TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fundamentalismo

Por:   •  12/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  406 Visualizações

Página 1 de 6

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Nome:

Curso: Engenharia Civil – Noite    Disciplina: Cultura Religiosa 2

Professor:

Disciplina: Cultura Religiosa 2

  1. Como surgiu o fundamentalismo

  1. As raízes do fundamentalismo se encontram no protestantismo norte-americano.No final do século XIX ele ressurgiu de forma mais organizada, quando um grupo de pastores publicou uma pequena coleção de fascículos. Propunham um cristianismo rigoroso

  2. O processo de urbanização fez com que acontecesse o processo de secularização, regida pela autonomia da razão e do espírito democrático.

  1. O fundamentalismo protestante

  1. O fundamentalismo protestante ganhou forma através de teólogos que tomavam a bíblia ao pé da letra. Pela Teologia Liberal, a interpretação de acordo com a mudança de contextos históricos é ofensivo a Deus.

  2.  Em 1919 foi criada a World’s Christian Fundamentals Association que transformou aqueles fascículos em verdade do cristianismo. Para eles Jesus é o único caminho.

  1. O Fundamentalismo católico

  1. O fundamentalismo católico tem raízes antigas, apoiando na convicção de que é o único portador da verdade absoluta, devendo levá-la a todo mundo.

  2. Afirmava-se que existe só um Deus, um papa, um rei e uma cultura querida por Deus. Fora deste pensamento e da Igreja não haveria salvação. Este pensamento fundamentalista era apoiado pela política, armas e comercio.

  3. Ainda hoje há alguns setores que prolongam o antigo fundamentalismo sob o nome de integrismo, combatendo a Modernidade e suas liberdades.

  4. O fundamentalismo cega a mensagem central do cristianismo que é a vida em abundância.

  1. O fundamentalismo islâmico

  1. O que mais ganhou visibilidade nos meios de comunicação. O islamismo é a síntese superior do cristianismo e judaísmo tendo o Alcorão com a revelação verbal e última dada por Deus ao seu povo.

  2. Existem duas grandes tradições após a morte do Profeta: a dos xiitas e dos sunitas.

  3. Para os xiitas as vezes do Profeta deve ser alguém de sua família. São fiéis ao Alcorão. Os sunitas afirmam que a liderança do islamismo não é hereditária, mas sim eletiva aos que tem capacidade de representar os interesses da tribo e à memória do Profeta. Cerca de 90% dos muçulmanos são sunitas.

  4. Criam um Estado teocrático, impondo o caminho que conduz a Deus.

  1. O fundamentalismo da globalização

  1. Regras impostas por alianças com poderio político e econômico

  2. Um sistema econômico-social é montado mediante injustiça e exploração das pessoas e do planeta que tornar-se-á insustentável a longo prazo.

  3. As investidas do Norte, os mais ricos, sobre os mais fracos deixaram um sentimento de ameaça, fazendo com que se apegassem mais à religião, e utilizando o terrorismo como uma forma de auto defesa.

  1. O fundamentalismo neoliberal e científico-técnico

  1. O neoliberalismo é politicamente democrático e economicamente ditatorial, sendo competitivo e não cooperativo. Sua lógica é a de acumulação de bens e serviços, criando injustiças e destruindo a natureza.

  2. O fundamentalismo científico moderno esta assentado sobre a violência contra a natureza. A tecnociência gerou a autodestruição da vida, podendo por fim à biosfera.

  1. Dois tipos de fundamentalismo político: de Bush e de Bin Laden

  1. Os discursos de Bush e Bin Laden eram igualmente fundamentalistas: a luta do bem contra o mal. Mas o mal de um era o bem do outro.

  2. É característica do fundamentalismo revidar com terror, pois ele busca a vitória da “verdade” e destruir o “mal”. Foi o que Bush e Bin Laden fizeram.

  1. Choque ou diálogo de civilizações?

  1. Huntington acredita que a arrogância ocidental vai provocar uma guerra de civilizações. Já Hans Kung defende a busca pelo diálogo entre religiões e culturas para promover a paz entre as nações, desde que o fundamentalismo religioso seja superado.

  2. A ideia de Kung parece mais provável pois visa evitar o choque de civilizações e criar condições para uma paz perpétua entre as nações.

  1. O que é, afinal, o fundamentalismo?

  1.  O fundamentalismo é uma forma de interpretar e viver a doutrina. Representa a atitude daquele que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista. A consequência é o desprezo pelo outro, promovendo conflitos religiosos e ideológicos com incontáveis vítimas.

