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O TRABALHO PROFISSIONAL: INSTRUMENTAÇÃO PARA A INTERVENÇÃO

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Por:   •  21/11/2014  •  2.827 Palavras (12 Páginas)  •  1.858 Visualizações

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O TRABALHO PROFISSIONAL: INSTRUMENTAÇÃO

PARA A INTERVENÇÃO

Trabalho apresentado ao Curso Superior de

Serviço Socil bacharelado da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Portfólio em grupo.

Orientador: Maria Angela Santini, Paulo Sérgio Aragão, Rodrigo Eduardo Zambon, Clarice da luz kernkamp.

Sete Lagoas

2014

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................3

DESENVOLVIMENTO.......................................................................................4

CONCLUSÃO....................................................................................................9

REFERENCIAS.................................................................................................10

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo principal trazer uma reflexão sobre a intervenção do profissional no Terceiro Setor, buscando explorar os elementos que contituem o 8° semestre, através das diciplinas trabalhadas nesse periodo, devemos buscar um entendimento sobre a especificidade do Serviço Social no Terceiro Setor, a fim de compreender o seu real significado.

O terceiro setor atualmente tem 12 milhões de pessoas, portanto é necessario compreendermos que o Governo é o primeiro setor responsável pelas questões sociais, e o mercado é o segundo setor responsável pelas questões individuais, dessa forma observamos a falência do Bem Estar Social no Brasil, podemos constatar nesse periodo o crescimento do Terceiro Setor, que foi regulamentado no governo de Fernando Henrique Cardoso, onde a sociedade civil passa a assumir a responsabilidade na realização de serviços atribuídos a ação do poder publico.

O Terceiro Setor é constituído por organizaçõe não governamentais e sem fins lucrativos e tem por objetivo gerar serviços de caráter público, agregando novas organizações, como institutos,fundações, associações, e entidades que atuam atendendo as diversas demandas sociais. Portanto devemos compreender que ao relacionarmos o Terceiro Setor e o Serviço Social, devemos considerar que o assistente social é um profissional que tem a capacidade de ser interdisciplinar, é de uma extrema relevância para princípios que norteiam os direitos humanos comoa liberdade, a igualdade social, democracia e a justiça.

DESENVOLVIMENTO

O alto índice de pobreza e desigualdade social trouxe a necessidade da criação do Terceiro Setor, com seu o surgimento aqui no Brasil ocorreram muitos momentos dificeis nos últimos trinta anos, trazendo grande vulnerabilidade e um amplo crescimento tecnológico, refletindo o acesso à informação global quase que de forma instantânea, facilitando a comunicação através de aparelhos eletrônicos, apresentando uma busca instigada pela insatisfação com a atual a sociedade, dessa forma foi possivivel impulsionar o surgimento das ONGs (Organizações Não-Governamentais), bem como das entidades sociais que desenvolvem atividades culturais e sócio- educativas e .

Devemos buscar a compreenção sobre a emergêngia e configuração do Terceiro Setor, é preciso conhecer as contingências que contribuíram para o seu advento. De acordo com Grajew, 2001, p.21. “A ONU estima que a aplicação anual de apenas 0,6% do PIB mundial seria suficiente para que toda a população pobre do planeta tivesse acesso à educação, saúde, alimentação e planejamento familiar”.

Nesse sentido o Brasil não se apresenta de modo diferente, pois está entre os três países com os piores índices de distribuição de renda no mundo, e também se apresenta como um dos piores índices de alfabetização e de aquisição da cultura, tem os maiores índices de déficit habitacional e submoradia, e tem um grande número de pessoas que passam fome, e apresenta grandes indicadores de violência contra a mulher. Com isso a degradação social é cada vez mais questionada, já que o Brasil é um dos países que tem uma das maiores economias, tem uma das arquiteturas maisrespeitadas e reconhecidas, assim como uma tecnologia muito desenvolvida, e um dos mais férteis territórios do mundo, e uma legislação mais avançadas do planeta no que se refere a área de direitos humanos.

É nesse cenário que ocorrem uma série de contrastes acarretandoem uma crescente desigualdade social, trazendo um quadro excludente das condições de vida resultando na exclusão social, fica evidente que toda essa disparidade se reflete em um sistema de um país que sabe produzir mas ainda não aprendeu a distiribuir. De acordo com esse problemas surgem as políticas sociais, trazendo uma resposta do Estado, pois é denominado primeiro setor nesse contexto, tentando principalmente amenizar os conflitos e tentando garantir um mínimo de condições de vida para os trabalhadores que são considerados dignos.

