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EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA NO ANTIGO EGITO: A FORMAÇÃO DO ESCRIBA

Por:   •  24/4/2015  •  Monografia  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  3.046 Visualizações

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MÓDULO 03: EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA NO ANTIGO EGITO: A FORMAÇÃO DO ESCRIBA;

Egito: Berço de Todas as Civilizações No Egito floresce uma civilização grandiosa, considerada mesmo como o “berço” de todas as civilizações. O Egito foi fecundo na produção de conhecimentos. Quem já não ouviu falar dos processos de mumificação dos mortos e das monumentais pirâmides? Com certeza muito conhecimento teve que ser empregado para que elas fossem erguidas e, mais, que durassem tanto tempo chegando até os dias de hoje. No módulo anterior vimos o homem nômade e caçador e um tanto tímido nos conhecimentos. Afinal como é que os caçadores e coletores do Paleolítico e os agricultores do Neolítico se transformaram nos poderosos faraós do Egito? Os primeiros registros que temos acerca do Egito datam do ano 4.000 A.C., quando caçadores nômades fixaram-se no Vale do Nilo, nordeste da África. Aos poucos a tecnologia foi se desenvolvendo, o trabalho se especializando, a agricultura tornando-se mais eficaz e a sociedade mais complexa. Assim, o Egito desenvolveu conhecimentos notáveis em geometria, astronomia e matemática, pois, estes conhecimentos eram necessários para as atividades práticas diárias referentes ao desenvolvimento da agricultura. Os trabalhos de irrigação, os conhecimentos de geometria, particularmente útil para medição de terras destinadas ao plantio e a construção das pirâmides, mostram-nos o grau de desenvolvimento da engenharia praticada. Desenvolveram a escrita, conhecida como hieróglifos por volta de 3500 A.C. Como podemos perceber, esta sociedade vai ficando extremamente poderosa e rica, portanto, a estrutura social e cultural deste povo, marcada pelo desenvolvimento das atividades econômicas ligadas especialmente á agricultura, vai ficando cada vez mais complexa. Desenvolve-se uma sociedade de classes, dividida em diferentes camadas sociais: as que tinham privilégios tais como: sacerdotes, nobres, funcionários; e as do povo: artesãos, camponeses e escravos. O governo se concretiza como um governo centralizador e teocrático. O governo do faraó era uma monarquia teocrática, ou seja, uma monarquia considerada de origem divina. Politeístas, os egípcios acreditavam na vida após a morte e a prática religiosa, composta por muitas cerimônias e rituais, tinha grande destaque, valor e influencia na sociedade egípcia. Como o poder político era fundamentado no poder religioso podemos perceber que a religião era indissociável da vida política e cotidiana dos egípcios. O dia-a-dia era uma expressão da vontade divina e os faraós eram considerados e adorados como deuses encarnados. Ao faraó pertenciam todas as terras do país, portanto, todos deveriam lhe pagar tributos e prestar serviço e sendo ele um “deus encarnado” ninguém contestava. O faraó era ao mesmo tempo um “deus encarnado” e chefe político de um Estado poderoso, portanto, tinha imenso poder sobre tudo e sobre todos. A classe dominante era formada pelo faraó e sua família, pelos sacerdotes, militares e altos funcionários do Estado, dentre eles os escribas. O faraó, soberano teocrático e centralizador, concentrava em suas mãos o poder político e espiritual; era cultuado como sendo um deus vivo, filho de deuses e intermediário entre estes e os homens; era pessoa sagrada cuja autoridade absoluta não era e nem podia ser questionada. Portanto, podemos perceber que na cultura egípcia o fator religioso era decisivo. E a educação por sua vez estava intimamente relacionada com a religião e cultura. Nesta sociedade de classes, centralizadora e teocrática a transmissão do conhecimento, tanto religioso como técnico não era disponibilizada para todos, ao contrário, era restrita a poucos. Como a economia se diversificou podemos perceber que começa a existir certa hierarquização no mundo do trabalho, ou seja, esta economia pede um trabalhador mais especializado e qualificado e uma educação condizente com este propósito. Manacorda nos mostra que provavelmente houve o desenvolvimento de três tipos de escolas: as escolas “intelectuais” onde eram cultivados os estudos de matemática, de geometria e astronomia; as escolas "práticas" destinadas á qualificação de artesãos e treinamento de guerreiros, e as escolas de ciências esotéricas e sagradas para a formação de sacerdotes. Mas, o autor enfatiza a existência da educação destinada ás classes dominantes especialmente no que se refere á educação para a vida política, ou seja, para o exercício do poder. Esta educação era baseada em literatura sapiencial tinha como objetivo o ensinamento dos comportamentos e da moral referentes ao exercício do poder. Consultar: MANACORDA, Mário Alighiero. História da Educação. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2004. O exame da literatura sapiencial em sua relação com a estrutura social e o momento em que a mesma foi produzida pode nos fornecer um entendimento adequado acerca dos conteúdos e objetivos da educação bem como da relação pedagógica entre mestre e discípulo. Procedendo a esta análise, Manacorda conclui que a educação era mnemônica,

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