Introdução ao Pensamento Social

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO SOCIAL

1. Como o surgimento das ciências sociais (sociologia) se relaciona com os processos revolucionários em curso durante os séculos XVIII e XIX (sobretudo as revoluções francesa e industrial)? Por que a sociologia pode ser considerada uma “ciência da crise”?

R: Ainda nos séculos XVI e XVII aconteceram processos que mudaram a forma do homem pensar e se relacionar. Um desses processos foi a revolução científica, que colocou o homem num patamar de razão e que essa razão pode ajudar ele produzir conhecimento e coisas novas. Outro processo foi a reforma protestante, em que as críticas à igreja católica se intensificaram e promoveram novas religiões. A partir desses processos, quando a sociedade começou a mudar sua forma de pensar e as pessoas começaram a perceber que a religião católica não era única forma de ver o mundo e que o homem pode criar novas possibilidades através da ciência, desde então, começaram a pensar a sociedade de uma forma diferente. No século XVIII, a Revolução Francesa trouxe novas perspectivas e possibilidades, a França até então era um país absolutista e com visão estamental, na qual um monarca comandava sua nação, e a revolução acabou com esses padrões. A própria população guilhotinou o rei em busca de democracia, isso trouxe novos panoramas políticos. Já a Revolução industrial possibilitou mudanças econômicas, a indústria requer trabalhadores então as pessoas se deslocavam do campo e iam viver nas cidades, que foram aumentando de tamanho e de população, isso gerou maior convivência entre os indivíduos, uma relação em maior escala, além de aumentar a poluição ambiental. A sociologia se relaciona com esses processos, científico, religioso, político e econômico, pois com todas essas mudanças em um período tão “curto” da história gera uma necessidade de entendimento e então surge a sociologia, que estuda essas mudanças.

A sociologia pode ser considerada a ciência da crise justamente porque ela surgiu devido às crises sociais e processos revolucionários citados acima.

1. Os autores clássicos das ciências sociais se destacaram por produzir análises e interpretações de uma realidade em transformação (transição final do feudalismo para o capitalismo). Quais conceitos propostos por estes autores (Durkheim, Marx e Weber) e os fenômenos sociais que analisaram ajudam a entender essa transformação?

R: Os três autores se preocuparam em dar à sociologia uma dimensão científica, mas é Durkheim o responsável por fundar a sociologia como ciência social. Durkheim se preocupava mais com o aspecto de função que as pessoas cumpriam numa sociedade de forma a mantê-la mais coesa e é por isso que ele propõe o conceito de “fato social”, que tem como características ser geral, coercitivo e externo, e é importante para entendermos porquê a gente vive sobre o capitalismo e mesmo sendo anticapitalistas continuamos vivendo sob um consumo que é capitalista, isso porque o capitalismo exerce uma força coercitiva sobre as nossas vidas, ele é um fato social, é externo a nós e independe de nós e está no mundo inteiro, é uma característica central da sociedade.

Weber tem como principal conceito a “ação humana (social)”, que é como as pessoas realmente moldam a realidade ao seu redor, e aí ele tem uma preocupação maior com racionalidade. Ao tentar entender quais são as motivações por trás das ações humanas, as crenças, os valores, Weber tenta mostrar que quando essas ações se repetem e são compartilhadas elas vão começar a construir relações sociais.

Já Marx estava preocupado com as condições materiais da sociedade, para ele a vivência social como um todo é baseada e influenciada por relações de capital e as diferenciações econômicas que existem na sociedade vão gerar “classes sociais, classes que estão em posições diferenciadas. Para Marx há uma disputa econômica entre essas classes sociais devido a estarem em posições diferentes da produção e então ele diz que “a luta de classes move a história”, porque pra ele toda a alteração histórica vai ocorrer devido a essa disputa de classes, uma que é comandada e outra que domina (manda).

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