  1.  Dos fundamentalistas: Bush e Bin Laden

  1. Os muçulmanos combatem com o fundamentalismo suicidário as investidas do ocidente, pois acreditam que os seus interesses são materialistas e no petróleo.

  2. O fundamentalismo de Bush tem raízes religiosas, acreditando que Deus designou o povo americano para salvar o mundo, e assim agia.

  1. Como conviver com o fundamentalismo?

  1. Ao se derrubar uma verdade fundamentalista as outras são desmistificadas, gerando intolerância.

  2. Os fundamentalistas não possuem a capacidade de sorrir e de ter humor tornando-se irracionais e inacessíveis à argumentação. Levar o diálogo e trazer a realidade para o fundamentalista pode abrir uma brecha para a racionalidade.

  1. São Francisco, patrono do diálogo com os muçulmanos

  1. Em 1216 São Francisco foi ao Papa Inocêncio para convecê-lo de não guerrear com os muçulmanos, pois não era a vontade de Deus uma cruzada.

  2. Ele foi expulso e decidiu sozinho encontrar os muçulmanos. Foi levado até o sultão e tiveram uma conversa fraterna e respeitosa.

  1. O sufi islâmico Rumi, místico da paz e do amor

  1. Rumi é o São Francisco de Assis dos muçulmanos. Ao encontrar-se com Shams de Tabriz sua vida mudou. Esta experiência de união amorosa levou Rumi a produzir uma obra de 40.000 versos.

  1.  Terrorismo: a guerra dos fundamentalistas

  1. O terrorismo substitui o diálogo, possui caráter político é e consequência do fundamentalismo. Baseia-se na ocupação das mentes com medo e pavor. Os fortes usam o diálogo e os fracos o terror.

  1. A violência: desafio radical

  1. Os interesses coletivos devem-se sobrepor aos outros mantendo um equilíbrio entre conflito e paz. A raiva, que é comum a todos, deve ser sempre controlada.

  2. Segundo Freud a agressividade surge quando a vida é ameaçada. Para Girard, o desejo provoca conflitos, pois todos querem a mesma coisa. A culpa que sempre é atribuída aos outros faz surgir os denominados bodes espiatórios. O caminho mais curto para se chegar à paz é a educação.

  1.  A construção continuada da paz

  1. Os conflitos existirão enquanto não houver igualdade entre os homens; amando a humanidade a paz será construída.

  2. São Francisco de Assis afirma que todos somos irmãos. Para ele o mal deve ser superado pelo bem e a parte sã cura a parte doentia.

  1.     Incorporar o espírito de gentileza

  1. Sem o espírito de gentileza provocamos violência. Segundo Pascal (1623-1662) o espírito de gentileza representa a razão cordial e o espírito geométrico representa a razão calculatória.Estas duas razões são importantes hoje em dia, pois não poderíamos viver sem a ética e nem a ciência.

  1.  Resgatar a dimensão do coração

  1.  Devemos agir racionalmente e eticamente para unir ciência e inteligência emocional por um bem maior. Resgatando nosso coração sentimos em profundidade; esse é o grande desafio.

  2. Precisamos danificar menos o meio em que vivemos.

  1. Que provável futuro nos espera?

  1. Para Arnold Toynbee (1976) uma civilização se mantém e se renova na medida em que consegue equilibrar os desafios com as respostas que se pode dar. Se o número de desafios for maior que o de respostas, a civilização entra em crise e desaparece. Atualmente vivemos isso, pois existem muitos desafios graves

  2. O que nos espera depois desse mundo imperante? Para Jacques Attali existem três cenários: o superimpério, superconflito e superdemocracia. Este último precisa se realizar para que não haja uma autodestruição da humanidade.

  1. Conclusão_ O próximo passo: capital espiritual

  1. Continuarmos com o paradigma atual é muito arriscado, pois usa-se o poder como dominação da natureza e dos seres humanos.

  2. Precisamos passar do capital material para o capital espiritual, pois este não há limites para o bem comum a todos e pode superar a crise atual. Porém esta é uma decisão voluntária.

  3. Podemos escolher, mas, mesmo escolhendo o errado, o certo sempre se mantém presente.Este passo independe de religião, sendo algo próprio de cada pessoa.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.5 Kb)   pdf (112.4 Kb)   docx (14.8 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com