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Ética, Moral E Indiferença E Os Desafios Da Nossa Sociedade

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Por:   •  15/8/2013  •  685 Palavras (3 Páginas)  •  1.855 Visualizações

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Ética, moral e indiferença e os desafios da nossa Sociedade

Como cantava Raul Seixas: “O meu egoísmo é tão egoísta, que o auge do meu egoísmo é querer ajudar. Este é um trecho da música “Carpinteiro do universo”, significa que sou tão egoísta, que sei que o melhor para mim é te ajudar. Pois, quando faço bem para você, sei que estou fazendo bem para mim. Esta idéia deveria fazer parte da prática das pessoas, mas na verdade a realidade é a que se sucede. Em outra música do mesmo autor, temos logo no título a crítica “Muita estrela, pouca constelação”. Ou seja, muito individualismo e pouca união.

Depois de milhares de anos da evolução humana estamos regredindo. Desde o início das civilizações cultivou-se a cooperação pela sobrevivência. No entanto, hoje presenciamos o oposto, disputas, violência, crimes, corrupção. Continuamos vivendo numa selva, apesar de tudo o que já passou a humanidade. Todos os avanços, nas mais distintas áreas do conhecimento, parecem ter sido mais disseminados e aplicados do que a filosofia e a ética. Trata-se a ética como se fosse uma entidade extra- humana algo que não pode ser praticado, utopia.

As mudanças ocorridas na história contemporânea são os motivos para desestruturação social que agora se apresenta. A família é o pilar primeiro de sustentação da sociedade, seguido pela educação escolar. Todos os problemas sociais que enfrentamos têm sua origem no seio familiar. Mas, de modo mais abrangente, a causa primeira foram os avanços científicos e tecnológicos do último século. Sim, somos carrascos e vítimas das nossas próprias criações. Como na música “Será” do cantor Renato Russo: “...Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação...”.

Uma grande contradição é a aproximação das pessoas pela tecnologia. Hoje podemos conversar com alguém em qualquer lugar do mundo pela internet ou pelo celular. Podemos encontrar pessoas que não vemos há anos nas redes sociais. Porém deixamos de falar pessoalmente, conversamos pelo computador com vizinhos e pessoas próximas.

O ser humano sempre aprendeu a conviver com inovações, mas a freqüência alucinante que vem ocorrendo ultimamente, fez com que suas implicações sociológicas não fossem bem avaliadas. Um exemplo disso é a excessiva exposição que as pessoas, estão se submetendo em redes sociais. Vê-se, na maioria, a exibição de uma pseudo-felicidade como se a vida fosse um conto de fadas, e ninguém tivesse problemas. Apesar de reconhecer que conectados, aprendem mais, desenvolvem habilidades importantes. Porém, insisto, falta consciência da realidade e amadurecimento emocional.

O desenvolvimento humano é lento e desigual em relação às evoluções técnico-científicas. Essa geração mostra mais dificuldade de criar vínculos afetivos sinceros e duradouros, sendo frágeis emocionalmente. Para constatar isso basta olhar o aumento no consumo de remédios ansiolíticos e antidepressivos e as chacinas cometidas por crianças e jovens em escolas, por exemplo.

A educação nas escolas do Brasil é precária, implora por investimentos: em infraestrutura (tanto básicas, como modernas), reconhecimento dos profissionais (tanto financeiro, quanto moral). Além do mais, o ensino precisa ser reformulado, é passada muita informação para crianças e adolescentes, sem gerar conhecimento. A interdisciplinaridade deixa a desejar o ensino deve ser voltado para uma associação mais pragmática. Para assim, trazer as matérias para aplicação no dia-a-dia e atrair mais o interesse do aluno, estimular à reflexão, a consciência da importância das disciplinas. Ao final do ensino médio senti-se falta de uma preparação para o mercado de trabalho, uma noção maior das profissões, uma orientação vocacional, um conhecimento maior sobre si.

Temos também a parcela de responsabilidade dos pais na educação. Pais e filhos têm dificuldades de entendimento, não tiram um tempo adequado para reflexão, no pouco tempo que dispõem, não têm relacionamentos produtivos. Muitos não acompanham os estudos dos filhos. Existem casos de posturas extremas permissivas e autoritárias. Diálogo, negociação, saber dizer não, não são tarefas fáceis mais necessárias. O desafio de ser pai ou mãe esta cada vez mais difícil. As transformações nos papéis de ambos, o conceito de família, sua duração, modelo, foram drásticas. É preciso discutir sobre moral e ética com serenidade com profissionais como: professores, psicólogos, sociólogos entre outros. Para que juntos possamos rever valores e vislumbrar a sociedade que queremos.

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