Nessse contexto as políticas sociais ganhamcada vez mais importância devido a seu caráter de mediação entre as demandas e as respostas organizadas de acordo com seu aparato governamental. Nessa perspectiva as políticas sociais em sua democratização originam-se no quadro político dos anos 80, em um período que emerge com muito vigor as lutas contra a ditadura militar, assim como os esforços pela construção de uma democracia no Estado e na sociedade civil, com isso as diversas relações peculiares e históricas entre o Estado, o mercado e a sociedade civil se consolidam, de diferentes maneiras de realização do Estado de Bem-Estar Social em muitas partes do mundo,o que acaba resultando em democráticas e conquistas sociais buscando especialmente compatibilizar as desigualdades sociais provenientes do capitalismo com eqüidade e redistribuição da riqueza social.

O Estado passa por uma nova face de reposicionamento do seu papel e do fortalecimento da sociedade civil, onde as empresas privadas não raras passaram a incluir em seus objetivos institucionais aquilo que convem a elas chamar de "responsabilidade social", esse conceito se originou apartir do entendimento da distinção entre negócio e empresa. Nos anos oitenta os diversos movimentos sociais urbanos no Brasil, vieram a se consolidar, de acordo com três frentes importantes: os movimentos populares comunitários, os sindicatos, e o movimento estudantil que depois de sua retomada contribuiu de forma significativa para uma significativa mudança no cenário político da repressão.

Foi nesta década que os movimentos comunitáriosse apresentavam bastante atuantes na luta em buscade melhores condições de vida, e de melhores condições gerais de trabalho e de salário, acarretando em grandes transformações através das em negociações para a manutenção do emprego já a década seguinte, com a abertura democrática conquistada, e a abertura da economia, bem como o processo de enxugamento do Estado, ficou evidente o refluxo significativo nesse movimento sindical.

De acordo com esse cenário traçado surge o Terceiro Setor, que nos traz uma uma idéia de indiferenciação, consenso, unidade, e convergência. No Brasil sabemos que na realidade, a sociedade civil se mostra de forma diversa, plural e heterogênea, sendo construída ao longo dos séculos e marcada por vários processos brutais de exclusão, e com uma grande concentração de renda e violação dos direitos, com isso as organizações naturalmente expressam os conflitos e contradições já existentes em nossa sociedade. Desse modo o debate sobre o Terceiro Setor vem acontecendo no Brasil e trazendo em si uma crítica indireta,no que se refere ao papel do Estado na redução da pobreza, e também na promoção do desenvolvimento.

É necessário afirmar a identidade própria de cada grupo e de cada campo político das organizações da sociedade civil brasileira, sendo importânte marcar as suas diferenças e osseus pontos que convergem, pois é nesse cenário que o novo paradigma da ação social, e a nova concepção de cidadania que refletem o surgimento do Terceiro Setor. O profissional de serviço social que está inserido em uma dessas intituições, busca Impulsionar e ampliar os movimentos que se organizam a cerca da defesa dos direitos e das políticas sociais,criando então novas estratégias para o enfrentamento dessas demandas sociais,de acordo com o aparato institucional.

Contudo os profissionais do Serviço Social são requisitados para desempenhar dentre as muitas funções, a mobilização das classes subalternas para a adesão, segundo as estratégias de publicação no âmbito do atendimento as necessidades sociais. O Assistente Social desde de quando e queria desenvolver um trabalho voltado para o social, pode compor uma múltipla equipe de profissionais, conhecendo toda a sua conjuntura na área em que estava inserido ficando mais fácil e eficiente, a sua atuação.

Para os profissionais desenvolverem um trabalho com competência no Terceiro Setor se torna necessário ter muita atenção a alguns requisitos como: Ter uma visão de totalidade institucional, conhecendo o ambiente interno e o ambiente externo da organização, mas principalmente, o papel que se pretende cumprir em determinado momento histórico, pelo qual se deseja ser reconhecido; Ter um conhecimento básico acerca do Terceiro Setor e as instituições que a compõem,e mais especificamente sobre as instituições onde irão desenvolver suas ações; Conhecer a legislação atual que fundamenta a política de atuação, de acordo com o seguimento que é atendido pela instituição; Ter a concepção de forma clara de que toda a população atendida pela instituição é constituída por sujeitos de direitos e não são meros objetos dae ação profissional; Saber atuar em equipe, já que essa participação pressupõe o trabalho em conjunto de pessoas que discutem e analisam diferentes situações e fatos concernentes ao âmbito de atuação, tomando assim as varias decisões de encaminhamentos e executando-as; Produzir respostas profissionais, bem como práticas para a sua problemática, trabalhando-a em instituições, de acordo com uma postura reflexiva, crítica e construtiva.

