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Joao

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Por:   •  15/9/2014  •  Tese  •  453 Palavras (2 Páginas)  •  150 Visualizações

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Joao

Joao morava nas ruas há muito tempo, já havia visto de quase tudo, já havia passado fome, já havia passado frio, porém João não era sozinho. João tinha mãe, João tinha pai e irmão, e mesmo assim não queria sair daquela situação.

Os familiares de João nunca entenderam essa loucura, porque viver na miséria se poderia ter uma casa naquela mesma rua? Enviaram amigos, policia, e até padre, mas João estava convicto, não precisava de resgate. Desesperados os familiares imploraram para João pelo menos ser tratado, chamaram um psicólogo recém-formado, acompanhado de uma assistente social estagiaria.

Ao voltarem da intervenção, ali mesmo no meio da metrópole, no calçadão, Joao e não tinha passado impressão de ser louco, longe dissonem mesmo um pouco. O psicólogo deu o diagnostico, e disse que João não queria ter teto, nem precisava de tanto afeto, João queria sempre dormir em lugares diferentes, ver pessoas diferentes, ao ar livre, ser gente, diferente da gente, João, enfim, queria ser livre.

Mayara

Diferente de todos, meu nome não tem uma historia legal, sou mais uma de tantas que a mãe olhou pra cara e disse “ essa tem cara de Mayara”, e assim ficou. Nasci dia 3 de outubro de 1994, dia de eleições, minha mãe comenta que sentiu as dores do parto enquanto estava votando e eu sempre me pergunto: porque diabos ela foi votar com contrações? Nunca vou saber.

Cresci em São Paulo e meu nome lá não era muito comum, mesmo tendo uma Mayara na mesma rua, mas também era a única Mayara além de mim que eu conhecia. Sempre gostei do meu nome, e gosto até hoje, acho que combina comigo, não sei. Se tivesse a opção de escolher, Larissa, Raissa, Leticia, Nem um desses cairiam tão bem em mim quanto o meu.

Aos 10 anos me mudei para o Rio Grande Do Norte, e encontrei uma infinidade de Mayara’s, nenhuma que combinasse com esse nome tanto quanto eu. Logo ouvi meu pai dizer em alguma situação: “Agora eu sei por que sua mãe escolheu esse nome para você, o lugarzinho para ter Mayara”. Ele estava certo, eu nunca fui uma Mayara solitária desde que cheguei aqui, na minha atual sala da faculdade também não sou, às vezes chamo sem querer outras Mayaras de Nayaras, sempre achei que fosse meu subconsciente querendo que eu fosse a única, talvez.

Enfim, apesar de tudo minha mãe fez uma boa escolha, ela estava certa quando olhou pra mim naquele 3 de outubro. A única coisa que me irrita mesmo, do fundo do coração, é quando a atendente do Mc Donalds anota meu pedido e pergunta meu nome pra escrever na nota, sempre, sempre , qualquer atendente vai escrever Maiara ao invés de Mayara.

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