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Fichamento O Príncipe

Por:   •  11/6/2019  •  Resenha  •  445 Palavras (2 Páginas)  •  93 Visualizações

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Universidade de Brasília

Instituto de Ciência Política

Introdução à Ciência Política – Turma O 1º/2019

Prof. Carlos Machado

Discente: Carolina Silva Nogueira

Matrícula: 190045175

Fichamento 1: MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Coleção L&PM POCKET, vol. 110, 2015.

A obra em questão concerne em aconselhar um príncipe em como conquistar e conservar um principado.

Maquiavel afirma que é muito menor a dificuldade de manter os Estados hereditários, seguindo a ordem ancestral, que os novos Estados. Concomitante a isso, alega que qualquer Príncipe, se for normalmente hábil, permanecerá indefinidamente soberano em seu Estado. (MAQUIAVEL, 2015, p. 8)

Estados conquistados que se incorporam a um Estado mais antigo, de mesma cultura e de mesma língua de origem são naturalmente mais fáceis de serem mantidos. Porém, quando conquista-se um Estado com costumes e governos diferentes, o Príncipe deve gozar de muito talento e fortuna, além de implantar medidas eficazes na permanência no poder, como fixar morada nas terras adquiridas, sustentar os mais fracos sem permitir a potencialização de seu poder e  enfraquecer os poderosos locais. (MAQUIAVEL, 2015, pp.10-31)

Outrossim, compreende-se o conceito de principado civil, ou seja, quando o cidadão comum ascende ao poder. Nesse caso, o Príncipe depende do apoio do povo ou do apoio de poderosos. O poder alcançado mediante o apoio popular resiste com maior facilidade, visto que o grupo de poderosos é possui um número limitado, provocando uma menor ameaça. Quanto a continuidade no poder, pode ser alcançada intermédio de decisões antiéticas e criminosas. Definindo assim, as crueldades proveitosas, as quais se faz uso apenas uma única vez,  por necessidade e segurança. (MAQUIAVEL, 2015, pp 32-60)

É imprescindível para Maquiavel entender a diferença entre virtú (habilidades, qualidades e atrocidades do Príncipe) e fortuna (situações atribuídas ao acaso). Nesse interim, Maquiavel declara que para a ruína de um governo ser evitável este deve possuir boas leis e bons exércitos. Portanto, é crucial a existência de seu exército comandado pelo monarca, dado que milícias mercenárias o levarão ao fracasso pois não são sempre fiéis ao seu soberano. (MAQUIAVEL, 2015, pp 61-80)

O ideal para um governante seria equilibrar ser amado e ser temido, porém, essa combinação não é a opção mais segura. É preciso priorizar ser temido do que ser amado, isso porque os homens são voláteis e dissimulados. Ademais, o Príncipe deve fazer-se temido sem fazer-se cruel, caso contrário, dificilmente conseguirá manter seu exército e evitar rebeliões. Assim, evidencia-se que o governante deve aparentar virtuoso (benevolente, equilibrado, prudente e confiante) mas não obrigatoriamente possuir essas qualidades. (MAQUIAVEL, 2015, pp 81-129)

Em síntese, Maquiavel demonstra como as relações de poder são de fato, na qual o Príncipe deve fazer o que for preciso (visando bem comum) para manter-se dominante em certa região, ocasionalmente sendo antiético sob o viés cristão.

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