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Memorial Da Minha Infância

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Por:   •  22/7/2013  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  15.209 Visualizações

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Encontro-me no ano de 2010 com o grande desafio de escrever meu Memorial de Infância, uma exigência para concluir o Curso de Extensão Universitária EAD – A brinquedoteca e o brincar na escola: O enriquecimento do aprender na Educação Infantil e no Ensino Fundamental (Modulo I) do Centro Universitário Claretiano - Batatais -SP

Eunice Mendes

1. INTRODUÇÃO

Refletindo sobre o que diz Bosi (1995)

Na maior parte das vezes, lembrar não é reviver, mas

refazer, reconstruir, repensar, com imagens e idéias de

hoje, as experiências do passado. A memória não é

sonho, é trabalho. (Bosi, 1995:55)

Ah, quem dera poder voltar a ser criança! ...Quem não gostaria não é mesmo? A infância para mim é lembrada com alegrias, emoções e muitas saudades.

Neste memorial irei destacar algumas lembranças de brincadeiras e dos brinquedos que constituíram minha infância e que considero relevantes.

Desde os tempos mais remotos, o homem já possuía uma imensa sabedoria. Sabia que a brincadeira era muito importante para o desenvolvimento integral do ser humano. A brincadeira continua presente em nossas vidas desde o nascimento até a fase adulta, é a forma mais agradável de expressarmos a liberdade e o prazer.

1.1 O que é brinquedo?

Para a autora KISHIMOTO (1994) o brinquedo é compreendido como um "objeto suporte da brincadeira", ou seja, brinquedo aqui estará representado por objetos como piões, bonecas, carrinhos etc. Os brinquedos podem ser considerados: estruturados e não estruturados. São denominados de brinquedos estruturados aqueles que já são adquiridos prontos, é o caso dos exemplos acima, piões, bonecas, carrinhos e tantos outros.

Os brinquedos denominados não estruturados são aqueles que não sendo industrializados, são simples objetos como paus ou pedras, que nas mãos das crianças adquirem novo significado, passando assim a ser um brinquedo. A pedra se transforma em comidinha e o pau se transforma em cavalinho. Portanto, vimos que os brinquedos podem ser estruturados ou não estruturados dependendo de sua origem ou da transformação criativa da criança em cima do objeto.

2. DESENVOLVIMENTO

Janeiro-1962, data de meu nascimento, meus pais moravam em um sítio no interior de São Paulo.Fui criada em uma família nuclear, em que o pai aparece como figura forte e dominante, onde imperou o sentimento da moralização, a preocupação com o bem estar, a disciplina, a higiene e a saúde dos filhos. Somos cinco irmãos, sendo eu a primogênita. Meus pais proviam de poucos recursos, porém tinham cuidados até exagerados com o brincar, a educação e a saúde dos filhos. Lembro da preocupação, sofrimento e cuidados dos meus pais quando a minha segunda irmã com dez anos de idade teve coqueluche e nefrite aguda2.

Minha infância, até seis anos de idade, foi vivida na área rural, porém foi um tempo de grandes descobertas, de brincar, construir, destruir, inventar, viver na imaginação e com algumas aventuras também. Vivi momentos felizes, com as brincadeiras aos arredores da nossa casa brincando com minhas irmãs e duas irmãs japonesinhas, filhas de um casal amigos dos meus pais, que moravam no mesmo sítio numa casa ao lado da nossa

Meus pais trabalhavam na lavoura e eu juntamente com minhas irmãs brincávamos embaixo de arvores próximo ao local que eles executavam os trabalhos, em meio a plantação de milhos com “bonequinhas de espigas de milho”, brincávamos de fazendinha com cavalos de pau, animaizinhos confeccionados com alguns legumes e frutas que encontrávamos.

Embora meus pais trabalhassem muito, tive uma família sempre reunida e lembro que meu pai era um excelente contador de “causos”, suas estórias eram ricas de imaginação e surpresas. A magia de suas histórias prendia a minha atenção por horas e estes momentos tiveram em minha formação profundas marcas positivas, ele sempre contava algumas estórias para os filhos..

Durante minha infância meus pais me proporcionaram muitas alegrias, principalmente quando íamos passear à casa de meus avós e tios que moravam em cidades próximas. Estes passeios aconteciam em finais de ano – Natal e Ano Novo e foi em um desses natais que ganhei minha primeira boneca. Lembro-me que era um boneca bem simples, era pequena, inteira de plástico, carequinha, “não mexiam os braços nem as pernas”, e tinha um vestido rosa e sapatinhos branco, enfim..... era uma boneca e isso foi importante para mim. Nessas festas de finais de ano encontrávamos, primos, primas, tios e tias da mesma faixa etária e brincávamos bastante de esconde-esconde, amarelinha, brincadeiras de casinha com nossas bonecas e pular corda era a nossa brincadeira preferida.

Julho de 1968 minha família se mudou para uma pequena cidade no interior de São Paulo. Não tínhamos televisão nesta época, tive poucos brinquedos “industrializados”, porém meu pai sempre inventava um brinquedinho e alguma coisa para eu brincar. Lembro que meu pai fez um balanço com cordas na área da nova casa e juntamente com minhas irmãs, divertíamos muito. Uma vez derrubei minha irmã menor do balanço ela ficou por alguns

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