Etica e moral na filosofia

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

Componente Curricular: Filosofia II

Reposição de FILOSOFIA

Atividade II

1. De acordo com as explicações dadas em sala, diferencie o conceito de ética do conceito de moral.

 

Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. Ética, se defini como um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, assim, o bem-estar social, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. Já Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. A Moral tem caráter obrigatório.

1. Quais os tipos de ato moral? Conceitue e dê exemplos.

O ato moral é constituído de dois aspectos: o normativo e o fatual.

O Normativo são regras e normas de ação  e ao imperativos que enunciam o deve ser. Exemplo: Não minta; Não roube; Não mate; Cumpra sua obrigação de estudar.

O fatual são os atos humanos enquanto se realizam efetivamente. O campo do fatual é a efetivação ou não da experiência vivida. O ao efetivo será moral ou imoral (ação).

Atividade III

1. Segundo o texto, por quais motivos os problemas éticos passaram a ser objeto de estudo par os filósofos clássicos?

Quando houve a democratização da vida política da antiga Grécia e particularmente de Atenas. Ao Naturalismo dos pré-socráticos, sucedeu-se uma preocupação com os problemas do homem  e sobretudo, com os problemas políticos e morais.

 

1. Defina ética socrática.

Para Sócrates, o conhecimento do bem levava à prática do bem.  A teoria de Sócrates é a de que uma pessoa só pratica o mal por ignorância do bem, por não saber o que é a virtude.  Assim, Ética Socrática é aquela caracterizada por bom caráter e valores morais. A posição ética de Sócrates argumenta que o homem não é mau, mas é ignorante. Esse ponto de vista é chamado de "intelectualismo moral" e afirma que a virtude pode ser conhecida e, acima de tudo, pode ser ensinada, no princípio do "eu".

1. Quais as principais contribuições de Platão e Aristóteles para o tema da ética?

Platão avança no sentido de buscar uma definição concreta para esta Ética objetiva, definindo aquilo que Sócrates não ousou definir. Seu conceito de que seria a Ideia geral de Bem que precisava ser buscada é uma reconstrução adequada à sua noção deste mundo como um reflexo do Mundo das Ideias, acessível apenas aos dotados de um raciocínio filosófico avançado.

Deste conceito ele extrai tanto a necessidade de uma classe de Guardiães – dirigentes absolutos escolhidos pelo mérito e mantido puros por uma rotina ascética desligada dos interesses materiais – como um projeto de sociedade destinada a exercer o maior grau possível de controle sobre os cidadãos. Ao mesmo tempo que ele advoga que alguns indivíduos seriam bons mesmo sem a coação – como na discussão com os sofistas sobre o Anel de Giges – proclama a necessidade de uma estrutura social no qual a vida privada está limitada ao mínimo – ou a nada no caso dos Guardiães que tem todas as atividades em comum.

A dualidade entre o bem comum e o bem individual – essência da Ética – torna-se, com Aristóteles, totalmente descolada. Enquanto Platão advoga uma sociedade ideal na qual os dois conjuntos de interesses são mantidos juntos à força, Aristóteles tenta pensar uma sociedade na qual as instituições – baseadas numa análise das paixões humanas – tentam harmonizar estes sentimentos básicos dos seres humanos de forma a produzir o melhor resultado possível.

Em outras palavras, enquanto Platão tenta criar uma Ética Ideal que molde os homens a viver na virtude, enquanto Aristóteles busca uma Ética do Possível, que não desrespeite a paixões humanas – ignoradas por Platão para quem o homem é uma tabula rasa na qual qualquer coisa pode ser escrita – mas antes as oriente pelo caminho da ponderação até a maturidade racional do equilíbrio.