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Evolução do conceito de sustentabilidade

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Por:   •  18/10/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  184 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A utilização adequada dos recursos é uma premissa fundamental das organizações do século XXI. Cada vez mais as empresas precisão fazer mais com menos para se tornarem competitivas e a pressão regulatória de governos e outras instituições influenciam diretamente o ambiente de negócios no mundo. A sustentabilidade empresarial deixou de ser um simples parágrafo no planejamento das organizações para se tornar um novo paradigma. Utilizar os padrões de sustentabilidade não só protege as empresas quanto a multas e outras punições, mas pode ser um fator que impulsiona a geração de valor.

Este trabalho descreve algumas formas por meio das quais a gestão sustentável é aplicada em entidades sem fins lucrativos, em órgãos públicos e no agronegócio brasileiro e uma entrevista que mostra o cenário das microempresas neste quanto a este novo paradigma.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A evolução do conceito de sustentabilidade passa pela compreensão de um processo histórico que começou na filantropia e evoluiu para uma permanente batalha contra todas as misérias humanas. De acordo com o relatório Brundtland “ser sustentável é conseguir prover as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras em garantir suas próprias necessidades”.

Este relatório foi encomendado pela organização das nações unidas (ONU) à então primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland, e foi publicado em 1987 sob o nome de relatório Brundtland (ARMANI, 2014). A sustentabilidade é um compromisso com o futuro, não é uma meta que possa ser atingida, mas um caminho que as organizações devem trilhar em busca de melhores soluções para os problemas humanos, sejam eles econômicos, sociais ou ambientais.

Em todos os setores da economia a sustentabilidade tornou-se um tema de máxima importância. Nenhuma tomada de decisão está isenta de impactos e todos eles devem estar previstos de forma a poderem ser neutralizados ou minimizados.

2.1 SUSTENTABILIDADE NAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

As entidades sem fins lucrativos podem atuar diretamente em atividades que envolvem a gestão sustentável, como no caso das ONGs de proteção aos animais, prestação de serviços de coleta seletiva e educação de jovens e adultos. No entanto, além de atuar diretamente com práticas de sustentabilidade uma forma destas entidades exercerem influência no contexto da sustentabilidade é por formar parcerias.

Barreira (2014) salienta que parceria é uma arte, desenvolvê-la requer habilidades, competências e muita ação. É necessário ouvir e identificar lacunas que podem ser trabalhadas de forma sinérgica na busca pela maximização dos resultados. A capacidade de desenvolver e administrar parcerias nas Organizações é um fator que pode solidificar esforços pela gestão sustentável, pois os parceiros exercem influência no ambiente de negócios mutuamente.

Apesar de parcerias serem um forte instrumento de consolidação das práticas de sustentabilidade, nem sempre é possível firmar parcerias com as fontes de recursos que uma organização necessita. Neste sentido Valarelli (2014) afirma que a entidade deverá desenvolver novas fontes de recursos e geri-las de forma eficaz, pois tornará a Organização mais autônoma frente as exigências dos fornecedores dos recursos e menos vulnerável as mutações causadas no ambiente externo. Tal estratégia permite não apenas selecionar produtos de entidades que possuam práticas sustentáveis, mas também reduz a exposição da entidade a riscos de uma fraca cadeia de fornecimento.

Ainda de acordo com Usaid (CARVALHO, 2006) a imagem da organização influência a capacidade de realização de seus projetos juntamente com as partes interessadas nela, como estabelecer parcerias, captar recursos, contratar mão-de-obra, captar voluntários, vender produtos e até mesmo, atuar com a sua prestação de serviço junto a sociedade.

As entidades sem fins lucrativos atuam em parceria com outros setores, sem uma boa gestão de sua imagem, dificilmente terão eficácia em suas ações. Para a construção de uma imagem positiva a organização deverá ter práticas de gestão transparentes entre organização e ambiente, inovação nos processos e trabalhos eficazes ao longo do tempo. A imagem positiva é um fator importante para que as entidades sem fins lucrativos alcancem a sustentabilidade.

2.2 SUSTENTABILIDADE EM ÓRGÃOS PÚBLICOS

De acordo com o artigo 225, § 1º, VII da Constituição Federal brasileira, “incumbe ao Poder Público proteger a flora e a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade”. De acordo com Antunes (2002) não existe possibilidade de pensar em vida ou qualidade de vida sem pensar em meio ambiente. O autor declara que não há possibilidade de o legislador ver o meio ambiente de modo restrito e dissociado da sociedade.

O princípio da prevenção é tratado pelo artigo 225 da Constituição Federal, caput, o qual declara que é de responsabilidade do Poder Público da coletividade, o dever de proteger e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. De acordo com Machado (2002 p. 18):

Regem cinco itens a aplicação do princípio da prevenção: 1) identificação e inventário das espécies animais e vegetais de um território, quanto à conservação da natureza e

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