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O que é serviço social

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Por:   •  8/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.438 Palavras (6 Páginas)  •  121 Visualizações

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Estevão, Ana M. O que é serviço social. 6 ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 2001

Antonio José Costa do Nascimento

* Introdução

Especula-se muito sobre o Serviço Social e suas abordagens, mas, pouco realmente se sabe do mesmo. A intenção principal do texto indicado à esta resenha é, por meio de conhecimentos passados e elaboração de ideias presentes, entender melhor do que se trata o Serviço Social e qual sua real função na sociedade. Visando melhor entendimento, mostrar-se-á de forma crítica todas as linhas de pensamento expostas no texto.

* Serviço Social na Antiguidade

Desde a antiguidade criou-se uma falsa ideia de que Serviço Social era apenas um punhado de boas intenções vindas do governo que, enviavam jovens senhoras no intuito de mostrarem bondade e boa intenção. Hoje em dia, já sabemos que serviço Social é bem mais que essa imagem criada no passado e trazida a tona nos dias atuais pelos meios midiáticos. Sabe-se que o Serviço Social é bem mais abranjente que fazer caridade e, bem mais eficaz que tentativas de controle da pobreza.

A necessidade de se ter um novo olhar para com a sociedade nasceu junto com as grandes revoluções industriais, em vista que com a queda dos monarcas absolutistas, a burguesia assumindo o controle social/financeiro e, com isso, o capitalismo deslanchando, os burgueses observaram quedeveria haver uma maior preocupação com esta nova classe social que estava surgindo, afinal, todos agora lutavam pelo mesmo objetivo, o capital.

De forma a unir forças e otimizar o trabalho, Igreja e Estado se complementam no objetivo de controlar essa nova classe. A Igreja trataria da área puramente social: fazer caridade. Enquanto o Estado daria contar de manter a paz política, mesmo que para isso (e na maioria das vezes o fez) precisa-se usar a violência. Há princípio, justificava-se tais novos comportamentos com a necessidade imposta aos nobres de fazer sempre o bem aos mais pobres. Nesse ponto, a ação social não era considerada profissão, sendo apenas um conjunto de deveres a cumprir para com os que careciam.

* O Serviço Social na Idade Moderna

Porém, em mil oitocentos e sessenta e nove, ouve-se um marco muito importante para a consolidação do Serviço Social como conhecemos hoje. Fundou-se a Sociedade de Organização da Caridade em Londres, que, até hoje, em alguns pontos dá base a Ação Social até então. A partir de então, como grande inovação na área, a associação sentiu a necessidade de treinar e formar pessoas qualificadas que pudessem se encarregar da nova gama de atribuições inseridas pela associação. Para realizar tal feito, foram instaladas o que poderíamos chamar de primeiras universidades na área do Serviço Social e assim,tornou-se possível a institucionalização do mesmo.

Chegamos ao ponto em que o Serviço Social passa de apenas uma obrigação estatal e religiosa, passa de apenas caridade para uma profissão já secularizada por ter se tornado algo socialmente necessário. Assim, em Amsterdã fundou-se a primeira escola direcionada ao estudo do Serviço Social, onde se ouve o processo de secularização da profissão, em que as explicações religiosas íam sendo substituídas por explicações científicas.

Apesar do governo ainda recusar-se a custear os gastos obtidos para manter instituições de assistência social à população, eles não poderiam fechar os olhos para o crescente capitalismo que ameaçava a paz na nova sociedade que se formava. Amontoavam-se crises econômicas, a pobreza e a miséria crescem desenfreadamente, e, dentro desse contexto, Mary Richmond, que era assistente social nos Estados Unidos no início do século XX, afim de que todos pudessem ter um melhor entendimento acerca da importância do serviço social, começou a escrever sobre o assunto.

A partir de então, e por meio dela conheceu-se a distinção de termos como: assistência social ou caridade, ou filantropia, e o Serviço Social propriamente dito. Para Mary Richmond, “fazer Serviço Social implicava trabalhar a personalidade das pessoas e seu meio social”. Cria-se neste momento a primeira ideia maispróxima do conceito atual de Serviço Social, onde Mary Richmond chama de “compreensões”, que abrange as conhecidas visitações e conhecimento do meio onde o cliente vive e, organização dessas ideias por meio de relatórios, além de descobrir as motivações do mesmo aquerer mudar e tentar conhecer os aspectos de sua personalidade. Após esse processo, Mary elaborou uma continuidade, conhecidas como “as ações” que consistiam em ganhar a confiança do cliente e, ajudá-lo em sua caminhada, exercendo influência sobre a consciência do mesmo. Chamou-se essa proposta de Serviço Social de casos individuais.

Com as dificuldades trazidas por esta proposta, criou-se outra, denominada Serviço Social de Grupo, onde percebeu-se que, devido o crescente números de casos, semelhantes entre si, trazidos aos gupos, tornar-se-á inviável resolve-los individualmente. Esta ideia e, com as teorias de Kurt Levin, psicólogo alemão, levou ao que conhecemos hoje como terapias de grupo, que são realizadas em diversas ocasiões, bem como pessoas que querem tratar problemas semelhantes entre si, como também para jovens em acampamentos e etc. “A prática profissional exercida dentro dos grupos é aceita como um dos métodos e forma básica através do qual o Serviço Social atua.”

Ao desenvolver-se um Serviço Social direcionado a grupos, percebeu-se que, em modo semelhante, poderia sertrabalhado com comunidades, sabendo que dentro de uma determinada comunidade poderia haver vários problemas interligados entre si. A ideia central era organizar a sociedade e conseguir equilíbrio

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