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Manifesto Comunista - Fichamento

Por:   •  10/6/2018  •  Resenha  •  1.788 Palavras (8 Páginas)  •  345 Visualizações

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O Manifesto Comunista foi escrito por Marx e Engels e tem como objetivo expressar as maneiras de pensar e os objetivos dos comunistas. O texto é dividido em quatro partes:

Parte 1: Burgueses e Proletários

O texto se inicia falando sobre a constante relação existente entre opressores e oprimidos. A sociedade, durante todo o recorrer de sua história, foi sempre pautada em diferenças de classes, e essas classes traçam lutas entre si. A sociedade burguesa, emergente do fracasso da sociedade feudal, encaixa-se nesse mesmo padrão, apenas colocando novas classes, padrões de opressão e novas estruturas de lutas.

A sociedade burguesa surgiu graças à expansão dos mercados. O sistema feudal já não comportava o rápido desenvolvimento ligado ao comércio, navegação e indústria, necessitando então da criação de um novo sistema que suprissem todas as necessidades dessa expansão. Então, conforme os meios de produção foram sendo substituídos — da manufatura para as indústrias — a burguesia foi expandindo-se, passando a multiplicar seus capitais e empurrando a um segundo plano todas as classes provenientes da Idade Média.

Estas etapas de desenvolvimento da burguesia no âmbito dos meios de produção e de transportes também vieram acompanhadas de um progresso na política. O poder, anteriormente nas mãos daqueles que detinham laços que atavam o homem a seres superiores a partir de relações sentimentais, passou agora àqueles que possuem laços apenas monetários.

Graças à necessidade de expansão, a sociedade burguesa não se estabeleceu somente em no âmbito nacional, mas sim mundialmente. Segundo Marx & Engels: “Ela tem de alojar-se por toda parte, estabelecer-se por toda parte, construir vínculos por toda parte.”. Os produtos passam a ser consumidos não somente em solo nacional, mas sim mundialmente, e a necessidade de consumo não somente de produtos diferentes, mas também de produção intelectual diferente, leva os produtos de uma escala de isolamento local para o compartilhamento geral, uma interdependência múltipla das nações.

A burguesia, através das comunicações infinitamente facilitadas, arrasta todas as nações para dentro da civilização. Ela obriga todas as nações que não querem desmoronar a fazer parte de seu sistema, a tornarem-se burguesas.

Assim, ela aglomerou a população, tirando grande parcela dela do meio rural e colocando-a em grandes cidades; centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos.

Toda essa mudança, porém, gera crises. A burguesia, ao fomentar todo esse novo sistema de sociedade, ao mesmo tempo constrói formas de também de destruí-lo. E, segundo Marx & Engels, é a classe dos operários modernos, o proletário, é a arma responsável pela possibilidade dessa destruição.

O proletário é a classe da burguesia que virou apenas mais uma mercadoria dentro de todo o sistema. Eles só subsistem enquanto encontram trabalho, e só encontram trabalho se seu trabalho aumentar o capital. Esse trabalho perdeu toda a sua autonomia, tornando-se apenas mais um instrumento para o funcionamento das máquinas e o andamento das indústrias. Dentro delas, os operários são dispostos como soldados, e obedecem a suboficiais e oficiais. Não há mais distinção entre homens e mulheres, já que o trabalho requer poucas habilidades. O proletário é recrutado de todas as classes da população.

Para Marx & Engels, o proletário é a única classe dentro da sociedade burguesa que é realmente revolucionária. Seu movimento é da maioria esmagadora em benefício da maioria esmagadora, por isso, eles detêm o poder de ruir com toda a superestrutura dos estamentos da sociedade oficial.

Ao final da primeira parte, os autores concluem o raciocínio sobre a burguesia e o proletário da seguinte forma: para que exista um antagonismo entre classes (opressora e oprimida), é necessário que o sistema consiga pelo menos condições para que a classe oprimida mantenha sua existência servil. O operário, dentro da sociedade burguesa, não consegue nem ao menos as condições básicas para sua própria classe. Portanto, o sistema burguês é incapaz de dominar porque nem ao menos tem a base para sustentar seus explorados. Por fim, afirmam: “A sociedade não pode mais viver sob a burguesia, isto é, a vida desta não é mais compatível com a sociedade.”

Parte 2: Proletários e Comunistas

Essa parte inicia-se constatando a relação entre o proletário e os comunistas, dizendo que os comunistas só se diferenciam dos demais partidos proletários porque defendem as lutas dos proletários, independentemente da nacionalidade, representando os interesses do movimento em seu conjunto. Os objetivos dos comunistas são a formação do proletariado em classe, a derrubada da dominação burguesa e a conquista do poder político pelo proletariado. Suas proposições teóricas não derivam em ideias, mas sim das expressões gerais de relações efetivas de uma luta de classes existente. A partir disso, os autores começam a discorrer sobre o que se trata a teoria do comunismo.

Assim, afirmam: “os comunistas podem resumir a sua teoria na única expressão: supressão da propriedade privada.”

A ideia da abolição da propriedade privada da burguesia é pautada na relação entre o capital e a propriedade. Dentro da sociedade burguesa, a força de trabalho é vendida e o que é recebido pelo proletário é apenas necessário para sua subsistência. Esse capital recebido não dá a possibilidade ao proletário de desenvolver-se pessoalmente, enquanto pessoa detentora de sua própria propriedade. O capital não é uma potência individual, mas sim uma potência social.

O objetivo dentro da sociedade comunista, portanto, é que o trabalho acumulado seja um meio para ampliar, enriquecer e fomentar o processo de vida do operário, e não apenas mais um meio de multiplicar o trabalho acumulado, utilizado apenas para o interesse da classe dominante.

Segundo os autores: “O comunismo não tira de ninguém o poder de apropriar-se de produtos sociais, ele apenas tira o poder de subjugar trabalho alheio mediante essa apropriação.”

Os autores continuam, então, rebatendo críticas dos burgueses, relacionadas à família, educação, posição das mulheres e a nacionalidade, posicionando o comunismo dentro dessas questões, sempre pontuando quais seriam as soluções para os problemas apontados pela classe burguesa.

É reforçada novamente a forma como o comunismo iria trabalhar em cima da luta de classes. Os autores discorrem sobre como a relação entre oprimido e opressor sempre ocorreu, somente em outras configurações, e como isso entra

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