Dessa forma constatamos que é essencial exercer a práxis profissional com compromisso e responsabilidade, priorizando a capacidade de denunciar situações que devem ser superadas, também é preciso anunciar as diferentes formas de fazê-las, devemos também ressaltar que os assistentes sociais são desafiados a transcender as funções executivase assim desempenhar novos papéis de formulação e gestão de políticas e programas sociais, bem como elaborar o plano de ação institucional. Esse plano de ação nada mais é que um instrumento de planejamento de curto, médio, e longo prazo vizando estabeleceruma forma setorizada, com as diretrizes, os objetivos e as metas da organização, indispensáveis para um bom profissional e um bom andamento da instituição.

Nesse sentido os princípios básicos que norteiam o plano de ação devem conter: Fortalecimento do conceito de revisão periódica do plano; Organização das ações internas e externas em programas; Identificação clara dos objetivos e prioridades da organização; Valorização da gestão e Programa como unidade de gestão para resultados, Integração do planejamento e do orçamento; Garantia da transparência; Estímulo às parcerias; Plano como instrumento para a orientação estratégica.

Em 07 de Julho de 1993 a profissão foi regulamenta a profissão atravé da Lei n.8.662, que veio trazer muitas outras

atribuições que são de grande importância para o assistente social, não apenas desenvolver atribuições dentro do Terceiro Setor, mais principalmente em qualquer outra área de atuação. Assim o Assistente social pode desenvolver e adquirir novas competências para atuar no Terceiro Setor, mas é necessário identificar os espaços e principalmente estar atento ao seu compromisso profissional frente a essas demandas, é preciso investir em capacitações e novas qualificações a fim de agir criticamente na realidade do Terceiro Setor, já que atualmente essa realidade é um fato e não deve ser ignorado.

É de suma importância a profissionalização dos indivíduos que trabalham nessa área, e mais ainda para os que desenvolvem atividades gerenciais, por meio de gestores com sólida formação nas práticas e nas políticas organizacionais do Terceiro Setor se tornando cada dia mais articuladas e voltadas para o cumprimento das suas atribuições e de seus objetivos.

Entretanto devemos verificar que a função gerencial é imprescindível às organizações do Terceiro Setor, pois devem alcançar seus objetivos e executarem seus projetos sendo preciso a profissionalização de sua gestão, e de seus funcionários, mesmo que voluntários, podemos observar nessa perspectiva os problemas públicos e as políticas públicas procurando estar na mente do administrador do Terceiro Setor, nos problemas imediatos de sobrevivência de suas organizações.

CONCLUSÃO

No presente trabalho tivemos como ponto culminante a compreensão do que vem a ser o terceiro setor, apresentando suas características, seus desafios e a forma de gestão, constituindo um novo desafio para todos que desejam atuar nessa área. Nesse sentido podemos observar as muitas transformações políticas, sociais, econômicas e legais, que vem ocorrendo no decorrer dos últimos vinte anos, dessa forma surgiram novas diretrizes que trouxeram a necessidade de reordenamentode uma estrutura funcional e organizacional das instituições, também podemos observar a importância da atuação de profissional do serviço social neste período, bem como estabelecer suas funções e contribuições. Dessa forma fica evidênte a grande relevância do surgimento das ONGs e do chamado Terceiro Setor, que surge como um fenômeno dos anos 90 e que remete principalmente as novas formas de relação entre os indivíduos e seus coletivos, o Estado e a iniciativa privada.

É nesse processo que acontece o surgimento e a ampliação da participação cidadã dando a possibilidade da reconstrução das utopias sociais transformadoras. Com isso as ONGs passam a ser o principal elemento viabilizador das políticas sociais ditadas pelo Estadoe dessa forma são igualmente responsáveis pela implantação dos projetos sociais que são financiados por muitas fundações empresariais. É através desse projetos que as ONGs passam a ser demandadas noque se refere à eficiência, e ao respeito como modo de garantir a sua sustentabilidade, observamos assim um ritmo alucinante de trabalho, no cumprimento exaustivo de novas exigências que acabam não deixando espaço para a reflexões.

Contudo o serviço social acaba se transformando em uma ponte entre a política oferecida e a comunidade, buscando a inserção do indivíduo na sociedade o que permite ao usuário restabeleçer sua cidadania e sua existência como um ser ativo e produtivo. Nesse cenário de crescimento do

Terceiro Setor podemos observar as muitas transformações ocorridas nos processos gerenciais assim como no âmbito de atuação dessas instituições, buscando caracterizar suas praticas de gestão assim como a realidade dos gerentes como uma prática social.

REFERÊNCIAS

IAMAMOTO, Marilda V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. – 23 ed. – São Paulo. Cortez. 2012.

BRANCO, Patrícia Martins Castelo; BOGADO, Francielle Toscan. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social: serviço social – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

GÓES, Adarly Rosana Moreira. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social: serviço social II. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

FERREIRA, Claúdia Maria. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social: serviço social III. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

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