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O Fichamento Leviatã

Por:   •  20/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  381 Palavras (2 Páginas)  •  72 Visualizações

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O teólogo Martinho Lutero foi um dos personagens mais importantes da Reforma Protestante, ocorrida no século XVI, um movimento que se destacou por alterar as condições entre a Igreja e o Estado e, consecutivamente, da fé e da política. Nesse sentido, nesse trecho de sua obra o autor se propõe a discutir (Lutero, 1995, p.38), “até onde se estende a autoridade secular”, utilizando como referência a própria bíblia cristã. Dessa forma, será descrito quais são os limites dessa autoridade para que não ultrapasse o governo e o reino de Deus.

Em primeiro lugar, é importante destacar que os dois reinos, o de Deus e o secular, são governados por leis. Nessa perspectiva, cada um legisla de acordo com determinados assuntos (Lutero, 1995, p.39), assim, o governo secular não se estende além do corpo, dos bens e das questões exteriores e terrenas, enquanto o governo de Deus, não permite que outro perpasse em relação as leis da alma, apenas ele legislando sobre. No entanto, quando um príncipe ou outro líder, impõe às almas uma lei que as obriguem a crer naquilo que essa autoridade acredita, estará ultrapassando as fronteiras destinadas ao governo de Deus.

Além disso, vale ressaltar que as maneiras como os indivíduos acreditam são aspectos que concernem apenas a eles, assim, Lutero (1995, p.43) destaca que, “a fé é livre, e ninguém pode ser compelido a crer”. Dessa maneiram, a autoridade secular não pode julgar as crenças dos outros e nem usar da coerção para fazê-la, é uma consciência individual. Logo, fica evidente que esses líderes ultrapassam os limites jurisdicionais que competem a eles, na tentativa de influenciar as vidas religiosas das pessoas. Porém, mesmo com tamanhas injustiças, os cristãos devem acatar as ordens da autoridade secular, com apenas uma resistência passiva.

Por fim, Lutero (1995, p.44) ainda tece uma crítica aos Papas e bispos, expondo que ao invés de pregar a Palavra de Deus efetivamente, esses tornaram-se príncipes seculares, governando apenas em relação à vida e às possessões materiais, não mais para a salvação das almas, tornando-se tiranos espirituais. Em resumo, as fronteiras que o autor encontra entre os reinos seculares e o de Deus, são sobre a legislação das almas, em que essa fica apenas a cargo de Deus governar.

Referências:

LUTERO, Martinho. Sobre a autoridade Secular. São Paulo: Marins Fontes, 1995.

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