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O Plano Cruzado

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Por:   •  21/11/2014  •  Tese  •  2.125 Palavras (9 Páginas)  •  230 Visualizações

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Collor I Collor/Zélia Cruzeiro Mar/90 –

Collor II Collor/Zélia Cruzeiro Jan/91 –

FHC/Itamar Itamar/FHC Cruzeiro Real Ago/93 1.000

Real Itamar/FHC Real Jun/94 2.750

Fonte: Gremaud, 2005.

4.1. O Plano Cruzado

Lançado em 28/02/1986, foi uma tentativa de romper com a tendência inflacionária e também de alongar os horizontes de cálculo e trazer a “normalidade” para as regras de formação de preços.

Principais medidas adotadas:

a) Correção dos salários pelo seu poder de compra médio dos últimos 6 meses acrescido de:

– Abono de 8%;

– Abono de 16% para o salário mínimo (objetivo de transferir renda aos assalariados); e

– Gatilho salarial (quando a inflação acumulada atingisse 20%).

b) Congelamento e tabelamento de preços a preços do dia (28/02/1986)

– Alguns setores já haviam reajustado seus preços;

– Outros setores foram pegos de surpresa com preços ainda defasados;

– Dificuldade de tabelar produtos como roupas, moradia, ..., ou seja, produtos não padronizados;

– Os empresários aprenderam a maquiar seus produtos para fugir do tabelamento, realizando;

– Mudanças simples na composição dos produtos;

– Mudanças na quantidade por unidade de venda;

– Notas fiscais com descontos que iam reduzindo ao longo dos meses; e

– Etc.

c) A taxa de câmbio permaneceu fixa durante 9 meses, enquanto vários preços internos subiaram.

– Incentivou as importações;

– Desincentivou as exportações; e

– Provocou erosão das reservas internacionais.

d) Ocorreram modificações nas regras referentes aos ativos financeiros. As ORTNs foram substituídas pelas OTNs, que ficaram com seu valor congelado durante 12 meses, e as cadernetas de poupança teriam correção monetária mas com reajustes trimestrais.

Como não foram estabelecidas metas para as políticas monetária e fiscal, o plano pode ser considerado totalmente heterodoxo.

4.2. O Plano Cruzado II

Lançado em 21/11/1986, visava controlar o déficit público pelo aumento da receita em 4% do PIB, com base no aumento de tarifas e impostos indiretos. Foi uma tentativa de alinhar alguns preços, principalmente dos bens de consumo da classe média.

No entanto, devido a pressões de vários setores, ocorreu a incorporação dos aumentos dos impostos e tarifas, e com isso:

– Disparou o gatilho salarial;

– Jan/87 a inflação atingiu 16,8% a.m.;

– Fev/87 – anúncio de moratória;

– Abril/87 – a inflação superou 20% a.m.;

– Exigências de juros mais altos em razão das expectativas inflacionárias;

– Cai o Ministro Dilson Funaro; e

– Entra o Ministro Bresser Pereira.

4.3. O Plano Bresser

Lançado em junho de 1987, ao contrário do que se supunha no Cruzado, o Plano Bresser era um plano de emergência. O ministro assumiu sinalizando rumo à ortodoxia.

Principais medidas adotadas:

– Congelamento de salários por três meses;

– Congelamento de preços por três meses;

– Desvalorização cambial de 9,5% em 12/06/87 e não congelamento da taxa de câmbio, mantendo as mini-desvalorizações diárias em ritmo menor;

– Aluguéis congelados; e

– Criação da Unidade Referencial de Preços (URP) que corrigia o salário dos três meses seguintes, a partir de uma taxa prefixada com base na média geométrica da inflação dos três meses anteriores, entrando em vigor a partir de setembro.

Diferentemente do Plano Cruzado, o Plano Bresser adotou política monetária e fiscal ativa, com manutenção da taxa de juros real positiva. Estas medidas inibiram a especulação com estoques e inibiram o aumento da demanda.

O Plano Bresser teve como resultados, a recuperação da balança comercial, a queda significativa da produção industrial e a queda inicial da inflação. No entanto, as pressões por aumentos salariais para reposição das perdas, geravam pressões de custo, o que, em uma economia onde os mecanismos de indexação haviam sido preservados, conduzia a uma rápida aceleração inflacionária. Ocorreu então o recrudescimento da inflação.

Em dezembro de 1987 pede demissão Bresser e assume o Ministro Mailson da Nóbrega.

4.4. Os Planos Verão I e II

A exemplo do Plano Bresser, continha elementos ortodoxos e heterodoxos.

O governo, entretanto, não adotou ajuste fiscal, em razão de estar em ano de eleições. O déficit fiscal levou ao descontrole monetário, levando à aceleração inflacionária no último ano do Governo Sarney, em 1989, atingindo o nível de 80% a.m.

Foram características do Governo Sarney, um grande descontrole das contas públicas, com aumento nos déficits operacionais e crescente endividamento interno, e ainda, conseqüente descontrole da política monetária.

4.5. O Plano Collor I e II

O Governo Collor inicia-se com um plano que tenta romper com a indexação da economia.

Principais medidas adotadas:

a) Reforma monetária – a moeda passou de cruzado novo para cruzeiro; e buscou-se promover uma redução da liquidez da economia, através do bloqueio de 1/2 dos depósitos à vista, 80% das aplicações de overnight e fundos de curto prazo e 1/3 dos depósitos de poupança.

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