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FICHAMENTO - Wagner Roy - A Invenção Da Cultura

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Por:   •  29/11/2014  •  795 Palavras (4 Páginas)  •  3.860 Visualizações

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FICHAMENTO:

WAGNER, Roy. A invenção da cultura.

Wagner começa o texto “A invenção da cultura” dissertando sobre a relação entre a cultura e o antropólogo, e como para entender seu objeto de estudo, o antropólogo precisa incluir a si mesmo nele, ou seja, o antropólogo teria que adicionar sua própria cultura à cultura como um todo. Isso quer dizer que, ao contrário da maioria dos cientistas, o antropólogo teria que tentar fazer um trabalho objetivo, mas de forma relativa, e não absoluta.

O autor então descreve o trabalho de campo de um antropólogo com todas as suas fases. Ele destaca a importância do trabalho de campo para tornar “visível” tanto a cultura do outro quanto a do próprio cientista. Esse processo se dá primeiramente pelo choque cultural. Primeiro o cientista aprende a outra cultura como uma forma totalmente distinta, uma maneira de fazer alguma coisa. Depois, ele a compreende como uma segunda forma a qual ele poderia fazer as coisas. Antes de ocorrer esse choque, porém, Wagner defende que o cientista não tinha cultura, porque só através da vivência com outros valores é que ele “enxerga” tanto a sua cultura como a do outro. Só depois que aquela nova situação vivenciada se objetifica como cultura que é possível dizer que o cientista está “aprendendo”. Wagner diz que é nessa situação onde ocorre a objetificação, mais o aprendizado, que o pesquisador está “inventando” a cultura. Esse seria o processo para tornar a cultura “visível”. A relação que o antropólogo constrói entre duas culturas vem desse ato de “invenção”, ou seja, do uso que ele faz dos significados já conhecidos por ele para construir uma representação mais visível de seu objeto de estudo.

O que resulta dessa experiência é, além de ter consciência dos tipos de diferenças e similaridades das culturas, o pesquisador compreende, pela primeira vez, sua cultura e seu modo de vida, já que neste momento ele possui outras culturas como pano de fundo para comparar com a própria.

Além disso, o autor argumenta que o estudo do pesquisador não é uma mera descrição do objeto, mas sim que ele cria analogias que são extensões de sua própria cultura, transformadas por suas experiências vivenciadas em trabalho de campo.

Ao final do raciocínio, o autor defende que o estudo antropológico encontra-se em uma encruzilhada, ou seja, que há a possibilidade de haver uma experiência de criatividade mútua, na qual a cultura é criada a partir de outras várias culturas, ou a outra possibilidade de imposição das nossas preconcepções a outros povos.

Já no trecho “a ambiguidade da cultura” o autor se concentra em relacionar dois tipos de conceitos de cultura entre os vários existentes: o conceito de cultura no sentido “sala de ópera” e o conceito antropológico que é ligado mais ao controle, refinamento ou aperfeiçoamento do homem por ele mesmo, mas de maneira mais coletiva. O conceito de cultura no sentido “sala de ópera”, defendido por Wagner, tem como forma de perpetuação as instituições culturais, de ensino e de pesquisa. É nesse cenário que Wagner relaciona os dois conceitos apresentados, porque diz que o verdadeiro cerne da nossa cultura é sua arte, tecnologia e ciência. É o “conhecimento” somado que nos dá uma ideia de “civilização”.

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