVIÇO SOCIAL

FILOSOFIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL; SOCIAOLOGIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE.

ALUNO: ALAN NUNES CALDAS

RA: 9524407037

DEVERES DO ASSISTENTE SOCIAL DIANTE DA ÉTICA E DO MEIO AMBIENTE, A FIM DE DESENVOLVER UMA PRÁXIS CONSCIENTE E CRITICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÃNEA.

TUTOR A DISTANCIA (EAD): PROF.MA- MARICIANE MORAES NUNES

2º PERÍODO

JUAZEIRO, BA – 07 DE NOVEMBRO DE 2014.

Atualmente, quase todas as políticas e propostas que partem das empresas e do Terceiro Setor têm como objetivo o combate à pobreza e à exclusão social. O que antes era uma tarefa dos governos passou a ser visto como uma obrigação de todos. A consciência da necessidade de eliminar do mundo a mancha da fome, da falta de acesso à educação, à saúde e à garantia dos direitos humanos básicos é, hoje, generalizada. Com certeza, no Brasil, existe disposição para não mais se aceitar a enorme desigualdade que, tradicionalmente, vem marcando nossa sociedade. A mobilização de todos os setores é grande e os veículos de comunicação informam, constantemente, tanto sobre a persistência da pobreza quanto sobre a necessidade de combatê-la. Entretanto, apesar da presença constante do tema na mídia impressa e falada, estes veículos não têm apresentado análises e avaliações (que existem) sobre o fracasso de soluções apresentadas como milagrosas, ou sobre a inoperância de programas com longa trajetória.

Não é só no Brasil que o tema tornou-se central. Existe, entre nossos vizinhos latino-americanos, africanos e também nos países desenvolvidos, a mesma impaciência com a marca de um mundo globalizado, onde a excelente qualidade de vida de alguns convive com situações subumanas. Nunca tivemos um período em que houvesse tanta clareza e também tanta indignação com a extrema desigualdade.

Este é certamente um momento positivo para um debate sobre novos caminhos para uma sociedade melhor.

Por um lado, muitos fatos novos exigiram a revisão das tradicionais políticas de assistência às populações em situação de risco. A primeira mudança significativa veio com a crise fiscal dos Estados, que obrigou a uma revisão das despesas com políticas sociais. Este fato, negativo por trazer limitações aos gastos, também proporcionou condições para uma re-análise das concepções de assistência social e do alcance e efetividade dos programas governamentais tradicionais.

Por outro lado, muitas experiências novas foram implementadas com sucesso, especialmente durante os anos 90. E, ao mesmo tempo em que estas propostas inovadoras se firmavam, também se expandia um Terceiro Setor que ganhou força e colaborou para que experiências bem-sucedidas fossem implantadas em muitas regiões do mundo. Este campo de experimentação progrediu muito, mas a difusão das idéias novas ainda é precária devido tanto à fragmentação das experiências quanto à pouca legitimidade acadêmica atribuída a essas discussões.

Entretanto, a impaciência com a persistência da pobreza, apesar das políticas sociais cujo objetivo seria combatê-la, legitimou alguns temas dominantes no debate da mídia durante os últimos anos.

O primeiro deles foi a necessidade de focalização dos programas para atingir seu público-alvo – os mais pobres – e o segundo foi a crítica ao assistencialismo.

Esses dois aspectos dos programas sociais foram considerados responsáveis pelo contínuo fracasso do combate à pobreza.

Entretanto, como conseqüência da ampliação do debate, houve também a politização destes temas, que se tornaram mais ocasiões para denúncia do que oportunidade para o diálogo construtivo. Para alguns, a persistência da pobreza é a prova da ineficiência das políticas governamentais; para outros, é preciso que se destinem mais verbas à área social para que os programas sejam ampliados. Neste clima, as críticas foram muitas vezes pouco concretas.

Certamente o assistencialismo precisava ser arduamente criticado e o foi, gerando quase a eliminação da palavra. Na verdade, porém, não houve interesse em sumarizar os conhecimentos existentes sobre a falência das ações assistencialistas e nem delimitar em que situações grupos fragilizados necessitam de assistência. Assistência não se confunde com assistencialismo, mas, dado o alarme contra esta prática, as duas palavras foram desqualificadas.

Entretanto, ainda hoje com freqüência nos deparamos com programas sociais, governamentais ou filantrópicos que apresentam uma retórica antiassistencialista, mas cuja prática repete os velhos métodos.

O que já se sabe com certeza é que estas práticas não eliminam a pobreza e não criam envolvimento dos pobres para combatê-la, mas faltam avaliações objetivas que ajudem a definir os aspectos negativos e, se houver, os positivos das ações tradicionais.

Assistencialismo é um estilo, é um modo de fazer, que tem como conseqüência criar uma relação de submissão e não oferecer os instrumentos para superação das carências que estão sendo minoradas. Quando associadas ao clientelismo, as formas de assistência se transformam em instrumentos de poder. É bom lembrar que, se os governos podem ser os espaços privilegiados para o clientelismo, não são os únicos, pois é possível encontrar estes mesmos usos em entidades privadas.

Acredita-se que a relação clientelística tem seus dias contados em uma sociedade de comunicação de massa e, atualmente, já não possui a eficiência que teve no passado, porque os controles sobre a clientela foram se tornando mais frouxos.

O assistencialismo continua perdendo força nas sociedades contemporâneas, porque já se sabe que reproduz a pobreza em vez de combatê-la. Entretanto, apesar disso, continua a ser praticado porque é fruto de uma visão filantrópica ainda muito generalizada.

Nesta visão, os pobres são aqueles que têm renda insuficiente e pouco acesso à educação, à saúde e ao emprego. As camadas mais pobres, por serem caracterizadas só a partir de suas necessidades, têm sido designadas como carentes ou excluídas – expressões que traduzem distância entre os que fazem parte da sociedade (e falam) e

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