OS FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA: INDIVIDUO E SOCIEDADE

RESUMO DE “ QUESTÕES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA – INDIVIDUO E SOCIEDADE” DE GEORG SIMMEL.

O texto como um todo faz uma reflexão da relação indivíduo e sociedade ao longo dos séculos, nesse sentido ele explora conceitos como liberdade e igualdade, egoísmo individual e alto perfeição, assim como o individualismo para Kant e Nietzsche.

Para Simmel existe um conflito entre indivíduo e sociedade. Isso porque a sociedade se contrapõe aos interesses dos indivíduos, na sociedade o homem, muitas vezes, precisa se empenhar em prol da função social, na construção de uma unidade, no entanto o homem almeja ser pleno e não apenas mera célula de um organismo maior como a sociedade.

Deve-se ressaltar também que a pretensão de cada indivíduo em cumprir seus interesses, ou seja, em realizar-se em si mesmo, não representa egoísmo. Simmel considera tal situação como nada mais do que uma expressão da personalidade singular humana e para comprovar isso explora a visão de Nietzsche e Kant acerca do ser humano e suas qualidades.

Temos que “A humanidade não é algo quantitativo e sim uma síntese de indivíduos singulares que resulta na sociedade”. A partir desse princípio, observamos que a sociedade não é uma mera soma de povos distintos e sim uma síntese, o que pode se depreender que essa sintomia que resulta na sociedade contem em seu meio um conflito entre o humano e o social.

Um dos conflitos apresentados seria o aprisionamento que a sociedade coloca sobre o indivíduo, em determinadas situações, o meio termo entre individualismo e generalismo nos interesses do âmbito social (religiosos, científicos, internacionais) acabam por enfatizar na modernidade a precisão da liberdade individual.

O autor utiliza os séculos XVIII e XIX para fazer a relação. Isso porque, os acontecimentos que ocorreram durante esse período são capazes de explicar e fornecer base para a reflexão do tema indivíduo e sociedade. No contexto da Revolução Francesa, por exemplo ele ressalva a importância da fraternidade, entre o lema da liberdade, igualdade e fraternidade. Pois sem fraternidade, o casamento de ideais com liberdade e igualdade seria um tanto quanto complicado e considerando o caráter liberal daquele período faz ainda mais sentido.

Foi também durante o século XVIII que o Renascimento se estendeu por toda a Europa e tal movimento instigou a retomada das ideias clássicas, logo as ideias renascentistas foram imprescindíveis para o tema em questão, além da releitura e interpretação desses textos, encontramos no texto um tópico intitulado “ O homem natural” no qual podemos notar que os interesses da época estavam voltados para a ciência natural.

Durante o séc. XVIII que a necessidade de liberdade foi fortemente manifestada. Determinados estamentos eram reprimidos pela ausência de liberdade, totalmente submissos ao Clero e consequentemente não participavam da vida política da sociedade.

Já no século XIX o autor faz algumas observações utilizando os ideais do socialismo para problematizar igualdade e liberdade. Sem grandes pormenores, é exposto a tendência à igualdade sem grande liberdade. Uns dos exemplos dados, seria que durante a transição, no momento de equalização geral, grande parcela de grupos mais abastecidos sofreria uma limitação considerável de suas liberdades.

Outro argumento importante citado, diz respeito a hierarquização da sociedade, pois por menor que seja, ou mais complexo, toda sociedade sofre algum tipo de hierarquização, logo o conceito amplo de igualdade fica comprometido e o de liberdade do mesmo modo. É apresentado então o conflito entre a escolha dos líderes e conclui o autor “Esse conflito também não pode ser eliminado numa ordem socialista, mesmo porque não faz parte dos pressupostos lógicos da sociedade. ”

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