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Educações: aprender com os índios, o autor Brandão

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Por:   •  14/11/2014  •  Resenha  •  1.971 Palavras (8 Páginas)  •  632 Visualizações

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Educação? Educações: aprender com os índios, o autor expõe que

todos os seres não passam ileso pela vida sem que sejam alvo de um processo educativo. Em todos os setores em que se vive, vivenciam-se experiências de ensinamento-aprendizagem.

Neste contexto, Brandão usa a palavra educação no plural, visto que a educação pode ocorrer em muitos lugares, como na rua, na escola ou na igreja. Para demonstrar este fato, ele descreve os processos de educação indígena.

No segundo capitulo, Quando a escola é na aldeia, Brandão nos mostra que a educação

existe em lugares em que não há escola. Nos é mostrada a relação que os índios tem entre si ensinando sua cultura e seus valores para as gerações mais novas, chamando essa transmissão de conhecimento de ritual e não de educação. O sociólogo discute a idéia de que tudo o que é necessário à vida humana envolve algum tipo de saber, e, este último, requer métodos de ensino

para se concretizar. Essa relação saber-ensino-fazer se constitui o que autor chama de processo de “endoculturação”.

No terceiro capítulo, Então surge a escola, o autor discute um saber separado do fazer, mostrando que mesmo em povos tradicionais, quem possui o saber passa a apresentar uma espécie de dominação sobre os outros. O que tem o poder de saber fazer, passa a transmitir o seu conhecimento para os demais, reproduzindo os saberes através de suas camadas sociais de geração para geração.

O autor expõe que a partir da categorização de saberes especializados, dentre eles a Pedagogia, surge a escola formal, fazendo com a educação se confunde com o ensino. Ele exemplifica que com o passar do tempo a educação mostrou sinônimo de diferença de classes como pode se observado na Grécia, e em Roma, e surgiu assim, possivelmente, a invenção da escola.

Neste capítulo, o autor enfatiza novamente que a educação está presente em todos os lugares do mundo e em todas as populações.

No quarto capítulo, Pedagogos, mestres-escola e sofistas, Brandão traz à discussão a

educação na Antiguidade Clássica, descrevendo os propósitos que a educação e a escola grega visavam atender. O autor reflete o que era a Paideia e os ideais de homem e de sua formação educativa. A educação na Grécia preparava o homem à vida na polis através da formação do “bom cidadão”, visando sua atuação política e social. Esse sistema educativo centrava-se na busca da verdade e da beleza por meio do estudo da filosofia, da retórica, das virtudes, das artes e da ginástica, e o pedagogo era o sujeito que conduzia as crianças até as escolas para serem instruídas.

O autor apresenta como era a experiência educacional na Grécia Antiga que era o problema da aprendizagem dos ofícios simples no período da paz e na guerra. Nesse sentido houve a transição entre os saberes da agricultura, do artesanato da subsistência e da arte, tudo misturado com os princípios da honra e a solidariedade ligada com a fidelidade da polis.

Nesse contexto existe uma diferença entre a educação do homem livre, e do escravo. O escravo aprendia os saberes fora da escola, já os homens livres tinham sempre um professor particular que o ensina como devia ser sempre livre. Durante um determinado período a educação era somente o privilegio da nobreza guerreira, e se aprendia as tradições escutando as declamações poéticas de Homero. Os pobres nãopodiam levar seus filhos à escola, por não ter condição financeira para pagar ao professor. Com o

tempo a educação clássica deixa de ser assunto para alguns privilegiados para ser uma questão dapolis. E Brandão conclui esse capitulo dizendo que a grande contribuição que a civilização grega apresentou para a civilização ocidental e que esta esqueceu com o tempo é que a educação existe em toda parte, e que vai muito além da escola convencional, e diz que são as pequenas relações sociais existente entre vários membros da sociedade é que vai construído a educação.

No quinto capítulo, A educação que Roma fez, e o que ela ensina, faz um paralelo entre a

educação grega e a educação romana e aponta que a educação romana não se estendia, nos

primórdios, apenas aos cidadãos nobres e livres - como na Grécia -, mas a todos os romanos.

Entretanto, quando uma nobreza romana abandona a terra para dedicar-se à política, surgem as primeiras agências de educação e modelos específicos de educação às diferentes classes sociais.

Os primeiros latinos eram camponeses e viviam em comunidade, a iniciação das crianças e

dos adolescentes era aprender os valores dos antepassados, que chamavam de educação doméstica, que se aprendia em casa, com intuito de chegar à formação de uma consciência moral.

No inicio da formação da cidade de Roma não existia um cuidado na educação física e intelectual de seus cidadãos ociosos que pensavam primeiramente somente em governar e guerrear.

Com enriquecimento da nobreza romana, essa se afasta do labor da terra e se ocupa somente pela política.

E dessa maneira pouco a pouco o ensino que era pastoril camponês passa a ser a formação para ser guerreiro, e ai surge uma oposição entre o ensino dos pais e dos mestres-pedagogos que convivem com os educandos e os acompanham durante um determinado período de sua vida para a formação de seu saber.

E conclui que a educação romana influenciada em parte pelo espírito grego vai ajudar

os filhos dos soldados e funcionário romanos a controlar os vencidos e impor sobre eles a vontade, e a visão de mundo do dominador.

No sexto capítulo, Educação: Isto e aquilo, ao contrário de tudo, o pesquisador busca compreender o conceito de educação a partir do que dizem as leis oficiais, os discursos dos estudantes e intelectuais sobre a temática e verifica a dialética existente no “dito” e “não-dito” imbuída nos diferentes discursos acerca da educação brasileira. Investigando esses documentos, Brandão constata que “não há apenas idéias opostas a respeito da Educação, sua essência e seus fins. Há interesses econômicos, políticos que se projetam sobre a educação” (BRANDÃO, 1988, p. 60).

Brandão conclui esse capitulo dizendo que a definição, e a legislação sobre a educação é feita como uma maneira de camuflar os interesses de uma determinada classe social que tem o poder econômico, como político.

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