Forças Centralizadoras e Descentralizadoras na Configuração Medieval de Poder

RESUMO

Forças Centralizadoras e Descentralizadoras na Configuração Medieval de Poder

Carlos Magno teve seu império constituído por conquistas. Era um grande comandante do exército, vitorioso na conquista e na defesa. Como comandante ele conquistou muitas terras, e premiou seus guerreiros mais fiéis com algumas delas.

Devido ao grande número de terras conquistado, o rei não tinha como supervisionar todo o império sozinho. Passou então a colocar amigos e servidores de confiança para comandar esses lugares, e assim poder se fazer cumprir a lei. Essas pessoas eram responsáveis pelo pagamento de tributos e prestação de serviços, e também pela punição daqueles que não cumprissem a lei. Esses serviços não eram remunerados por dinheiro embora ele já existisse, a forma de remuneração vinha através das terras e dos recursos por elas produzidos, ou seja, os chamados representantes da autoridade central tiravam seu sustento e de seus agregados da terra que lhe fora dada pelo rei.

Os oficiais dessa época eram agricultores que desempenhavam funções oficiais durantes determinados períodos, ou seja, donos de terra investidos de poder de policia e judiciário. Com isso eles tinham as funções do governo em suas mãos.

Essa situação trouxe alguns problemas, pois, aquele que havia sido investido nas funções do governo em uma determinada área, não mais dependia do poder central para sustentar-se e proteger a si mesmo e seus dependentes, a não ser se fosse ameaçado por um inimigo mais forte.

Isso acabou sendo um dos processos que mais se repetiram no desenvolvimento da sociedade ocidental no começo da idade média. Os príncipes e reis combatem os inimigos externos; assim mantinham fora de perigo a área que controlavam, nomeavam pessoas de confiança para cuidar delas, mas em seguida os antigos representantes do governo central faziam de tudo para recuperar o controle que tinham sobre a região.

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