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História Social Da Criança

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Por:   •  8/11/2013  •  3.968 Palavras (16 Páginas)  •  399 Visualizações

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Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Educação

Disciplina: História Social da Criança

Profª: Ana Azevedo

Acadêmicos: André Luis Paula Calcides, Fátima Micaella de Oliveira, Flávia Amanda Santos Vieira, Marcleane Gomes Santos, Maria Iranilde S. Souza da Silva

Os Intelectuais na História da Infância

Marcos Cezar de Freitas

Moysés Kuhlmann Jr.

(Orgs)

São Cristóvão – SE

2013

A LINHA VERMELHA DO PLANETA INFÂNCIA:

O SOCIALISMO E A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA

Paolo Nosella*

INTRODUÇÃO

A intenção do subtítulo pretende expor um panorama das principais contribuições teóricas e práticas fornecidas pelo socialismo com referência à educação infantil.

Mas urge a dúvida: O que é Socialismo? É o mesmo que comunismo ou Marxismo? Parece estar tudo misturado e confuso, o que não era há vinte anos atrás.

Comunismo

• Sistema político, social e econômico.

• Organização política que pretendeu concretizar o ideal comunístico da propriedade coletiva e do planejamento centralizado da vida e de toda a comunidade.

Socialismo

• Em termos gerais, refere-se aos inúmeros programas políticos sociais, bem como suas teorias, elaboradas em defesa da classe trabalhadora

Comunismo

• Tem uma conotação de maior radicalidade.

Socialismo

• Fase transitória para o comunismo (Marx).

No âmbito da Revolução Inglesa e da Francesa surgem também grandes movimentos populares que praticam ideais comunistas. Destaca-se na Revolução Francesa o nome de François-Noel Babeuf e o Movimento denominado Babuvismo.

Karl Marx e Friedrich Engels representam até hoje a expressão máxima da elaboração teórica dos ideais comunistas.

A partir de 1917, Socialismo e Comunismo se tornaram opositor, e aos poucos o conceito de Socialismo perdeu o sentido de fase de transição para o comunismo e assumiu o sentido de sociedade embasada na democracia representativa e numa ampla política de proteção social, sobretudo das classes trabalhadoras.

Com a expressão “educação da criança” nos referimos às contribuições pedagógicas teórico-prático que se identificaram com os valores, as ideias e as propostas ideológicas socialistas, destacando a educação das crianças.

O Socialismo Utópico e a Educação da Criança

Período que vai da Revolução Industrial até a Publicação do Manifesto Comunista.

O Socialismo Científico e a Educação da Criança

Período que vai da Publicação do Manifesto Comunista à ascensão de Stalin.

O Socialismo Investigativo e a Educação da Criança

Período que vai da crescente divulgação e prestígio dos textos gramscianos aos dias de hoje.

*Bobbio diz que Gramsci introduziu na Itália o Marxismo Investigativo

PRIMEIRA PARTE: O SOCIALISMO UTÓPICO E A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA

O triste espetáculo que se abria aos olhos inconformados dos humanistas no final do século XVl era, em síntese, o seguinte: " A produção nos campos mudaria. Até então fundamentalmente agrícola, transformou-os em campos para a criação de ovelhas e para a caça. A cidade, consequentemente, sofrera também transformações profundas: as corporações se extinguiam e as manufaturas se expandiam.

Com isso homens, mulheres e crianças, expulsos de terra, se juntavam nas periferias da cidade, para sobreviverem, vendiam sua força de trabalho nas manufaturas e nas primeiras indústrias. Trata-se do fenômeno posteriormente chamado por Marx de "Acumulação primitiva" do capital, ou seja, esse termo foi criado por Marx para descrever a gênese histórica do capitalismo que precedeu a formação da produção capitalista, retirando os meios de produção das mãos dos produtores e convertendo gradualmente em trabalhadores assalariados.

Procuravam principalmente dedos pequenos e ágeis, ou seja, de crianças para dominar a maquinaria que era utilizada nas grandes fábricas, esses interesses eram dos feitores de escravos, de fazerem crianças trabalharem o máximo possível, pois sua remuneração era proporcional á quantidade de trabalho que elas podiam extrair. Ou seja, não ganhariam muito.

De certa forma, a importante função que a criança exerce na inicial acumulação de capital faz com que a sociedade pela primeira vez na história a tome a sério, mesmo que fosse, infelizmente, para explora-lá como força produtiva barata. Ou seja, a criança não tinha um sentido social para as sociedades ela começou a ser interessante para o capital quando começaram a ser autônomas de suas famílias pela legislação.

Foi uma legislação que, num primeiro momento, obrigou a criança a trabalhar, e a mesma mais tarde a liberou desse trabalho, ora os industriais urbanos utilizavam inescrupulosamente a mão-de-obra infantil, ora a dispensavam quando a maquinaria a substituísse. Num caso e outro, as crianças eram exploradas, abandonadas e malcuidadas. Eles reduziam o número de trabalhadores, pois com as crianças eles tinham menos gastos e mais produção.

O processo de industrialização transformada molecularmente toda a sociedade e, sobretudo, toda a família trabalhadora. Com a chegada da industrialização deixaram seus papéis de dona de casa e até mesmo de mãe para trabalharem, aumentando com isso suas dívidas já não fariam mais somente aquele papel de mãe e de dona de casa evitando com isso uma economia

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