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O Texto de Marilena Chauí “Racismo e cultura” Propõe uma Análise de Duas Formas Distintas de Racismo

Por:   •  30/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  389 Palavras (2 Páginas)  •  962 Visualizações

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS DE PORTO NACIONAL

CURSO DE HISTÓRIA

GELSON ARAUJO

RESUMO

RACISMO E CULTURA

PORTO NACIONAL

OUTUBRO /2016

O texto de Marilena Chauí “Racismo e cultura” propõe uma análise de duas formas distintas de racismo. O texto foi adaptado de uma aula inaugural da FFLCH da USP, proferida por Chauí no ano letivo de 1993.

A autora começa comparando racismo do século XIX e aquele que preside o nazismo com o racismo contemporâneo, as diferenças são grandes e delas é preciso tratar. No desenvolvimento Chauí caracteriza os dois discursos que fundamentam o racismo, estabelecendo a análise comparativa entre eles. Para ela todos os racismos possuem em comum a idéia da nação uma e indivisa no espaço e no tempo, a idéia de raças inferiores e superiores por hereditariedade, o conservadorismo reacionário antidemocrático e autoritário. Contudo são histórica e conceitualmente diferentes.

Na diferença histórica o racismo nacionalista do século XIX e da primeira metade do século XX exprime o momento de construção, consolidação e plenitude dos Estados nacionais; o racismo nacionalista do final do século XX exprime a mudança que o capitalismo neoliberal impôs aos Estados nacionais. Na diferença conceitual ou ideológica, Chauí diz que embora o racismo seja uma ideologia e uma paixão, seja violento não opera, hoje, como as categorias que lhe permitiam operar até os anos 50 de nosso século. O discurso atual racista se apropriou da elaboração antiracista e fez dela sua nova bandeira. Os dois grandes tipos de discursos racistas surgem legitimados pelos discursos anti-racistas.

O primeiro é o discurso universalista que corresponde, sobretudo ao século XIX e XX, até os nãos 60, afirma a existência de um modelo universal de humanidade numa escala hierárquica de espécies ou raças que vão da inferior à superior. Exterminar o outro é natural e não é eticamente imoral, pois o outro não faz parte do gênero humano. O segundo é o discurso comunitarista que corresponde, sobretudo ao final do nosso século, que se apropriou dos contos centrais do anti-racismo, isto é, raça não é cultura, mas cultura ou etnia, e que todos temos o direito à diferença. Ninguém precisa ser exterminado, desde que não venha contaminar a minha diferença.

Chauí conclui suas considerações a respeito das formas de racismo refletindo sobre nossa impotência para elaborar um discurso contra o racismo. Sempre elaboramos discursos anti-racistas, quando talvez fosse o caso de elaborar um discurso não-racista.

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