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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO

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Por:   •  20/11/2013  •  3.071 Palavras (13 Páginas)  •  197 Visualizações

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Tempos Modernos O filme Tempos Modernos mostra a vida urbana nos Estado Unidos nos anos 30, época logo após a crise de 1929 que levou grande parte da população ao desemprego e a fome. O personagem principal interpretado por Chaplin é Carlitos que consegue um emprego em uma grande indústria. O filme é uma crítica à “modernidade” e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Retrata a injustiça apesar de estar inserido no mercado de trabalho, o operário continua prejudicado e é tratado como máquina submetido ao um ritmo de produção intensa e sem direitos trabalhista.

O filme é melhor conhecido pelos seus trinta primeiros minutos. Justo: é onde se concentram as críticas mais óbvias e as melhores situações, com as desventuras de Carlito – agora não mais um vagabundo, mas um operário profundamente azarado – em sua fábrica e na prisão. O forte elemento satírico aproxima “Tempos Modernos” da veia de “O Grande Ditador”, deixando a dúvida de qual seria o mais engajado em sua mensagem. Se neste último temos os discursos macarrônicos do pseudo-Hitler de Chaplin, ou suas danças com o globo terrestre ou suas disputas com o Benzito Napaloni para ver quem é o ditador mais opulento, em “Tempos Modernos” nós temos a comparação dos trabalhadores modernos com um gado, sua alienação pelo processo repetitivo de fabricação e uma prisão que se revela melhor do que a vida “livre”.

Chaplin demonstra, através de seus trejeitos, as consequências perversas de tal sistema. A rotina diária de movimentos repetitivos custa a Carlito, ainda que brevemente, sua sanidade: paranóico, o operário passa a apertar qualquer coisa com o formato circular, incluindo botões de camisa, narizes e mamilos. O que é comédia em um filme é trágico na realidade: é difícil calcular o número de funcionários na época prejudicados por lesões de esforço repetitivo. O arranque do filme é soberbo, com imagens de gargalhada imediata. Mas são cenas que dão que o pensar. Um trabalho daqueles não desenvolve as capacidades de quem o pratica nem potencia o aumento de lucros de uma empresa como a que aparece retratada. Se o empregado pretende alterar a situação, ou é despedido ou pede a demissão o desemprego será sempre a conclusão. A revolta instala-se. O filme segue depois um

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desenvolvimento inesperado. A questão vital do emprego, vai ser unida por Charlie Chaplin à questão vital do amor, à procura da estabilidade emocional e familiar. Quando Charlot encontra a sua princesa encantada, a vida ganha novas soluções e os dois ultrapassam crise após crise, apesar de nunca desaparecer sobre eles a nuvem angustiante da amargura, perante os horizontes carregados da incerteza laboral. E já na cena final, é de mãos dadas que os dois se lançam num novo caminho, ainda incerto, mas bem apoiados nas forças um do outro. Comparando as cenas mostradas no filme Tempos Modernos, com a situação atual podemos afirmar que apesar das tecnologias de ponta empregadas atualmente na produção industrial, a condição socioeconômico do homem continua relegada a segundo plano e conforme podemos constatar através do filme, a implantação do sistema de esteiras móveis nas fábricas que tinha como finalidade aumentar a produtividade das indústrias. Esse novo processo produtivo só trouxe benefícios para a classe patronal, que a partir daquele momento tinha como principal triunfo a institucionalização do processo de mais valia. Enquanto os operários eram cada vez mais explorados sendo obrigados a produzirem sempre mais e não tinham os seus direitos trabalhistas respeitados, ficavam muitas vezes estafados e/ou neuróticos (robotizados) em função das condições de trabalho e do aviltamento salarial estabelecido pelos empresários. Em virtude dessa insatisfação da classe operária surgiram os movimentos grevistas, que tinham como pauta de reivindicação, melhorias das condições salariais e de trabalho. Esses movimentos foram reprimidos pelos patrões, que por sua vez, acionaram as autoridades policiais, cuidaram do esvaziamento desse movimento para garantir o retorno das atividades fabris.

Essa situação adversa prevalece até a presente data. O operariado sonha em ter sua casa própria, constituir família e participar da vida social, só que na maioria das vezes esses sonhos não se tornam realidade porque a precária condição econômica e social imposta ao trabalhador não permite saciar as necessidades pessoais primordiais, tais como: as de caráter sociais, financeiras, habitacionais, nutricionais etc.

Ao longo do tempo, muitas instituições, fundações órgãos de classe foram surgindo em favor das classes operárias visando melhorar as condições materiais, morais e religiosas e a obtenção de direitos para a classe trabalhadora, não obstante estas instituições e a politica de direitos estabelecidas o desemprego e as insatisfações até hoje fazem parte da

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vida da maioria dos trabalhadores brasileiros, que são vítimas de empresários gananciosos que predominam na iniciativa privada e, que agem em nome do capitalismo selvagem, onde prevalecem os dados numéricos, estatísticos, financeiros e outros que venham satisfazer os interesses da burguesia elitista do país. Assim sendo, a classe trabalhadora fica cada vez excluída da sociedade, segregada socialmente, sem emprego e sem perspectiva de realizar ou conquistar sua pretensão pessoal, que em muitos casos são até mesmo indisponíveis para a sua subsistência. Analisar a relação deste filme com o trabalho é bastante importante para entendermos a organização mais comum em todos os trabalhos atualmente, inclusive na educação e saúde. Podemos visualizar a melhora no trabalho, já que em todas as áreas nas diferentes atividades temos a especialização das profissões, como por exemplo o administrador, o vendedor, o professor os profissionais de áreas tecnológicas, dentre outros. O que há em comum é que desempenham funções especificas. Contudo, apesar das melhorias nas condições de trabalho, e na obtenção de direitos trabalhistas como férias, 13º salário, licença gestante, carteira de trabalho com registro de emprego, entre outros, o trabalhador é sempre submetido ao stress do mercado de trabalho. Ainda é comum, a exigência de que o trabalhador ser forçado a dar produção, a ser submetido a altas jornadas, a trabalhar sem os chamados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) além dos inúmeros casos de acidentes de trabalho sendo muitos fatais. Também existe alguns extremos, onde até nos deparamos com notícias de

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