Educar Para Diversidade

Educar para a diversidade

O povo brasileiro surgiu de uma grande miscigenação, primeiramente foi a confluência de três raças: o índio (que aqui já viviam antes da colonização), o branco (portugueses que colonizaram o Brasil) e o negro (trazidos da África como escravos) e posteriormente, no final do século XVII, chegaram os italianos, alemães e outros povos para trabalhar no Brasil.

Como podemos perceber, o povo brasileiro herdou uma bagagem cultural bem diversificada. Daí a diversidade cultural brasileira.

A análise da diversidade cultural brasileira se faz imprescindível no sistema escolar. Já que o povo necessita de uma educação para sua diversidade, pois como bem sabemos, as salas de aula são heterogêneas, os alunos trazem consigo histórias de vida e heranças culturais diferentes.

A educação brasileira clama por escolas e professores que saibam respeitar e trabalhar com a pluralidade cultural, social, étnica e cognitiva. Professores que olhem além do desenvolvimento pedagógico, que tenham um olhar capaz de perceber que cada aluno é único e que esse aluno possui uma história de vida, uma herança cultural, religiosa e étnica, uma aprendizagem anterior adquirida. Esse olhar diferenciado obriga o professor a adequar seu planejamento, metodologias e currículo escolar.

Educar para a diversidade é um desafio para nós professores, por muito tempo essa diversidade, não foi levada em conta em nosso país, onde a educação tratava os alunos com homogenia enquanto aprendizes, as metodologias e conteúdos eram iguais para todos, deixando de lado a pluralidade do povo brasileiro.

Uma educação voltada à diversidade proporciona ao aluno conviver e conhecer diferentes culturas as quais, muitas vezes, não estão acostumados, oportunizando a troca de experiências e de ideias.

Essa convivência é fundamental, já que a todo o momento e em todo lugar nos deparamos com o “diferente”: alguém com necessidades especiais, outras etnias, diferentes religiões, outro tipo de linguagem, etc.

Aprender a respeitar a diversidade e conhecê-la para não formar “pré-conceitos” é fundamental para a formação da cidadania. Nesse processo a escola deve servir de ponte mediadora.

A Lei de Diretrizes e Bases vem evoluindo, mesmo que a passos lentos, mas a Resolução nº4 de 13 de junho de 2010 é um grande avanço e é clara quanto ao respeito a diversidade do povo brasileiro, e bem como colocou Galeno, no trecho O MUNDO disponibilizado para a realização desse trabalho acadêmico, cada um de nós possui uma maneira própria de ser.

No entanto, a LDB e suas resoluções devem andar de mãos dadas com o poder público, onde seus governantes e as escolas realmente tenham interesse em educar para a diversidade, e só assim poderemos concretizar uma prática educativa que seja capaz de construir uma sociedade justa.