TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Estudo Sobre Doenças

Por:   •  21/4/2016  •  Resenha  •  981 Palavras (4 Páginas)  •  114 Visualizações

Página 1 de 4

        Juridicamente, a conduta do agente vista no vídeo não se enquadraria por si só na conduta elementar do Art. 217-A. Tem-se que ato libidinoso é o ato praticado pelo agente que visa satisfazer a sua lascívia, libido. Apesar de conceitualmente a conduta do agente se enquadraria no então Art. 217-A do CP, o ato libidinoso praticado confronta com o princípio da proporcionalidade, que tem por objetivo analisar o ato libidinoso praticado para concluir se o ato condiz ou não com as penas mínimas ou máximas do tipo penal.

        Apesar de socialmente reprovável a conduta do agente no vídeo, uma vez que demonstrou-se totalmente inquieto e excitado próximo da criança, o ato de alisar as nádegas da criança por tão breve espaço de tempo não pode configurar, de fato, as condutas típicas penais. Daí o enquadramento de sua conduta exclusivamente no Art. 61 da Lei das Contravenções Penais, por ter ocorrido na verdade uma importunação ofensiva ao pudor.

        Como cidadã, desprezo integralmente a conduta maliciosa e irresponsável do agente, já que o seu comportamento não está distante daquilo que é reprovável na sociedade, uma vez que até o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente dita no seu Art. 70 diz ser obrigação de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente, e no caso em questão a criança foi coagida a tolerar uma situação que se quer sabe a gravidade.

        Entretanto, tendo como base a falha lei, que em certos momentos visa mais fortemente a proteção do criminoso do que a do ofendido sempre se baseando em princípios extremamente protetores, como o do indúbio pró reu, uso o princípio da proporcionalidade para afirmar que a conduta do agente em questão é desproporcional com a possível pena que a ele seria aplicada se sua conduta enquadra-se no Art. 146 ou 217-A do Código Penal. Valendo ressaltar que a conduta deste agente é a de um pedófilo, que conforme internacionalmente reconhecida pela OMS, Organização Mundial da Saúde, carece verdadeiramente de tratamento, já que o libido do agente é e sempre saciado exclusivamente por crianças e adolescentes. Em questão a conduta só não foi mais grave porque havia público para presenciar sua possível pior conduta, contudo não me nego questionar o que faria este agente, não fosse o público o coagindo involuntariamente.


        Juridicamente, a conduta do agente vista no vídeo se enquadra na conduta elementar do Art. 217-A do Código Penal. Tem-se que ato libidinoso é o ato praticado pelo agente que visa satisfazer a sua lascívia, libido. No Art. 217-A do CP, o ato libidinoso praticado é analisado por vezes em confronto com o princípio da proporcionalidade, que tem por objetivo analisar o ato libidinoso praticado para concluir se o ato condiz ou não com as penas mínimas ou máximas do tipo penal.

        Foi socialmente reprovável a conduta do agente no vídeo, uma vez que o agente demonstrou-se totalmente inquieto e excitado próximo da criança, o ato de alisar as nádegas desta por tão breve espaço de tempo pode não ser suficiente com base no princípio da proporcionalidade para a configuração do crime em questão, contudo, simplesmente o fato do agente ter intencionalmente o desejo de “cumprimentar” a criança tocando-lhe uma parte íntima, é por si só, no âmbito social, reprovável. Contudo, o debate entra nesse detalhe: foi libidinoso o ato do agente? Interpretando a lei penal em sentido declarativo, considerando que o legislador desenvolve a lei visando punir o resultado praticado pelo agente, entende-se que o agente pode não ter praticado a conduta do Art.217-A CP, portanto, o enquadramento adequado de sua conduta exclusivamente no Art. 61 da Lei das Contravenções Penais, por ter ocorrido na verdade uma importunação ofensiva ao pudor.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.8 Kb)   pdf (85.3 Kb)   docx (10.9 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com