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Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social III

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Por:   •  15/11/2013  •  7.103 Palavras (29 Páginas)  •  739 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................4

2.1.1 A IMPORTANCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA ATUALIDADE..........................................................................................................................4

2.1.2 SERVIÇO SOCIAL E FILANTROPIA.............................................................10

2.1.3 A DINAMICA DO MERCADO DE TRABALHO NA ATUALIDADE.........................................................................................................................18

2.1.4 SERVIÇO SOCIAL E SISTEMA PENITENCIÁRIO.......................................21

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 23

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................25

1 INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta os dilemas e desafios da nova condição profissional dos assistentes sociais, realizado através de pesquisas sobre mercado de trabalho, identificando as características gerais da profissão e possibilidades de atuação nos setores públicos, privado e terceiro setor.

Analisar de forma crítica a diferença entre assistencialismo e serviço social, para refletirmos a particularidade do redimensionamento do mercado de trabalho do serviço social, com a inserção da terceirização na atualidade.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1.1 A IMPORTANCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA ATUALIDADE

A disciplina de Gestão e Avaliação de Políticas, Programas e Projetos Sociais tem instaurado junto aos acadêmicos de Serviço Social, uma reflexão sobre Gestão Social e suas implicações no cotidiano da prática do Assistente Social. Segundo Carvalho Gestão Social tem a seguinte representação:

A Gestão Social é a gestão das demandas e necessidades dos cidadãos. A política social, os programas sociais, os projetos são canais e respostas a estas necessidades e demandas. (Carvalho, 2005:19)

Entendemos ser de extrema importância neste sentido, fazer uma reflexão histórica sobre os aspectos que aborda as políticas públicas implementadas desde a década de 30, pois é neste período que o Serviço Social surgiu como profissão no Brasil. Nesta época o Serviço Social surge como profissão e vai se configurando segundo a necessidade do Estado juntamente com a Igreja no sentido de manterem o seu poder sobre a vida das pessoas. Neste como nos que antecedem esta década a “culpa” pelo estado de miséria que se encontravam as pessoas era do próprio indivíduo, não questionando o papel do Estado no que se refere às condições mínimas de sobrevivência das pessoas.

Neste percurso histórico surgem as Escolas Filantrópicas1 que primam por dar uma organização às formas de assistência social que se materializavam através de um assistencialismo. A esta condição, temos as relações de dominação de classe, através da articulação da burguesia com a igreja. Após a Revolução Industrial2 (Séc. XVIII) com o capitalismo surge a possibilidade de ampliar as relações capitalistas, através de mão de obra barata. Com as inovações tecnológicas, os capitalistas tinham a sua disposição à mão de obra excedente oriunda dos trabalhadores, pois a população, que vivia nos campos migrou para os grandes centros urbanos. Neste processo migratório, as pessoas buscavam melhores oportunidades de trabalho e melhores condições de vida.

Nesta condição de vida, os proletariados foram se instalando ao redor das indústrias em condições de vida precária, pois os donos do capital não tinham interesse em oferecer ao proletariado condições de vida e de bem estar. Nesta lógica de encaminhamento através das relações do capital e do trabalho, os trabalhadores permaneciam à disposição dos grandes donos do capital, ficando a tempo e hora que os capitalistas desejassem. Mulheres e crianças eram convocadas ao trabalho, com salários cada vez menores. O capitalismo se expandia e a pobreza também. Martinelli assim refere-se a este contexto histórico:

... tratava-se, porém, de uma luta inglória e desigual, pois os impactos produzidos pela Revolução Industrial eram macroscópicos, atingindo a sociedade como um todo. (Martinelli, 2007:38).

Neste sistema de organização social capitalista, a burguesia se aliava com a Igreja e o Estado para profissionalizar a assistência social. Um dos primeiros movimentos neste sentido se dá através da COS (Sociedade Organizada de Caridade) que foi fundada nos idos anos de 1869 na cidade de Londres e se baseou em alguns pontos que fundamentaram a prática de toda a Assistência Social dos dias atuais. A estrutura do Serviço Social na sua gênese era dirigida através de um instrumento de controle social no que se refere ao enfrentamento das expressões da Questão Social. O Estado primava por programar medidas legislativas através de uma assistência social populista e também assistencialista. A prática do Serviço Social tem a função ideológica de controle e legitimação pelo Estado como prática institucionalizada e de cunho eminentemente positivista. Para Iamamoto (2006:27) questão social é entendida como “o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura”. Assim a Questão social assume diferentes configurações de acordo com as tensões travadas entre diferentes atores sociais, em diferentes contextos históricos, implicando assim na construção de políticas sociais.

As instituições sociais implantadas após as primeiras escolas de Serviço Social eram de intenso jogo de interesses políticos e corporativos. O CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social) surge em 1938, com as funções de órgão consultivo do governo e das entidades privadas, bem como de estudar os problemas pertinentes ao Serviço Social. O CNSS caracterizou-se mais pela manipulação de verbas e subvenções, sugerindo às políticas

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