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Mediação E Arbitragem

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Por:   •  8/4/2014  •  964 Palavras (4 Páginas)  •  174 Visualizações

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FESP – FACULDADES

Disciplina – Mediação e arbitragem

Profª. Thiago

Aluno: Josenildo Almeida Lira

Estudo dirigido

Documentário: “A morte inventada”

JOÃO PESSOA

Novembro 2013

“A morte inventada”. Trata-se de um vídeo, lançado em 2009, de longametragem elaborado sob o formato de documentário, que traz depoimentos de pais, filhos e profissionais envolvidos com o tema Alienação Parental. Diante das graves consequências de tais práticas para o pleno desenvolvimento da criança e visando esclarecer o fenômeno entre as famílias.

O título faz referência a um crime intencional e a ideia é reiteradamente mencionada ao longo do vídeo, quando os depoentes alinham o conceito de alienação parental a “matar a imagem do outro dentro de alguém”.

A denominação dada pelo diretor tem sido considerada muito adequada - tamanha a gravidade do fenômeno. Nesse ponto, é mister diferenciar os dois termos comumente confundidos: segundo Darnall (1999), enquanto a alienação parental refere-se ao processo de afastamento empreendido pelo genitor; a síndrome de alienação parental diz respeito às consequências emocionais e comportamentais apresentadas pela criança vítima do processo.

O tema do documentário não poderia ser mais pertinente, já que questões envolvendo relações conjugais e parentais têm sido recorrentes nos noticiários nacionais, como a guarda compartilhada, a Nova Lei do Divórcio e o próprio projeto de lei que objetiva regular a atuação dos genitores em relação à Síndrome da Alienação Parental. Assim, percebe-se que os conflitos familiares estão, cada vez mais, extrapolando o limite do privado e alcançando determinações judiciais. E isso porque, na grande maioria das vezes, a sociedade recorre ao Judiciário em função da inabilidade para resolver os próprios conflitos ou da impossibilidade de se chegar a arranjos consensuais.

Foi a partir da vivência dessa situação que o diretor Alan Minas sentiu-se impulsionado a criar o documentário. Esse é seu primeiro longa-metragem, tendo em seu currículo o roteiro e direção de cinco curtas-metragens, dois dos quais premiados em festivais nacionais.

No documentário, a articulação entre a teoria sobre a síndrome, explicada pelos profissionais, e a prática vivenciada pelas famílias depoentes é feita de forma coerente e bem estruturada. Para auxiliar essa conexão, o diretor faz uso de um recurso ficcional, em que durante a narração do texto, redigido e realizada por ele próprio, são apresentadas imagens de ambientes vazios, ainda que em funcionamento, como parque infantil, praia, jardim e labirinto de concreto, o que imprime um tom melancólico e solitário à produção, sentimento muito próximo daquele vivenciado pelos pais vítimas de alienação parental.

Dentre os casos apresentados, alguns se destacam, seja pela forte emoção transmitida pelos depoentes, seja pelos inimagináveis recursos utilizados pelos alienadores, seja ainda pelo grau de desgaste das relações familiares.

Um dos casos refere-se à atitude da genitora em relação às filhas, marcada por sentimento de posse e necessidade de controle, aspecto considerado típico de um genitor alienador (Associação de Pais e Mães Separados, 2007; Fonseca, 2006; Magalhães, 2009).

Destaca-se ainda o afastamento causado pelo genitor entre a ex-esposa e o filho, que conta que “só conseguiu dar um beijo no rosto do filho quando este tinha 18 anos”, bem como o relato de um pai, que precisou recorrer a uma ação policialesca hollywoodiana para buscar as crianças, mesmo de posse do documento oficial que lhe concedia a guarda. Contudo, sem dúvida, o relato mais comovente é feito por uma jovem que passou 11 anos sem conviver com o pai, com quem retomou o contato recentemente. Ela lembra da obrigação que sentia de se aliar

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