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Expectativa de Prosseguimento Acadêmico dos Alunos da EJA na Escola

Por:   •  12/12/2018  •  Ensaio  •  939 Palavras (4 Páginas)  •  187 Visualizações

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia[pic 1]

Campus Vitória da Conquista

Disciplina: Escrita e Leitura de Textos Acadêmicos

Profº Mscº Ronei Guaresi

Discente: Gutemberg Júnior

Resumo do texto Modalidade Escrita Formal de Carlos Alberto Faraco.

        Nas provas de redação do ENEM, em vestibulares de diversas faculdades bem como concursos públicos, é pedido aos candidatos que redijam suas redações baseando-se por gêneros de discursos pré-definidos e padrões formais da língua portuguesa. Essas caracterizações textuais buscam situar os candidatos nos diversos tipos de gêneros de discursos e na forma padrão da língua portuguesa fazendo com que elimine inumeráveis outras possibilidades.

        Mas essa orientação é feita por parte das instituições partindo do ponto em que os candidatos estejam aptos a ler e compreender determinados artigos, escrever um texto de forma legível e concisa de acordo com algumas características de gênero que sejam de grande abrangência social. Tudo isso a fim de avaliar a competência do cidadão.

        Esse método de avaliação aparentemente seria tranquilo, mas devido à falta de um consenso entre especialista e instrumentos normativos sobre as características da língua formal portuguesa em uso efetivo no Brasil, esse método de avaliação tem encontrado algumas pedras pelo caminho.

        A causa para essa falta de consenso é que com a independência política os escritores românticos da época defenderam que fosse adotado como pratica de escrita a variedade linguista falada pelos letrados brasileiros em situações formais. O objetivo era que o processo de constituição da escrita formal fosse como aconteceu nas sociedades europeias. Entretanto no Brasil essa proposta dos escritores enfrentou uma forte resistência por parte dos segmentos sociais conservadores que idealizavam o Brasil como uma sociedade branca  e europeia que se opunham ao abrasileiramento da expressão escrita, para eles deveria se seguir a variedade escrita usada pelos escritores portugueses.

        Esse conflito gerou o fenômeno denominado por Celso Cunha de "dualismo de normas", que colocava cara a cara a variedade culta falada pelos brasileiros chamada de endógena e uma variedade linguística importada chamada de exógena que não combina com o senso linguístico brasileiro e contamina seu sistema escolar.

        Durante esse período tem existido esse conflito entre o padrão linguístico real e o artificial, o que efetivamente praticado e o que utopicamente idealizado. Esse conflito também se estende entre os instrumentos normativos como gramáticas e os dicionários. Esses instrumentos ignoram ou até mesmo condenam fatos normais da variação culta brasileira, entretanto há outros que acolhem esses fatos, mas de forma tímida, mas inexplicavelmente fazem recomendações para que não sejam utilizados.

        Existem ainda estranhas contradições no que diz respeito à apresentação de alguns fatos, como à colocação de pronomes átonos que por vezes é apresentado como obrigatório, ora como preferenciais. Isso faz com que ocorram dúvidas sobre quando somos obrigados ou se podemos ou não seguir determinadas tendências. No Guia do Participante do ENEM 2013 há uma lista com algumas propriedades identificadoras da modalidade da escrita formal da língua. Essa lista pode auxiliar os avaliadores em delimitados aspectos que merecem atenção, entretanto os avaliadores precisam se conscientizar de que ainda não há concordância em vários desses tópicos nos principais instrumentos normativos.

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