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Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiásticos e civil.

Por:   •  23/1/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.603 Palavras (7 Páginas)  •  449 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Ciência Politica

Professora: Eide

Gabriel Podadeiro Bianchi Costa RA:95445

HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiásticos e civil.

Introdução:

Para Hobbes, o estado é visto como um animal artificial. Esse animal é criado pelo homem a sua imagem e semelhança de forma figurada, ele é maior e mais forte que qualquer outro homem e seu objetivo é de proteger.

A soberania desse homem vem de uma alma artificial e seu corpo é composto de magistrados e outros funcionários judiciais ou executivos, os nervos que compõem esse corpo é o castigo e a recompensa, sua força vem de sua riqueza e prosperidade e seu objetivo é a proteção do povo.

O livro foi escrito no período em que ocorria a guerra civil na Inglaterra o que para Hobbes era considerado a morte do estado, o que deixa clara seu posicionamento em relação aos acontecimentos da época.

É grande a importância que Hobbes dá ao sentimento humano como mostra o seguinte trecho:

     “… a partir da semelhança entre os pensamentos e paixões dos diferentes homens, quem quer que olhe para dentro de si mesmo, e examine o que faz quando pensa, opina, raciocina, espera, receia, etc., e por que motivos o faz, poderá por esse meio ler e conhecer quais são os pensamentos e paixões de todos os outros homens, em circunstâncias idênticas”. (HOBBES, 1988, p. 6).

      “Aquele que governar uma nação inteira deve ler, em si mesmo, não este ou aquele indivíduo em particular, mas o gênero humano”. (HOBBES, 1988, p. 6).

Capítulo XIII

Da condição natural da humanidade relativamente à sua felicidade e miséria:

Apresenta os homens como iguais perante a natureza tanto do corpo quanto do espírito. A igualdade  perante a faculdade do corpo vem da ideia de que até o mais fraco tem força para derrotar o mais forte seja por secreta maquinação ou juntando forças com outros. Já a faculdade do espírito tem uma maior igualdade do que a igualdade de força pois ela se encontra na prudência que nada mais é do que a experiência adquirida com o tempo. Por vaidade os homens negam essa igualdade e dificilmente acredita que exista tão sábios quanto ele próprio, como fica claro no trecho seguinte:

“Pois a natureza dos homens é tal que, embora sejam capazes de reconhecer em muitos outros, maior inteligência, maior eloquência ou maior saber, dificilmente acreditam que haja muitos tão sábios como eles próprios; porque veem sua própria sabedoria bem de perto, e a dos outros homens a distância”. (HOBBES, 1988, p. 74).

Quando dois ou mais homens têm um mesmo desejo apenas um deles poderá usufrui-lo fazendo desses homens inimigos e na tentativa de alcançar seu objetivo tudo é valido e uma vez que se tem a  posse de algo é provável de esperar que venham outros para privá-lo de suas posses portanto Hobbes afirma que: “É contra esta desconfiança de uns em relação aos outros, nenhuma maneira de se garantir é tão razoável quanto a antecipação (HOBBES, 1988, p. 75).

 O homem em seu estado de natureza disputa entre si e as principais causas dessa discórdia, nas palavras de Hobbes;

  “De modo que na natureza do homem encontramos três causas principais de discórdia. Primeiro, a competição; segundo, a desconfiança; e terceiro, a glória.

A primeira leva os homens a atacar os outros tendo em vista o lucro; a segunda, a segurança; e a terceira, a reputação (HOBBES, 1988, p. 75).

Quando não se tem algum poder em comum que mantêm a paz entre os homens, eles se encontram em estado de guerra de todos contra todos. Uma vez instaurada esse estado de guerra não existem avanços como indústrias, não há cultivo nem navegação e mais uma série de coisas que são deixadas de lado por conta desse estado de guerra, outra consequência é que não se tem noção de igualdade de bem e de mal e de injustiça “onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça (HOBBES, 1988, p. 77).

Para que haja paz os homens têm que chegar a um acordo e tem que ter em mente as seguintes paixões: o medo da morte, o desejo de uma vida confortável e a esperança de consegui-la através do trabalho.

Capítulo XIV

Da primeira e segunda leis naturais, e dos contratos:

O homem tem um direito natural que consiste em poder fazer o que quiser na hora que quiser ou melhor dizendo “a ausência de impedimentos externos”.

Existem também uma lei natural, essa lei proíbe o homem de fazer tudo o que possa destruir sua vida ou tirar o direito de preservá-la.

O direito natural e a lei natural são bem diferentes, enquanto o direito natural permite agir como bem entender. Já a lei natural não, ela obriga a agir de modo que a preservação da vida venha em primeiro lugar.

Existem duas leis fundamentais da natureza. A primeira consiste na procura da paz; a segunda lei consiste em que os homens concordem em renunciar seu direito natural para que sua liberdade seja a mesma em relação a outro homem e tal renuncia é necessária para que se tenha a paz e a defesa de si mesmo. O motivo dessa renuncia, dessa transferência de direito é a segurança pessoal quanto a sua vida e os meios de preservá-la.

Dada a transferência mutua de direitos, temos um contrato. Uma vez estabelecido o contrato é necessário que se tenha um poder comum, com direito a força para impor o cumprimento do contrato pois a desconfiança de alguns anula esse pacto o que faz com que volte a condição de guerra de todos contra todos, outra maneira de se manter o pacto é utilizando o medo das consequências ou o orgulho de não precisar faltar a ela. Quando se transfere o direito de governar a um soberano, lhe dá o direito de recolher impostos e de designar magistrados. Um pacto anterior anula um posterior, uma vez que já transferido seu direito, não se pode transferir para outro.

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