Materialismo Histórico Dialético.

Inicialmente devemos ressaltar que chamamos de materialismo dialético porque o meio de abordagem dos fenômenos naturais, métodos de estudos é dialético (abre espaço a contradições e questionamentos) e a interpretação dos fenômenos é materialista. Logo, o materialismo histórico aplica o materialismo dialético através do estudo de como se constitui os fenômenos sociais.

A dialética hegeliana se levanta, afirmando a contradição, o conflito, como a própria substância da realidade, a qual se supera num processo incessante de negação, conservação e síntese.

A ótica dialética cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam da negação de uma determinada ordem. A compreensão positiva das coisas inclui, ao mesmo tempo, o conhecimento de sua negação fatal, de sua destruição necessária, porque ao captar o próprio movimento, do qual todas as formas acabadas são apenas uma configuração transitória, nada pode detê-la, porque em essência é crítica e revolucionária.

Marx acreditava então que não seria necessário apenas um reconhecimento do movimento dialético, mas sim seria necessário que cada fenômeno social fosse submetido à crítica para melhor estudo do mesmo.

De acordo com Marx os indivíduos são a primeira condição de toda história humana. Para existência das relações humanas faz-se necessário à presença dos indivíduos e suas relações ente si.

O materialismo histórico nos diz que as relações materiais que os homens produzem estabelecem seus meios de vida formam a base de todas as relações, onde todos os processos ligados a produção são históricos, tais como ideias, concepções, gostos, crenças, ideologias, etc.

As produções entre os homens em uma visão materialista e dialética são modificáveis, não se apresentam fixas e podem variar de acordo com o tempo e sociedade existente.

Com o método histórico dialético, Marx estudou conceitos aplicados às relações sociais, principalmente aquelas referentes às formas de produção que moviam a economia.

Com a dialética, mostrava elementos contraditórios e os questionando transformava-os em um novo fato para estudo, continuando o método histórico.