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Mulheres Caladas, Dores Negligenciadas: Um Problema na Rússia

Por:   •  31/3/2017  •  Ensaio  •  417 Palavras (2 Páginas)  •  156 Visualizações

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Recentemente, uma emenda sancionada pelo atual presidente russo Vladimir Putin amenizou as penas para quem comete o crime de violência doméstica: um evidente exemplo de desrespeito ao que está explicitado na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A violência doméstica é um problema gravíssimo que, historicamente, tem sido reflexo de sociedades machistas e com estruturas sociais baseadas no sistema patriarcal – como, por exemplo, a Rússia.

O imaginário machista defende a tese de que o indivíduo masculino representa superioridade em relação ao feminino, ideal completamente contrário ao que consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos que, no artigo segundo, explica que qualquer indivíduo tem o direito de invocar seus direitos, independentemente de seu sexo. Em outras palavras, homens e mulheres deveriam ter direitos iguais, algo que ocorre, infelizmente, apenas na teoria. Isso tudo sem contar que a emenda também fere o artigo quinto: “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”; a emenda possibilita a perpetuação da violência na sociedade.

De modo a tentar combater o machismo enraizado na sociedade e evitar seus efeitos, surgiu o movimento social denominado feminismo, que visa, principalmente, destruir a hierarquia naturalizada existente entre os sexos masculino e feminino, de tal maneira que todos possam, verdadeiramente, ter direitos iguais – o que é garantido pela Declaração.

As mulheres russas, vivendo sobre a ação da emenda sancionada por Putin, deveriam encontrar todo o apoio no movimento feminista, de modo a rebelarem-se contra essa medida (além de outras causas, claro). Entretanto, isso é bem improvável de acontecer na Rússia, devido ao rigor de suas leis e de sua postura evidentemente intolerante (a Rússia é conhecida, por exemplo, por ser um país onde a LGBTfobia é fortemente presente: como via de exemplo, temos que transexuais e transgêneros não podem tirar carteira de motorista, pois são considerados como pessoas com “transtornos mentais”).

Por fim, vemos que uma solução provável para diminuir os efeitos da sanção da emenda citada é a luta individual de cada mulher, sem uma ajuda notória da coletividade - isso sem contar que o movimento feminista vem se enfraquecendo e se tornando cada vez mais segregacionista, mas isso é uma questão à parte. Através do processo de diálogo de desconstrução das pessoas que estão à sua volta, as mulheres podem, cada vez mais, lutar pelos direitos que deveriam lhes ser inerentes, naturais e assegurados pela legislação: cada pequeno gesto ajuda, mesmo que o mínimo possível, para um futuro idealizado, utópico: quando todos poderão gozar da paz, sem distinções.

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