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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NUMA PERSPECTIVA TRANSFORMADORA

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Por:   •  18/2/2015  •  1.367 Palavras (6 Páginas)  •  764 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O estudo visa uma concepção educativa dialógica, transformadora afim de uma abordagem educacional ética que enfatize interconexões biológicas, culturais e simbólicas, contemplando todas as fases do ciclo da vida com uma aprendizagem que se estabelece diariamente. Na Funasa, por exemplo, esta é uma pratica adotada mediante ações integradas de educação em saneamento ambiental para prevenção e controle de doenças e outros agravos, bem como em atendimento integral à saúde dos povos indígenas, com vistas à melhoria da qualidade de vida da população.

2. DESENVOLVIMENTO

As situações formais de ensino-aprendizagem que se desenvolvem atualmente nas práticas de saúde têm como traços o didatismo e a assimetria. O didatismo ocorre na medida em que essas atividades tendem a ser desenvolvidas sem considerar as situações de risco de cada comunidade, as atividades tem um fim em si mesmas. A assimetria está relacionada ao fato de que os profissionais figuram como os detentores do conhecimento e os usuários são os que desconhecem, dessa forma não há diálogo entre os dois.

Deve-se, entretanto, compreender que a educação é uma dimensão das práticas de saúde. As práticas de saúde são práticas educativas porque se estruturam como um processo de trabalho.

O modelo de atenção a saúde predominante na sociedade brasileira (estrutura, processos e relações) está fundada em projeto político-pedagógico, explicito ou não, que tende a reproduzir. A maneira como a sociedade brasileira está estruturada, assim como as relações socais, relações de trabalhos, que lhes são características. É correto afirmar, que é no processo de trabalho que homens e mulheres em interação com o outro e o meio constrói-se diante dos outros, constrói-se reciprocamente, acrescenta a natureza tudo aquilo que denominamos cultura. Por isso considera-se que o trabalho é uma prática social.

O trabalho em saúde demarca um espaço parcial desse processo mais geral e permanente de construção da sociedade, por isso é visto como uma prática social, porque também se desenrola tendo por finalidade a produção e reprodução da sociedade e só por isso constituem, também, uma prática educativa.

O espaço da saúde materializa com base de distintos projetos, que visam a transformação de uma situação de saúde em uma nova situação, orientados por uma diferente concepção de mundo e de homem.

As práticas de saúde são realizadas expressam um projeto específico para a sociedade brasileira o que supõe que outros projetos são possíveis de co-existir, coerentes com propostas alternativos de sociedade que apontem, por exemplo, para extinção das iniqüidades e das injustiças sociais. Isto implica por sua vez que além da transformação da situação da saúde da sociedade brasileira, impõe-se ao trabalhador da saúde a necessidade de uma permanente transformação da consciência sanitária dos brasileiros.

O trabalho em saúde como prática social contém uma dimensão política e ideológica, sempre referidas a um projeto de sociedade o que implica um comprometimento ético por parte de todos os sujeitos em relação neste campo.

O sentimento de pertinência a um grupo social específico dependerá da qualidade das práticas de atenção à saúde expressa nas suas estruturas físicas, nos seus processos, e nas relações usuários, equipes e gestores.

Aos trabalhadores de saúde impõe-se a necessidade de um comprometimento ético, diante do qual cada um deles revela-se como um detentor da função de sistemazador da situação de saúde em favor dos grupos sociais específicos, supondo-se nessa relação o estabelecimento do vínculo de identidade, de pertinência ou de solidariedade.

As possibilidades de ser dos servidores da Funasa que atuam na área de educação em saúde tornam-se evidente, pois, uma vez que as práticas de saúde são constituintes da sociedade brasileira, o trabalhador em saúde, assim, como qualquer outro trabalhador, está eticamente vinculado a um projeto para a sociedade brasileira, esteja ele consciente ou não deste fato.

Esse compromisso se expressará na maneira como o seu agir estiver estruturado, o qual redundará em um tipo de estrutura; um padrão de processo de trabalho, uma qualidade de relação entre os sujeitos; uma forma específica de vinculação dos sujeitos fundamentais nesse campo, diga-se: os grupos sociais usuários da rede de serviços; os trabalhadores do setor; os gestores do setor.

Na medida em que o agir de todo o trabalhador em saúde é um agir educativo; ele transforma em um que fazer que assume uma direção e uma internacionalidade que desemborca em um dado projeto de sociedade. Este projeto pode estar condicionado a sua reprodução ou manutenção nos termos em que ela já existe ou estar empenhado em uma transformação radical das bases da sua estrutura e do seu funcionamento.

Em síntese, na medida do nível de comprometimento dos trabalhadores da saúde e do projeto de sociedade que estão supostos nas suas ações, coloca-se uma gama variada de possibilidades de prática educativa em saúde. Há quatro vertentes de prática educativa apontadas por quatro abordagens ou enfoques: a educativa, preventiva, radical e a de desenvolvimento pessoal.

A educação em saúde tem assumido um caráter “marcadamente instrumental” no modo tradicional como historicamente vimos tratando o problema da consciência sanitária.

Como urgentes aos trabalhadores da educação em saúde da Funasa, a problematização dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de sua Gestão, como um processo eminentemente educativo a ser desencadeado na sociedade brasileira. Esta oportunidade de dar visibilidade aos descaminhos do Sistema de Atenção à Saúde no Brasil e de dar significado a repolitização dos seus encaminhamentos, já que a luta neste sentido é permanente, exigindo uma necessária dose de radicalização como condição de direcionar e diferenciar

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