Ilha Das Flores

O documentário, Ilha das Flores retrata a realidade socioeconômica do Brasil, um país emergente. Teorias já citadas por Karl Marx, sobre a desigualdade social, são retratadas de forma espontânea e com certa sátira em todas as etapas que o tomate passou no decorrer do processo econômico.

Mais que uma história de um tomate, o filme aborda a diferença social dos iguais seres humanos, mostrando que a liberdade é apenas uma questão econômica.

Com uma visão degradante da sociedade, Jorge Furtado mostra de forma contundente como o sistema econômico, no qual estamos inseridos, contribui para a desigualdade e a indiferença daqueles que estão tão profundamente excluídos da sociedade. Por meio de fatos corriqueiros, o autor narra a trajetória de alguns personagens divididos em classes sociais: uma dona de casa que vende produtos para ajudar no orçamento doméstico, um produtor de tomates, um fazendeiro e criador de porcos, uma fabrica e finalmente os moradores da Ilha das Flores. Na narrativa, muitas informações são mostradas através de uma linguagem científica, cuja intenção é a de “igualar” o ser humano por meio de descrições que denotam a raça humana. Contudo, mostra o desigual tratamento dado aos “iguais” seres humanos, colocando-os inferiores aos porcos. perdendo sua dignidade humana e sofrendo um lento processo de degradação dos direitos humanos. Na concepção do autor, o que determina a diferença entre os humanos é sua classe social e os bens que possui.

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